Arquivo do mês: fevereiro 2014

Corregedoria prende quatro PMs do DF por ofensas em redes sociais

A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal prendeu nesta quinta-feira (27) quatro policiais por publicações ofensivas à corporação em redes sociais. Segundo a assessoria da PM, um dos presos é oficial e os outros três são praças. Não foi informada a patente nem o local de atuação dos detidos.

As prisões foram determinadas pela juíza da auditoria militar. Um dos PMs foi identificado como um dos responsáveis por um blog que tem publicado críticas ao GDF e à corporação.

A Corregedoria efetua as prisões seis dias após outros doze policiais serem detidos por envolvimento com a operação tartaruga. A PM informou que os policiais cometeram crime militar e devem permanecer encarcerados até decisão da Justiça.

A corporação não se pronunciou sobre o conteúdo divulgado nas redes sociais. Segundo a PM, a lei prevê que militares possam ser presos em caso de crítica e ofensas às guarnições.

As prisões desta quinta são diferentes das que ocorreram na semana passada. Os doze presos por participação na operação tartaruga estão respondendo a processos administrativos, que foram abertos na última sexta-feira (21).

Os processos podem originar de advertência até a expulsão da corporação, afirmou o corregedor-geral da PM, Civaldo Florêncio. Os policiais podem pegar até dois anos de prisão caso sejam condenados.

Nesta quarta (26), um grupo de PMs ocupou a entrada da Câmara dos Deputados em ato contra as prisões da última semana, contra a proposta de reajuste salarial do GDF e pela reestruturação de carreira da categoria.

A ocupação terminou cerca de uma hora depois , quando uma comissão de deputados distritais conversou com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN). Durante a reunião, as distritais pediram para que o parlamentar entre em contato com o governo do DF para pedir que os policiais sejam soltos. A justificativa foi que as prisões são administrativas, sem decisão judicial.

Os policiais militares em protesto disseram que se acontecessem novas prisões eles iriam adotar a “operação legalidade” durante o Carnaval. A operação consiste em reduzir a atividade policial. Os PMs deixam, por exemplo, de auxiliar na investigação no período imediato à prática de um crime e trafegam com as viaturas apenas na velocidade da via.

Sobre a possibilidade de uma nova ação de menor atividade policial, a PM informou nesta quinta-feira que os comandados devem seguir a linha de serviço da corporação e que o não cumprimento pode gerar penalidades, como a prisão de envolvidos.

Reajuste
No último dia 18, uma assembleia marcada por oficiais, realizada no Clube de Oficiais da PM, decidiu aceitar a proposta de reajuste feita pelo governo do DF à categoria. Na manhã da mesma data, outra reunião em frente ao Palácio do Buriti havia rejeitado o plano de reajuste e reestruturação da categoria.

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Sugestão ao governador – Por Eduardo Diniz

Excelentíssimo Senhor Governador do DF,

Diante da manutenção da prisão de vários colegas policiais militares ocorrida no último dia 21/02, pais de família que – por intermédio da utilização de mecanismos de desobediência civil – pleiteavam tão somente proporcionar a melhoria do bem estar de suas respectivas famílias, sobretudo em razão da severa legislação que rege esta classe de profissionais – que os proíbe de exercer o direito de greve assegurado a todos os demais trabalhadores – venho, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, rogar pela soltura imediata destes profissionais.

Estou certo senhor Governador, que restou evidente a todos os policiais militares que o SISTEMA funciona PERFEITAMENTE. Não tenho dúvidas de que após o ocorrido, jamais haverá qualquer resistência às determinações emanadas de Vossa Excelência. Todos, sem exceção, aprenderam a lição! Não se preocupe com as promessas que o Senhor nos fez durante a campanha eleitoral, pois a LIBERDADE é o meu maior patrimônio. Só agora pude entender quão pesada é a mão do Estado sobre os profissionais que LIDAM DIARIAMENTE COM OS DIREITOS HUMANOS ALHEIOS,mas que são DESPROVIDOS de quaisquer direitos.

Inobstante tal fato Excelência, a despeito do DIDÁTICO exemplo demonstrado em relação aos nobres colegas que se encontram presos, confesso que ainda resta em mim uma faísca de incômodo em relação a tudo o que vem acontecendo. Todavia, dada a minha reconhecida situação de vulnerabilidade em face do Estado, resolvi confidenciá-la preliminarmente a Vossa Excelência, justamente para evitar qualquer mal entendido que pudesse de alguma forma redundar na aplicação da mesma medida imposta aos meus colegas.

e6c7d-infantilidadePois bem senhor Governador, o que eu não consigo entender é como o mesmo Estado que mantém presos doze pais de família que lutaram por melhorias de suas condições de trabalho e valorização profissional, NÃO CONSEGUE fazer o mesmo em relação aos CORRUPTOS, MENORES INFRATORES, LADRÕES, ASSASSINOS e PEDÓFILOS?

Há pouco menos de quinze dias senhor Governador, trinta policiais foram feridos, alguns inclusive com gravidade, por “manifestantes” ligados ao MST. Não me lembro de ter sido decretada SEQUER uma prisão destes, com todo o respeito da palavra, VAGABUNDOS. Ao contrário, lembro-me muito bem que no dia seguinte, como prêmio pelas atrocidades praticadas em face do policiais, estes VAGABUNDOS foram prontamente recebidos pela PRESIDENTA DA REPÚBLICA, façanha esta que JAMAIS CONSEGUIMOS ao longo de três anos de seu governo em que buscamos restruturar nossa carreira. Isso sem falar nos 530 mil reais dos cofres públicos que foram DESVIADOS pelo GOVERNO FEDERAL para pagar o “protesto” destes VAGABUNDOS contra o julgamento do mensalão. Para fechar com chave de ouro a tragédia, o Ministro Gilberto Carvalho ainda fez questão de dizer que a culpa foi toda da polícia.

Neste contexto senhor Governador, diante da eloquência do direito penal e processual militar para satisfazer os interesses da nação, sugiro a Vossa Excelência que se valha dos instrumentos legais necessários, com vistas a propor à UNIÃO, que adote, SEM DISTINÇÃO, o rol de legislações a que estão submetidos os militares para TODOS os BRASILEIROS, como forma de assegurar que, NÃO SÓ OS PAIS DE FAMÍLIA POLICIAIS MILITARES, mas PRINCIPALMENTE os criminosos que hoje estão à solta neste país passem o MÍNIMO de tempo PRESOS, pois lá se vão SEIS DIAS DA PRISÃO sem que eles tivessem sequer o direito de RESPONDER AO PROCESSO EM LIBERDADE.

É certo AINDA que, se ao invés de criticar o governo, os policiais militares tivessem MATADO, ROUBADO, ESTUPRADO, EXTORQUIDO ou DESVIADO DINHEIRO PÚBLICO EM PROVEITO PRÓPRIO, já estariam em CASA HÁ MUITO TEMPO, DESFRUTANDO de sua LIBERDADE com seus familiares. Porém, o que eles fizeram não tem PERDÃO não é mesmo GOVERNADOR?

Afinal de contas, criticar um governo tão JUSTO e EFICIENTE como o do senhor é mesmo um CRIME DE ESTADO.

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Não é de hoje o patrulhamento ideológico na PM

Mais uma reflexão de 2007 – Desmilitarização das polícias: uma mudança cultural ou uma questão de sobrevivência?

Segundo AMARAL,

(…) é urgente, pois, acabar-se com a cultura militar da polícia, eis que todos os chamados atributos militares que devem estar no policial não são exclusividades do militar: hierarquia/denominação dos postos, disciplina, vigor físico, fardamento, mobilidade operacional/ordem unida (…). (2006:47).

Levando-se em consideração o pensamento de AMARAL já é passada a hora de corrigirmos essa inércia administrativa que nos deixa permanecer com um modelo construído em regimes de exceção, baseado no controle político e social dos “inimigos” que coloca a polícia e a população em lados opostos da sociedade, muitas vezes, um vendo o outro como inimigo. Chegando ao ponto, como ocorreu no Distrito Federal em agosto de 2007 da própria polícia ver seus integrantes como “inimigos” e “subversivos”, realizando patrulhamento ideológico nos sites de relacionamentos na Internet (ORKUT), fato divulgado na mídia local, principalmente nas comunidades de policiais que criticavam o Governador e os excessos cometidos dentro da instituição policial. 

No parecer da Corregedoria de uma das instituições policiais o corregedor coloca o termo LIBERDADE DE EXPRESSÃO entre aspas, dando a entender que tal direito constitucional não cabe aos agentes daquela corporação. Além disso, um jornal institucional da Polícia Militar do Distrito Federal que pretendia discutir a desmilitarização das polícias teve sua circulação suspensa, mesmo depois da aprovação do comandante geral, porque o jornalista responsável era um soldado. O Jornal de nome “Conexão um nove zero” chegou a ser impresso e pago, mas devido a pressões de oficiais foi proibida sua circulação.

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A cultura policial que envolve a população e os integrantes da força policial, deve ser revisada de forma que atenda as bases do Estado Democrático de Direito, tendo o cidadão como o principal ator nesse processo. Deve-se rever prioritariamente a formação policial, as causas da violência cometida pelos agentes de segurança pública, os direitos humanos dentro e fora das corporações e a influência militar em todo esse contexto. O policial também deve participar passando a ser agente transformador, ou seja, agente de mudança. Caso contrário, as polícias permaneceram como no passado, apenas temidas, nunca respeitadas e o ciclo completo de policiamento e o policiamento comunitário nunca serão atingidos, continuarão sendo apenas um sonho distante.

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“A sociedade não compreende que até ontem éramos tratados e infantilizados como crianças em nossos cursos de formação. Andávamos cabisbaixos, muitas vezes correndo no pátio como “seres sem luz”, amedrontados, humilhados, chamados e tratados como animais. Hoje estamos adquirindo consciência e entrando em nossa “adolescência democrática”. Estamos falando de nossas mazelas, de nossos medos, participando de passeatas “estudantis”, movimentos reivindicatórios, encontrando instrumentos de pressão, estamos protestando contra as injustiças que vemos. Estamos nos rebelando contra uma dominação insana que tem durado séculos. Uma ditadura em nosso meio. Realmente somos rebeldes, somos adolescentes “políticos” em busca do respeito dos pais e da sociedade! Sim, eu sou rebelde, meu limite é legalidade!”

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Hoje vi um excelente policial morrer!

Ontem a tarde vi um excelente policial morrer bem na minha frente. Foi triste. Uma lágrima escorreu ao ver aquela morte.

Já imaginou um jovem policial inteligente, apaixonado pela profissão, um jovem batalhador?

Era o policial que estava morrendo bem na minha frente. Vi lágrimas em seus olhos enquanto morria. Ele tinha um futuro brilhante pela frente. Iria ingressar em uma pós graduação em segurança pública na UNB em breve, estava muito feliz. Fez curso de GTOp, era aplicado, dedicado e morreu bem ali na minha frente. Foi triste não poder fazer nada, doeu ao vê-lo morrer.

Antes de morrer o vi irritado, querendo falar, tentei contê-lo, mas o via morrendo, bem ali na minha frente. Foi triste vê-lo antes de morrer falando em desistir do curso que ele tanto batalhou para entrar. Foi triste vê-lo me perguntando como tenho suportado tudo o que ele estava sentindo naquele momento durante tanto tempo.

Foi triste vê-lo morrer de decepção ao ser transferido do Cruzeiro, onde mora com sua família para Brazlândia onde ele nunca pisou, simplesmente porque falou, porque lutou, porque não desistiu. Hoje descobri que decepção mata a paixão de qualquer profissional, inclusive a minha!

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DESABAFO DO MAIS NOVO POLICIAL DO 16° BPM BRAZLANDIA!

1. ESTAVA DESIGNADO PARA 5°BPM, sem motivação e contra a minha vontade.

2.Morava a 8minutos do Batalhao que servia, muito bem relacionado com todos os Policiais, meus filhos estudam do lado do Batalhao.

3. RASURARAM DE CANETA ONDE ESTAVA ESCRITO 5°BPM , ESCREVERAM 16°BPM e Determinação do Cmt-Geral.

4. O SGT da Seção de Movimentação me negou o direito de tirar uma foto ou cópia do Documento.

5. Sou Policial Militar em qualquer lugar q eu vá e para qualquer lugar que me mandem vou encontrar Policiais que DEFENDEM A ASSOCIAÇÃO ÚNICA, DESMILITARIZAÇÃO E A CARREIRA ÚNICA.

6.Aonde eu for terei amigos e nao adianta tentar esmagarem uma vespa,pq tem um vespeiro pronto para nos defender.

7.NÃO RECUEM, NÃO ABAIXEM A CABEÇA, CFP 3 AUMENTEM ESSE VESPEIRO.HJ NOS PRENDEM, PERSEGUEM, TRANSFEREM ARBITRARIAMENTE MAS AMANHÃ VÃO EMBORA E NÓS DEVEMOS CONTINUAR UNIDOS E COESOS, PQ TUDO QUE QUEREM E QUE DESISTIMOS, QUE NÃO VALE A PENA, QUE É ARRISCADO, MAS O RISCO MAIOR É PASSAR 30 ANOS E OLHARMOS PARA TRÁS E DIZER : “ESSA PM NÃO MUDA”

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MUDA SIM, NCP…. E DEPENDE DE CADA UM DE NÓS!!!!

EU NÃO VOU PARAR DE LUTAR E VC???

PARA AJUDAR SÓ QUERO QUE ESSA MENSAGEM CHEGUE PARA TODOS OS POLICIAIS MILITARES DO DF!

NCP- POLICIA AO SEU LADO

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Liberdade de policiais é assunto para Justiça e PM resolverem, diz GDF

Policiais militares deixam entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)

Policiais militares deixam entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)

O governo do Distrito Federal divulgou nota na noite desta quarta-feira (26) informando que “reconhece como legítima” a preocupação manifestada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, sobre o protesto de policiais militares realizado durante à tarde no Congresso.

Um grupo de PMs ocupou a entrada da Câmara dos Deputados para pedir que 12 PMs presos por suposto envolvimento na operação tartaruga sejam soltos. O grupo, que também manifestou contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo GDF, deixou o prédio cerca de uma hora depois.

O GDF esclareceu na nota que há “expectativa de relaxamento da detenção dos policiais militares” e que diante disso, “as autoridades que presidem os inquéritos policiais militares (IPMs) e o Poder Judiciário” são responsáveis por analisar o caso.

PMs presos estão na Papuda
O estudante de aviação civil Elienai Meireles Sanches, de 22 anos, afirma que o pai, Valdez Sanches da Costa, 1° sargento do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, foi preso injustamente por incitar outros policiais a aderirem a atos de desobediência e desordem.

Valdez Sanches da Costa, 1° sargento do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, foi preso, segundo o filho, por incitar outros policiais a aderirem a atos de desobediência e desordem. (Foto: Arquivo pessoal / Divulgação)
Valdez Sanches da Costa, 1° sargento do Batalhão de Polícia Militar Ambiental
(Foto: Arquivo pessoal / Divulgação)

O PM foi preso na sexta-feira passada (21) depois de ter se recusado, segundo o filho, a dirigir uma viatura da PM. O pai diz que concluiu um curso para direção de veículos, mas que essa habilitação não vale para um tipo de caminhonete nova adquirida recentemente pela corporação, segundo o relato de Sanches.

O estudante conta que o pai estava com a família em casa quando recebeu uma ligação do comando da PM solicitando que ele comparecesse no batalhão onde servia. Costa saiu de casa por volta das 16h. Chegando ao batalhão, foi chamado para uma reunião que só terminou à noite. Foi quando o filho conversou com o PM por telefone. “Ele disse que não iria voltar para casa naquele dia e pediu que nós não nos preocupassemos com a situação. Ele acreditava que iria ficar preso por pouco tempo”.

Sanches diz que o pai está na PM há 27 anos e que nunca cometeu atos de indisciplina. O policial está numa ala do presídio da Papuda, chamada de Papudinha, onde ficam presos os policiais militares. As visitas só são liberadas aos sábados.

Costa e outros sete policiais militares, que também foram presos por incitar atos de desobediência, disse Sanches, ocupam celas individuais. “Eles tem autorização para pedir que funcionários comprem comida de fora. As refeições são preparadas lá mesmo”, contou o estudante. “Meu pai está num estado emocional muito abalado e já emagreceu bastante. Em toda minha vida, o vi chorando poucas vezes. Após saber que minha mãe e minha irmã tiveram que ficar nuas durante a revista antes de visita-lo ele desabou”, afirma o filho do PM.

Reajuste
No último dia 18, uma assembleia marcada por oficiais, realizada no Clube de Oficiais da PM, decidiu aceitar a proposta de reajuste feita pelo governo do DF à categoria. Na manhã da mesma data, outra reunião em frente ao Palácio do Buriti havia rejeitado o plano de reajuste e reestruturação da categoria.

O GDF ofereceu aos policiais militares reajuste de 22% nos salários escalonado em três anos, para aproximar os salários da PM com os da Polícia Civil. No caso dos benefícios, os reajustes variam entre R$ 560, para praças, e R$ 1,2 mil, para oficiais. Pela proposta, o pagamento será feito com recursos do governo local, por meio de decreto.

Policiais militares ocupam entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)
Policiais militares ocupam entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)

Operação tartaruga
Policiais militares entraram em operação tartaruga em outubro do ano passado para reivindicar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios a PMs em atividade e policiais reformados. O governador Agnelo Queiroz afirmou que o movimento tinha caráter político.

Por participação no movimento, doze policiais militares foram presos entre a última quinta e sexta (20 e 21). Os policiais presos são suspeitos de vários crimes militares, incluindo incitação à desobediência, incitação à violência e publicações indevidas. O primeiro deles, preso na noite de quinta, é um soldado suspeito de desacatar ordens de superiores.

PM faz cordão de proteção na entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Felipe Neri/G1)
PM faz cordão de proteção na entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Felipe Neri/G1)

Segundo o corregedor-geral da PM, Civaldo Florêncio, os policiais divulgaram postagens em redes sociais e espalharam e-mails sobre a operação tartaruga. “Não se tratam de bandidos ou marginais. Essas medidas visam reestabelecer a ordem e a hierarquia dentro da PM”, disse.

A previsão é que os policiais fiquem presos por 30 dias, período que pode ser estendido até o fim do inquérito. Foram abertos processos administrativos contra os policiais presos nesta sexta. Os processos podem originar de advertência até a expulsão da corporação, explicou o corregedor. Além disso, os policiais podem pegar até dois anos de prisão caso sejam condenados.

Policiais militares tentam entrar na Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)
Policiais militares tentam entrar na Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1)

A categoria ficou dividida depois que o GDF encerrou as negociações sobre reajustes salariais publicando, na quarta, dois decretos. Os líderes das associações decidiram em reunião não se posicionar contra a medida, mas anunciaram que vão enviar carta de repúdio a Agnelo Queiroz.

Em um e-mail divulgado na noite de quarta, havia orientações para que a categoria boicote as atividades. Entre elas, está até mesmo dar informações incorretas a turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, orientando-os a ir a lugares a mais de 40 quilômetros do centro de Brasília, onde ocorrerão os jogos.

“[Sobre] informações aos turistas estrangeiros: oriento-os de maneira incorreta (mande-os para o Sol Nascente, Águas Lindas, Planaltina, Vale do Amanhecer etc.), e só os ajudem, claro, de forma incorreta, se ele (estrangeiro) souber falar português (mesmo que o policial saiba falar outra língua)”, diz o e-mail que circula entre os PMs. O texto não é assinado.

Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/02/liberdade-de-policiais-e-assunto-para-justica-e-pm-resolverem-diz-gdf.html

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