Arquivo do mês: novembro 2016

Os estranhos e intrusos podem chegar e vencer em 2018

“Outsider: 1 – estranho, intruso, estrangeiro. 2 – pessoa ou animal que tem poucas chances de vencer. ”

Essa é a tradução, segundo o Michaelis, para a palavra em inglês que está na moda na política, e não só no Brasil. Pois ninguém se surpreenda com a força que outsiders possam vir a ter nas eleições de 2018 em Brasília. Candidatos estranhos à política partidária tradicional, intrusos em um ambiente dominado pelas velhas figuras da politicagem, poderão surgir e, quem sabe, surpreender. E tanto nas eleições proporcionais – para deputados federais e distritais – quanto nas majoritárias – para senadores e governador.

Em outros tempos, como diz a tradução, teriam poucas chances de vencer. Hoje, é perigoso afirmar isso.

Uma possibilidade a ser não desprezada

Os cenários para 2018 parecem bem favoráveis aos estranhos e intrusos com jeito de terem poucas chances de vencer as eleições majoritárias ou proporcionais. Valeria a pena até encontrar na língua portuguesa uma palavra que exprima o sentido do outsider, para evitar a repetição excessiva da palavra inglesa.

Essa não é uma tendência inexorável, muito menos se pode afirmar que se manterá até o início do processo eleitoral. Hoje, porém, são fortes as indicações de que há chances de vitória de figuras distantes da política tradicional que apresentem um perfil de honestidade e realizações e saibam ganhar a confiança dos eleitores.
Quem desconhecer ou minimizar essa possibilidade poderá levar um susto em 2018.

Desgaste dos políticos é inevitável

Os partidos e os políticos estão, de modo geral, desmoralizados e com baixíssima credibilidade, à esquerda, ao centro e à direita. Não é diferente com os políticos brasilienses e a tendência tende a se agravar, seja pela intensificação das operações contra a corrupção e das delações premiadas, seja pelas visíveis e notórias tentativas de interrompê-las.

De um jeito – mais investigados, denunciados e presos – ou de outro – “operações abafa” para livrar os políticos das punições – a população deverá estar ainda mais irritada com os políticos tradicionais e disposta a dar um basta aos que considera fonte da corrupção e da ineficiência que grassa no país. Principalmente em tempos de crise brava.

É um momento favorável a pessoas sérias e bem-intencionadas e a aventureiros perigosos. Os intrusos podem vir para o bem ou para o mal. Para fazer uma nova política ou para, enganando os eleitores, dar novo formato à velha política.

Reguffe está dentro, mas parece fora

O político brasiliense com mais jeito de outsider é José Antônio Reguffe. Pode parecer paradoxal, pois Reguffe já foi deputado distrital e federal e é senador e não é um estranho na política. Mas goste-se ou não dele, de seu desempenho e de suas posições políticas, Reguffe foge aos padrões do político tradicional, por estilo, ações e, sobretudo, por cumprir o que promete. E já há alguns meses não está filiado a partido.

Se viesse a ser candidato ao governo, Reguffe sairia na frente. Mas não será candidato porque prometeu exercer integralmente seu mandato de oito anos e cumpre o que promete. A ausência de Reguffe nas eleições abre mais espaço para os intrusos.

Vida difícil nos dois lados

Os que se colocam ou foram colocados como possíveis candidatos ao governo de Brasília e às duas cadeiras no Senado padecem, todos, do mesmo “mal”: são identificados como políticos profissionais e tradicionais. Deputados federais e distritais estão desgastados. E cada um deles ainda tem seus problemas específicos. O governador Rodrigo Rollemberg, por exemplo, vai muito mal na avaliação do eleitorado. O ex-vice-governador Tadeu Filippelli tem problemas com a Justiça.

A vida pregressa, individual ou dos partidos que representam, é um ônus para a maioria dos possíveis candidatos às eleições majoritárias. Tanto no bloco à direita, dos grupos tradicionalmente ligados a Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, como no PT. Nos tempos atuais não é preciso ser desonesto para ter imagem ruim, basta parecer desonesto.

Os candidatos à esquerda, mesmo com vida limpa, correm o risco de se inviabilizarem pelo fracasso consumado da gestão de Agnelo Queiroz e do fracasso potencial do governo de Rollemberg – que ainda tem a oportunidade de corrigir seus erros e se reconciliar com o eleitorado, o que é difícil, mas não impossível.

E também para os que vêm de fora

Os estranhos em 2018 podem vir do lado esquerdo ou do lado direito do espectro ideológico, mas tendem a ter mais sucesso se se identificarem com posições ao centro, pelas características do eleitorado brasiliense. Terão de ter histórico de honestidade e passar aos brasilienses a segurança de que poderão fazer um governo competente e eficiente.

Será necessário ter muito cuidado com os partidos a que estarão filiados e com as alianças que fizerem, pois o discurso do outsider pode ser contaminado pelas más companhias. Mas, sem partido não se pode ser candidato e sem alianças fica mais difícil a eleição.

No fim das contas, a vida dos estranhos e intrusos também não será fácil em 2018.

Fonte: Coluna do Jornalista Hélio Doyle – Jornal de Brasília.

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O dia em que policiais e bombeiros pararam Brasília por um minuto!

Ontem foi um dia marcante no Distrito Federal. Policiais e Bombeiros em todo o DF pararam por um minuto suas atividades para prestar honras (homenagem) aos Policiais Militares mortos no Rio de Janeiro após uma queda de um helicóptero da polícia. Em várias unidades e até mesmo no meio da rua, em frente a monumentos da cidade, as 16h tudo parou ouviu-se os “choros” das sirenes ligadas, viu-se a “última continência” aos heróis anônimos que deixaram seus familiares e amigos inesperadamente.  Na cidade Estrutural, 15º BPM, uma das mais perigosas do DF tivemos a homenagem abaixo.

Ainda em 2012 publiquei aqui no blog a necessidade de um movimento nacional em defesa da família policial. Um grito de chega de mortes de policiais e de bandidos impunes. Projetos avançaram. Tivemos os crimes contra policiais sendo considerados hediondos, mas muito pouco diante do que precisamos.  Abaixo, apresentamos a homenagem dos policiais do 17º BPM:

A ROTAM fez a homenagem em frente a Torre de TV no Centro da Cidade:

O Batalhão de Trânsito fez a homenagem em frente ao Congresso Nacional:

Em Samambaia a demostração de união foi enorme, pois Bombeiros e Policiais Militares prestaram juntos a homenagem:

Foram Centenas de demonstrações de respeito aos irmãos que tombaram em combate. Gostaria de colocar aqui cada homenagem. Peço desculpas por não ter conseguido baixar vídeos dos colegas da Polícia Civil que prestaram várias homenagens no DF. Aos colegas do GTOP também peço desculpas. Tentei representar o máximo de nossa corporação. Encerro com o vídeo do CHOQUE e com uma frase que expressa o mais genuíno dos meus pensamentos.

Quando tomba um irmão de farda, todos morremos um pouco. Quando sangra um irmão em combate, também sangramos juntos. Força aos irmãos do Rio de Janeiro! (SGT PMDF Aderivaldo)

policiais-mortos

Que nosso protesto silencioso possa mostrar o tamanho de nossa união e de nossa força. Precisamos falar em reforma policial no Brasil. Do jeito que está não dá mais! Chega!

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Rollemberg reconhece erros políticos à cúpula do próprio partido

As críticas ao governo de Rodrigo Rollemberg partem de todos os lados, inclusive de seu próprio partido, o PSB. Na última reunião da executiva regional da legenda, realizada na noite de anteontem na sede local da agremiação, pela primeira vez, o governador admitiu abertamente os erros políticos na condução do GDF e pediu desculpas para os correligionários. Na interpretação da cúpula partidária, o movimento de Rollemberg é uma tentativa de reunificação e pacificação da sigla.

Rollemberg não parou no mea-culpa e prometeu reformular a estratégia política na condução do Buriti. Esta reconfiguração não implica necessariamente em uma nova reforma administrativa, pontual ou ampla, mas abre brecha para eventual troca de cadeiras em secretarias, administrações regionais e empresas e demais órgãos públicos. A princípio a reunião trataria de três temas: avaliação do GDF, perspectivas para 2018 e Câmara Legislativa.

A fala do governador pegou no contrapé a maioria dos participantes. Pelo perfil de Rollemberg, ninguém esperava o movimento. Em uma conversa reservada, um membro do partido avaliou que o reconhecimento das falhas é primeiro passo a melhoria da gestão, não apenas na política mas também nos serviços públicos. A prova da fragilidade política do governo é o isolamento do PSB. Grupos de direita, centro e esquerda se movimentam para 2018 sem conversar com o partido.

No quesito alianças, a maior parte dos militantes presentes deixou clara a preferência por uma reaproximação com as forças de esquerda e de uma mudança de tom no embate entre GDF e servidores públicos. Os correligionários concordam em que não existem recursos e nem condições para a concessão dos reajustes, mas o governo deveria priorizar a negociação.

Motivo de tensão

Por outro lado, um ponto tenso é a relação com PSD, do vice-governador Renato Santana. A cúpula do partido considera que a parceria está estremecida, mas ainda não deve ser rompida. Mas alguns segundo parte dos filiados, não existe mais sentido em manter os laços, com a sigla capitaneada pelo deputado federal Rogério Rosso.

Mesmo sem comentar o discurso do governador, o presidente regional do PSB e secretário de Turismo, Jaime Recena, contou que o partido pretende fortalecer as alianças políticas, especialmente PDT, Solidariedade, Rede e, inclusive o PSD. “Esse alinhamento é constante. Na semana passada, almocei com o presidente do PDT, Georges Michel. Quando chega na metade do governo, é preciso reforçar as alianças”, afirmou.

Indo da política para a avaliação popular, o grandes desafio do GDF é mostrar para população os primeiros resultados consolidados. Para Recena, o governo precisa se conectar melhor com o povo, pois poucas pessoas estão analisando o desempenho da gestão PSB como um todo. Em relação a briga com os servidores, Jaime ressaltou que o GDF não consegue conceder os reajustes, mas está pagando os salários em dia, enquanto estados, a exemplo Rio de Janeiro, mal conseguem ficar de pé.

Meta é quatro distritais

Para evitar um novo ciclo de percalços na Câmara Legislativa, o PSB definiu a meta de eleger quatro deputados distritais nas eleições de 2018. O partido não conseguiu um parlamentar em 2014 e pagou um preço caro por isso, ficando por muito tempo alheio às movimentações do Legislativo.

Para emplacar o suplente Roosevelt Villela, precisou ceder muitos espaços para Joe Valle e PDT. O arranjo foi por terra, quando Valle voltou para o mandato. E a sigla só conseguiu se firmar na Casa com as filiações de Juarezão e Luiza de Paula.

“Nós queremos ampliar a nossa bancada, se possível para quatro deputados. Também é importante elegermos um deputado federal em 2018”, contou Jaime Recena. Dentro dos próximos dias, o partido também deverá definir uma posição em relação à eleição para a presidência da Câmara Legislativa para o próximo biênio.

“Não é só o PSB que está fazendo essa discussão. Outros partidos também estão discutindo isso. E a Câmara é primordial para o sucesso dos próximos dois anos do governo”, argumentou.

Sobre a próxima corrida pelo Palácio do Buriti, Recena afiançou que Rollemberg é a opção da sigla. “O governador é o nome do partido. Não tem porque ser diferente. Os primeiros dois anos de governo foram dificeis, mas tivemos resultados. O governador tem plenas condições de se reeleger e ter mais quatro anos de governo em melhores condições”, concluiu.

Por: Francisco Dutra – Jornal de Brasília
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br

Ao PSB, Rollemberg reconheceu erros políticos do governo e falou em retomar as alianças partidárias (Foto: André Borges/Agência Brasília)

Ao PSB, Rollemberg reconheceu erros políticos do governo e falou em retomar as alianças partidárias (Foto: André Borges/Agência Brasília)

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O que é ser pai nestes dias tão difíceis?

Tenho alguns modelos que sigo em minha vida. Com certeza meu pai é o primeiro deles. Ontem ele fez 70 anos e muitas foram as emoções neste dia tão especial. Ano passado, meu outro modelo, o senador Reguffe me deu 10 conselhos que tenho seguido à risca. Um deles foi que a política não termina amanhã, que não tenho que me desesperar, o outro que eu deveria focar em minha família, pois a família é a base de tudo.

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No dia de ontem tive a oportunidade de dizer em vida ao meu pai, o que muitos só lembram de falar após a morte de seus entes queridos. Neste blog, várias vezes já falei que meu pai é meu herói, meu amigo, meu conselheiro e meu pastor. Ouça e reflita sobre o que penso sobre o que é ser pai nestes dias tão difíceis. Para quem achar os vídeos longos, eu digo que é pouco tempo para expressar quem é meu pai.

Vejam também a homenagem que meu primo Ramon fez a ele:

Lá em casa encerramos as comemorações orando. Meu irmão, assim como meu pai, é o sacerdote da casa. Eu respeito a autoridade espiritual deles:

Agora é hora de apagar as velinhas. Vejam o que cantamos neste momento: “é crente, é crente, que ora, que ora e faz jejum”.

 

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Para ser um candidato a cargo eletivo é preciso ter pelo menos dez pessoas que acredite em você!

Hoje, ouvindo uma “pequena palestra” do Jornalista Odir, do Blog Rádio Corredor, sobre campanhas políticas sem dinheiro, algumas reflexões vieram a minha mente , até mesmo para não me tornar um dos “eternos candidatos” da PMDF:

Quantas pessoas acreditam em mim e em minhas idéias de verdade? Quantas pessoas estariam comigo em 2018 hoje? Tenho ao meu lado pelo menos 10 dez pessoas que iriam comigo sem se corromper durante o processo, independentemente das chances de vitória? Faço parte realmente de um grupo político que possa mudar de fato a realidade em volta das pessoas? Tenho potencial para ter 100 pessoas me apoiando verdadeiramente até as próximas eleições que possam ser multiplicadoras? Tenho verdadeiros líderes ao meu lado que realmente querem fazer a diferença? São reflexões que faço hoje para saber que caminho seguirei nos próximos anos!

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Agradeço ao amigo Odir, pelas esclarecedoras palavras. E por sua consultoria sobre o tema política. Que ele possa continuar seu projeto de ajudar outras pessoas a se tornar pessoas melhores.

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