Ontem foi um dia fantástico. Tive a honra de ministrar uma aula aos amigos de Curso de Formação de Soldados 1999/2000 (Turma soldado Dos Anjos). Rever os amigos e relembrar as histórias nesses doze anos foi o maior presente que Deus poderia me dar. Obrigado a todos pelo respeito e amizade demonstrada…
Agora, dando um giro de trezentos e sessenta graus e mudando totalmente de assunto, gostaria de deixar uma reflexão nesse dia, para quem sabe a utilizarmos no futuro:
“A desobediência civil em massa como um novo estágio de luta pode transformar a raiva profunda do gueto numa força construtiva e criativa. Desordenar o funcionamento de uma cidade sem a destruir pode ser mais eficaz que um tumulto, porque pode ser mais duradouro e mais dispendioso para a sociedade como um todo, sem ser imoderamente destrutivo. Por fim, é um instrumento de ação social que o governo tem mais dificuldade de sufocar pelo uso da força.
A limitação dos tumultos, deixando as questões morais de lado, é que eles não podem alcançar a vitória, e seus participantes sabem disso. Por isso, promover tumultos não é revolucionário, mas reacionário, porque provoca derrota. O tumulto envolve uma catarse emocional, mas é seguido por um sentimento de trabalho perdido.”
“Felizmente, a história não propõe problemas sem, por fim, produzir soluções. Os desiludidos, os desfavorecidos e os deserdados parecem, em tempos de crise profunda, evocar algum tipo de gênio que lhes permite reconhecer e empunhar as armas apropriadas para forjar seus destinos. Foi assim que a arma pacífica da ação direta não violenta, que se materializou quase da noite para o dia, inspirou o negro e foi fortemente agarrada por suas mãos estendidas.”