Pouca gente viu que o tempo de Formação para o Curso de Oficiais da PMDF (CFO), que havia mudado de três para dois anos, foi modificado novamente. A portaria nª 992, de 14 de Janeiro de 2016, regulamenta o funcionamento do Curso de formação de oficiais da Academia de Polícia Militar de Brasília, alterou para três anos o tempo de formação. A Academia voltará a ter cadetes de primeiro, segundo e terceiro anos.
Arquivo do mês: janeiro 2016
Principais crimes na cidade de Ceilândia em 2015
Após a análise dos números de maneira geral, em todo o DF, agora é interessante focar nas cidades. A primeira cidade que apresento aos leitores é Ceilândia, uma das maiores, mais populosa (489.351) e com o maior número de ocorrências. Em 2015 tivemos no DF 614 (seiscentos e quatorze) homicídios, destes 111 (cento e onze) foram na cidade de Ceilândia.
Os roubos a transeunte totalizaram 30.280 (trinta mil duzentos e oitenta) em todo o DF em 2015, sendo na cidade de Ceilândia um total de 5.813 (Cinco mil oitocentos e treze) roubos. Ressaltamos que a queda no mês de setembro nos gráficos estão relacionadas a greve da Polícia Civil de 1º de Setembro a 22 de Setembro. O que fez com que ocorrências não fossem registradas no mês de setembro e que outros fossem registradas no mês de outubro.
Os roubos a coletivo incomodaram as pessoas mais humildades em 2015. Foram 2.397 (dois mil trezentos e noventa e sete), sendo um total de 575 (quinhentos e noventa e cinco) desses crimes cometidos na Ceilândia.
Já o roubo a comércio chegou a um total no DF de 1.870 (mil oitocentos e setenta), sendo 391 (trezentos e noventa e um) em Ceilândia. Neste caso, é importante salientar que foram agrupados as naturezas de roubo em comércio, a casa lotéricas e a postos de combustíveis.
Para encerrar, apresentamos os números referentes a roubo em residência na cidade. No DF foram totalizados 684 (seiscentos e oitenta e quatro) roubos em residência, na Ceilândia foram registrados 137 (cento e trinta e sete) casos desta natureza.
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Gráfico da evolução do crime no DF em 2015
Sou uma pessoa visual. Somente os números não me dizem nada. Gosto de entender um pouco a dinâmica do crime e o “comportamento” dos números. Grande parte dos crimes diminuíram bastante em 2015, mas não irei comparar ano a ano. Optei em apresentar alguns crimes mês a mês. Saliento que no mês de setembro de 2015 a Polícia Civil entrou em greve e alguns registros não foram feitos em setembro, o que acarretou em uma redução aparente da criminalidade neste mês e aumento de alguns modalidades no mês posterior, pois a greve durou do dia 1º de setembro ao dia 22 de setembro.
O mês de agosto (36) foi o mês que tivemos no DF o menor número de homicídio e Janeiro (69) o maior. No comparativo foram 693 homicídios em 2014 e 614 homicídios em 2015. Uma redução de 11,4% no ano.
Quando analisamos o gráfico de roubos a coletivo, no geral, houve um aumento de 6,3% com 143 casos a mais no ano de 2015. Durante o ano tivemos o menor quantitativo no mês de fevereiro com 141 roubos e o maior em outubro com 314. Este ano o maior foco do governo deve ser a redução desta modalidade de crime.
Quanto ao roubo a transeunte o mês com menos registros foi o mês de setembro (1285), mas temos que lembrar que a Polícia Civil esteve em greve por 22 dias e que muitos registros não foram feitos.
Sobre o roubo a comércio novamente salientamos a greve da polícia civil em setembro, onde apenas 88 registros foram feitos. O que influenciou na redução neste mês.
Os roubos a combustível foram uma constante em 2014, sendo 1415 roubos no ano, já em 2015 houve uma redução anual de 46,3%, com um total de 760 roubos. No ano passado as polícias trabalharam bastante e o resultado é visível nos números. Mesmo trabalhando muito uma pergunta deve ser feita: por quê a sensação de insegurança não diminuiu?
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Uma reflexão sobre roubos em coletivos no DF
Inicio minha análise de hoje relembrando um texto do dia 17 de Novembro de 2015, cujo título foi: Houve algum “boicote” a gestão do então secretário de segurança Arthur Trindade? Não é de hoje que faço análise sobre roubo em coletivos. A vantagem de hoje é que disponho de números e gráficos para embasar a discussão. No texto supracitado o governador fez o seguinte comentário:
“Neste momento, a prioridade é de buscar entender como acontecem roubos em coletivos para que possamos ter ações integradas das forças de segurança no DF, percebendo quais são as cidades onde os crimes são mais comuns e tendo acesso da polícia ao local”
De 2013 até 2015 temos tido um aumento significativo nesta modalidade de crime.
Outro comentário no texto que merece atenção para reduzir esta modalidade de crime foi:
À época o governador, Rodrigo Rollemberg, anunciou uma série de medidas para evitar assaltos a passageiros de ônibus, conforme várias reportagens a época, incluindo o monitoramento da iluminação e de mato alto nas paradas de ônibus, além da determinação para que as empresas de transporte coletivo forneçam obrigatoriamente imagens internas dos veículos na ocorrência de crimes. As estratégias fazem parte do programa “Pacto pela Vida” ou “Viva Brasília”, que visa reduzir a criminalidade do DF. De acordo com o governo, as administrações regionais deveriam acompanhar os estados dos equipamentos públicos e avisar a CEB e a Novacap sobre os problemas. As determinações do Governador foram cumpridas? Rollemberg afirmou que seriam levantadas as paradas de ônibus com maior registro de assaltos
Em outubro de 2015 foi o mês que tivemos o maior número de roubos em coletivo no DF, totalizando 314 (trezentos e quatorze) em apenas um mês, já em dezembro tivemos mais que o dobro dos crimes ocorrido em dezembro do ano anterior. Também é importante observar que no mês de outubro e novembro sempre ocorre um aumento neste tipo de crime, ou seja, é um crime sazonal. O que precisa ser detectado é que fator fez com que este ano aumentasse mais que o “normal”.
Vejam acima os altos e baixos da modalidade de roubo em coletivos no DF no período compreendido entre jul/14 a dez/15. É importante ressaltar que os roubos em coletivo estão intimamente ligados ao roubo a transeunte, que normalmente ocorrem no perímetro próximo as paradas de ônibus. Os roubos ocorrem no trajeto entre a casa do trabalhador e a parada de ônibus, quando está saindo ou chegando e da parada de ônibus para o trabalho. Após perceber isso, fiquei com uma dúvida quanto ao reforço do policiamento aos finais de semana, em especial a noite. Este policiamento aumenta a sensação de segurança, mas é capaz de reduzir tais modalidades de crimes?
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Unificação de Banco de Dados na Secretaria de Segurança Pública do DF
O governador Rodrigo Rollemberg, em reunião fechada com a cúpula da segurança pública local, debateu o problema. Um dos principais pontos discutidos, segundo o Jornal de Brasília, de hoje, é a Unificação de banco de dados por meio da Ciade. Já defendemos a ideia diversas vezes aqui no Blog desde 2008. Vejam um trecho da publicação do Jornal de Brasília:
Unificação de dados
De acordo com o assessor de Gestão Estratégica e Projetos da Secretaria de Segurança Pública, Haroldo Areal, o sistema da Ciade está ultrapassado e também vai passar por mudanças.
“Vamos melhorar a plataforma e apostar no compartilhamento de dados. A ideia é que consigamos ter uma base de dados unificada, ou seja, que as informações de cada chamado sejam atualizadas e fiquem disponíveis a todos os que estiverem envolvidos com aquela ocorrência. Vale lembrar que isso é algo gradativo”, completou.
A Unificação de Bancos de dados é de fundamental importância para dar maior eficiência, eficácia e efetividade para as ações policiais no DF. Acredito que o fortalecimento da CIADE também. Precisamos centralizar as ações, não descentralizá-las. Isto é fundamental quando lidamos com vidas e com quatro forças distintas.
Na Seção II, do DODF de hoje, o coronel Josias do Nascimento Seabra é exonerado do cargo de Subsecretário de Integração e Operação de Segurança Pública (CNE 02), substituído pelo Coronel Márcio Pereira da Silva. (O Cel Josias do Nascimento Seabra era Subcomandante-Geral da PMDF em 2015.)
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