Arquivo do mês: julho 2010

É preciso diminuir o poder dos Governadores, no que se refere a segurança pública!

Os governadores são os COMANDANTES SUPREMOS das polícias. Quando estudo sobre liderança percebo que quando algo não está indo bem em uma instituição, normalmente é problema de liderança ou de comando.

Em um país como o nosso não temos mais espaço para somente 28 comandantes supremos, por isso a necessidade de criarmos as polícias municipais. É uma forma de diminuirmos O PODER DE GOVERNADORES como esse. Se entre vinte e oito governadores, dezessete tiverem esse pensamento, eles já serão maioria. Agora se tivermos mais de cinco mil prefeitos “batendo” de frente e questionando a polícia do Estado, caso a sua seja melhor, teremos uma melhoria significativa no sistema.

É a variedade “genética” que perpetua a espécie, mesmo com variações…

Saiba mais:

Governador da Bahia diz que policial militar é semelhante a burro de carroça, tem que trabalhar na base da chicotada

O Governador da Bahia, Jaques Wagner, que é candidato a reeeleição para o referido cargo, durante pronunciamento no Palácio de Ondina, disse que, os policiais militares, são semelhantes a burros de carroça, têm que trabalhar recebendo chicotadas, pois se assim não for, não comparecem ao local de trabalho, deixando a população insegura.

Jaques Wagner disse ainda que, um soldado da Polícia Militar, quer trabalhar pouco e ganhar bem mais que um oficial. Mas ressaltou o governador baiano que, enquanto ele administrar o Estado da Bahia, não vai permitir tamanha falta de respeito para com o povo.

“Burro de carroça, trabalha muito, e ganha quase nada, não tem direito de reclamar. Se um policial militar na Bahia, não ganha tão mal e não trabalha o suficiente, está reclamando de que e porque?. Perguntou o Governador da Bahia.

Um PM na Bahia ganha bem no meu governo, pois antes não tinha bom salário. Já investir em novas viaturas e coletes a prova balistica. Eles querem mais o que?. Isso custa muito caro e a Bahia não está nadando em dinheiro.

Fonte: Blog Correio do Estado

Saiba mais sobre a Polícia Municipal:

https://aderivaldo23.wordpress.com/2010/07/27/policia-municipal-e-preciso-dividir-responsabilidades/

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O verdadeiro corporativismo dentro da polícia!

O ser humano é impressionante. Quanto mais eu o conheço, mais eu o admiro. Ao mesmo tempo, mais eu vejo que o desconheço.

 Sempre que converso com as pessoas, vejo o quanto são despreocupadas com tudo o que as rodeia. Utilizam a máxima do “deixa a vida me levar, vida leva eu.”

Colocam o tempo como aliado, como se fossem eternas, não percebendo o quanto ele é inimigo. O tempo leva as pessoas que amamos. O tempo esfria os amores, os relacionamentos. O tempo nos rouba a vida. As pessoas não conseguem perceber que o tempo nessa terra é regressivo. Não é mais um dia vivido somente. É menos um para viver. É menos dias ao lado daqueles que amamos. É importante entendermos isso para termos foco, objetivo de vida.

Ontem recebi um email, no blog, que mexeu comigo. Uma esposa de um policial de Planaltina, desesperada, pedindo ajuda. O colega está se destruindo, acabando com sua família. Entrei em contato com o comandante do Batalhão de Planaltina, que é meu amigo, e sei que ele fará o melhor para ajudar essa família, mas infelizmente sei que não será o suficiente, pois depende do policial.

Quantos colegas destroem sua vida? Quantos estão deixando serem levados pela vida? Quantos possuem a coragem de lutar contra a realidade a sua volta?

Fico me lembrando da invasão onde morei por quinze anos, do barraco de madeira, cheio de goteiras, do dia em que caiu um temporal e levou todo o teto, dos amigos que viraram bandidos, que morreram no Caje ou estão na Papuda.

Nunca aceitei essa realidade. Minha família é minha base. Meu pai sempre me disse: “filho, abaixo de Deus aqui na terra, são os livros que fazem a diferença na vida de um homem!” Sábias palavras. Ensinaram-me a não aceitar minha triste realidade. Falo isso para as várias famílias de policiais não aceitarem a realidade impostas a eles. É preciso força de vontade. Toda escolha implica em uma renúncia.

O “tempo não para”, como diria o poeta, a vida também não. É preciso se levantar diante da adversidade. É preciso mudar a realidade de nossas vidas e ao nosso redor. Antes de mudarmos nossas instituições, precisamos mudar as pessoas. Investir no ser humano. Preocuparmo-nos com ele. Dedicarmo-nos a ele.

 Precisamos nos unir para ajudar nossos irmãos policiais que estão com dificuldade. Isso é corporativismo. É diferente. Temos que defendê-los antes que cometam algum erro grave e sejam punidos. Antes que interfiram em outras famílias.

Conto contigo Comandante (mestre). Sei que irá ajudar nosso colega. Será um “pastor” cuidando de uma “ovelha ferida”. Precisando de ajuda, sabe que pode contar comigo! É preciso resgatar nossos irmãos do vício, que destrói famílias e matam sonhos…

A construção é diária!

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O policial e a Constituição…

Ultimamente, devido a uma necessidade, não aguento mais estar soldado, estou dedicando-me ao estudo do Direito Constitucional, pois sempre deixei a desejar nessa área. Sinceramente direito nunca foi o meu forte, principalmente o Constitucional.

Quanto mais aprofundo no tema, vejo a importância de nós, policiais, dominarmos esse assunto. Principalmente aqueles que acreditam em uma POLÍCIA CIDADÃ, ou seja, voltada para a coletividade, e não somente para uma minoria, denominada ELITE.

Quando se fala em estudo, primeiro, há que se dedicar a teoria e aos pensadores. Isso é fato. Faz-me lembrar da disciplina, em tempos de UNB, Teoria da História e das discussões com a Professora Clélia Botelho. Sendo assim, passemos adiante. A doutrina divide os elementos da Constituição em cinco grupos:

1) Orgânicos – Normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder; Organizam a estruturação do Estado;

2) Limitativos – Limitam a atuação do Poder do Estado, como os direitos e garantias fundamentais (exceto direitos sociais – eles são sócio-ideológicos);

3) Sócio-ideológicos – Tratam de compromisso entre o Estado individualista, que protege a autonomia das vontades, com o Estado Social, onde as pessoas fazem parte de uma coletividade a ser respeitada como um todo;

4) De Estabilização Constitucional – São elementos que tratam de solução de conflitos constitucionais, defesa de Estado, Constituição e Instituições Democráticas como o controle de constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal;

5) Formas de aplicabilidade – Regras de aplicação da Constituição, como o ADCT e normas como o artigo 5º, § 1º – “As normas dos Direitos Fundamentais têm aplicação imediata.”

Dois pontos são de fundamental importância para todos os policiais, devem estar claros:

1) Os elementos limitativos, servem para limitar a atuação do poder do Estado, como os direitos e garantias fundamentais.

2) Quando falamos em solução de conflitos, defesa de Constituição e etc. estamos falando em elementos de estabilização constitucional.

A construção do sonho é diária – Policiamento Inteligente: em busca da eficiência e eficácia das polícias!

A polícia precisa mudar!

A polícia está mudando!

A polícia vai mudar!

Fraternal abraço!

Tenham um lindo dia!

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Polícia Municipal! É preciso dividir responsabilidades!

Como diria o poeta: “essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluco que sou, acordei…”, eu também tive um sonho.

Não paro de pensar em que tipo de modelo de polícia poderia ser aplicado no Brasil. Não acho solução. É lógico que qualquer pensamento que surja deverá ser pensado e repensado e somente depois aplicado. É preciso ter laboraratório, Projeto Piloto.

O que percebo, e isso já é evidente para mim, é que o discurso da unificação das polícias é ultrapassado e útopico. Pode se falar em unificação de procedimentos, bancos de dados e outros, com exceção de quadros de pessoal, consequentemente de SALÁRIOS.

O modelo francês, aplicado à nossa polícia, com viés voltado para a defesa externa e interna, ou seja, de exército, também está ultrapassado. Há duzentos anos era o mais moderno, hoje com a interiorização do país e o aumento populacional tornou-se obsoleto. Razão dos graves problemas de enfrentamento no combate a insegurança pública.

No Judiciário é comum os termos jurisdição e competência. Creio que devamos expandir esses termos para o sistema de segurança pública do país. Como? Saindo de um modelo Francês, migrando para um “modelo” assemelhado ao americano, mas próximo de nossa realidade. Sem esquecermos que os EUA são uma confederação, enquanto nós somos uma FEDERAÇÃO. Isso é importante para uma análise mais apronfundada do tema.

Não existe hierarquia ou subordinação entre o executivo federal, estadual e municipal. Também não existe hierarquia ou subordinação entre a polícia federal e estadual. Observe que não temos a figura da polícia municipal.

É hora de quebrarmos o pragmatimo.É preciso falar em MUNICIPALIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA. É hora de empoderarmos prefeitos e municípios no combate a violência e a criminalidade. É passada a hora de descentralizar o poder existente nas mãos dos governadores. É hora de uma revisão do artigo 144 da Constituição. É passada a hora de termos a participação de TODOS na melhoria da segurança pública.

Quando se fala em combate a criminalidade, estamos falando em redução de espaço para a atuação dos criminosos. É delimitando o espaço de atuação do crime organizado que poderemos combatê-los. As prefeituras devem participar nesse combate. Já está provado que a União e os Estados não são capazes de oferecer segurança ao cidadão. É preciso dividir responsabilidade.

Temos a polícia federal, polícia civil, polícia militar, policia rodoviária federal, polícia ferroviária, polícia judiciária, polícia legislativa, fala-se em polícia penal…

Por que não debatermos a POLÍCIA MUNICIPAL?

A polícia precisa mudar!

A polícia está mudando!

A polícia vai mudar!

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“A lei está acima de todos, inclusive do policial bandido!”

Atualmente tenho me adaptado a uma rotina para cumprir algumas metas em minha vida. Uma grande mudança é que durmo menos e leio ainda mais. Todos os dias procuro acordar as seis da manhã. Leio um capítulo de provérbios, assisto alguns telejornais e faço pequenas pesquisas na internet, após isso leio um capítulo diário do Livro Minutos de Liderança e outro do Livro Os 4 segredos do sucesso de Jonh Maxwell.

Hoje no momento destinado ao Telejornal fequei triste ao ver três notícias. Duas envolvendo corrupção policial no Rio de Janeiro, ambas no Trânsito. O que reforça minha convicção que policial militar não deva atuar no Trânsito, como forma de proteger-nos desses “deslizes”. Em qualquer profissão o dinheiro não deve ser visto como objetivo, deve ser visto como consequência. Independentemente do valor do salário. Se o dinheiro é objetivo o policial poderá ganhar 20 mil e mesmo assim irá se corromper. Se for consequência do trabalho e aquele trabalho não está proporcionando os meios que ele espera ele irá procurar outro trabalho, não mais dinheiro. Existe uma grande diferença.

A outra notícia dizia respeito a uma abordagem errada no Ceará, aonde um policial “comunitário” veio a acertar um jovem em uma moto. Uma frase que eu sempre gostei de ouvir dos colegas e que sempre vem a minha mente quando penso em atirar é: “bala não para carro, não para moto. Ela só destrói sonhos!”

Hoje o Alexandre Garcia, jornalista da TV GLOBO, disse algo interessante:

“A lei está acima de todos, inclusive do policial bandido!”

Algo para se pensar…

A outra frase marcante foi a dita pelo policial no Ceará, após o ocorrido. Ele tem vinte cinco anos, deve ter no máximo uns três anos de polícia…

“O que eu fiz de errado? Estraguei a minha vida!”

Creio que não só a dele, mas a de várias pessoas, incluindo sua família.

Um segundo em nossa vida de policial pode matar todos nossos sonhos, além de matar os sonhos de várias pessoas ao nosso redor e ao redor de nossa vítima.

A linha entre ser policial e ser bandido é a mais tênue que eu conheço. A grande maioria deveria saber isso, parece elementar, mas infelizmente não sabe. Estamos mais próximos de um presídio do que qualquer outro cidadão. Basta ver nossos regulamentos…

Tenham um bom dia!

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