Arquivo do mês: abril 2013

Uma casa dividida não prevalecerá

Ao ver algumas “vaidades”, “brigas”  e “disputas políticas” em alguns blogs policiais deixo a seguinte mensagem:

“A pessoa que constrói uma casa é um artista; aquele que faz apenas uma demolição é apenas um operário. Por isso, devemos evitar o confronto com outras pessoas, desafiando-as em discussões inúteis. Quando nos queixamos, o mundo até pode ouvir nossas lamentações e nossos delírios, se não puder evitá-los, mas quando trouxermos conosco uma mensagem de paz, estímulo e amizade, ele ouvirá nossas palavras porque assim deseja fazer, porque elas lhe fazem bem.”

Palavras geram pensamentos, sentimentos, ações e resultados. Bom dia! Bom feriado para nós!

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Temos o poder em nossas mãos de trazer algo útil para a mudança cultural em nossa corporação. Não podemos nos perder em brigas internas. Separados somos fortes, juntos somos imbatíveis. Precisamos compreender isso: UMA CASA DIVIDA NÃO PREVALECERÁ! Precisamos de unidade! A polícia precisa mudar! A polícia está mudando! A polícia vai mudar! 

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Casa Grande e Senzala

Na época da escravidão, como todos sabem, os negros eram considerados apenas uma mercadoria. Um objeto que poderia ser utilizado por seus donos da maneira como bem entendessem. Abusos eram recorrentes e é óbvio que quem sofre a condição de dominado dificilmente se conformará e não lutará para mudar seu destino. 

 Esses que brigavam por seus direitos eram marginalizados e considerados perigosos, criminalizados por desejar tão somente ser respeitado enquanto ser humano. Conter os revoltosos era uma tarefa ingrata, penosa e repugnante até para seus “donos”, que nem sempre estavam dispostos a realizar o trabalho sujo. Então surgiu a figura do Capitão-do-mato.
Para entender melhor o que esses homens faziam, recorro a uma breve explicação do Wikipédia:
“O Capitão-do-mato era na origem um empregado público da última categoria encarregado de reprimir os pequenos delitos ocorridos no campo”. Na sociedade escravocrata do Brasil, a tarefa principal ficou a de capturar os escravos fugitivos.
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O termo capitão-do-mato passou a incluir aqueles que, moradores da cidade ou dos interiores das províncias, capturavam fugitivos para depois entrega-los aos seus amos mediante prêmio.
 
Os capitãos-do-mato gozavam de pouquíssimo prestígio social, seja entre os cativos que tinham neles os seu inimigos naturais, seja na sociedade escravocrata, que os considerava inferiores até aos praças de polícia, e os suspeitava de seqüestrar escravos apanhados ao acaso, esperando vê-los declarados em fuga para depois devolvê-los contra recompensa”.
Ironicamente, muitos dos homens que detinham tal ofício eram justamente outros negros que – para escapar dos martírios da senzala – traíam seus pares em troca de efêmeros benefícios. Vantagens ilusórias que lhes faziam acreditar serem diferente dos “irmãos” que perseguiam como animais. Ainda pior, julgavam-se semelhantes aos seus patrões, que por sua vez não lhes rendiam considerações.
Felizmente muita coisa mudou desde esse período. Muito embora as classes sociais populares ainda sofram com o descaso dos governos (independente da ideologia partidária). Hoje não temos o regime escravo, mas temos o proletariado. Daí as constantes lutas sindicais em buscas de melhorias não apenas salariais, como também no avanço das condições de trabalho.
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Em se tratando de movimentos na esfera da segurança pública percebemos ainda uma situação do tipo “capitão do mato”. Aquele sujeito que cerca de bajulações seu “Senhor” em troca de algumas honrarias, cargos ou mesmo por gratificações que tão logo se mude o quadro de lideranças, provavelmente será descartado ou substituído.
Entristece saber que alguém que conhece (ou deveria ter ciência) a realidade dos profissionais de segurança ignore a classe que também está inserido. O que é pior, persegue outros que compartilham de uma mesma farda, lutando por avanços, sacrificando a própria liberdade. De maneira covarde se esconde sobre a pecha da “hierarquia e disciplina”, esquece os valores do companheirismo e honra. Qualidades tão valorizadas por aqueles que combatem diariamente os verdadeiros inimigos da sociedade.
É revoltante pensar que nos dias de hoje, mais de 120 anos depois da abolição da escravatura e 23 anos após o fim da ditadura militar no Brasil, trabalhadores ainda tenham que enfrentar prisões, perseguições e processos por não compactuarem com as aberrações existentes no país que se diz democrático.
É perturbador saber que seus gritos ecoam quase sempre silenciosos ou quando são ouvidos, suas vozes são deturpadas, manipuladas em benefício dos que detém o poder. Quem é oprimido se torna baderneiro. Não basta castigá-los no tronco dos regulamentos disciplinares, é preciso execrá-los para que sirvam de exemplo para que outros não façam o mesmo.
Apesar de tudo, assim como a escravidão teve seu fim, acredito que teremos dias melhores. Tempos em que, além da honra natural de servir à sociedade, esses homens sentirão também o orgulho de ter contribuído para a evolução das nossas instituições. Não sem união, não sem perseverança. (*)
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Polícia Cidadã
 
Para alcançarmos está Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós como cidadãos de um país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há uma necessidade urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia Cidadã somente é necessário que você Assine a nossa petição:
PETIÇÃO PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL!
Consciência Política PM&BM
(*)Por: Flávio Henrique é jornalista desempregado, policial desiludido, jogador de handebol frustrado, blogueiro e desocupado por vocação.

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Outra realidade…

Jornal do Riacho Fundo

Jornal do Riacho Fundo

A cidade do Riacho Fundo I sempre foi considerada por seus moradores um lugar seguro, mas de um tempo para cá essa situação tenho mudado muito.  A Nova realidade está se desenhando. De cidade pacata a uma cidade com sérios problemas de segurança pública.

É visível nos meios de comunicação o aumento da violência na cidade. Recentemente três homicídios na mesma semana surpreenderam os moradores, além de sequestros relâmpagos e um ferido por “bala perdida”.

Quando falamos em segurança pública, estamos falando em redução dos espaços de atuação dos criminosos. O Riacho Fundo é uma cidade bem organizada na sua divisão espacial. Na prática é bem planejada. Mas as forças de segurança não estão sabendo aproveitar esse ponto positivo.

A falta de iluminação em algumas áreas tem contribuído para o cometimento de alguns crimes, a falta de efetivo policial também. Falta policiais para o policiamento preventivo e para fazer investigações, algo essencial para prender e manter presos os bandidos. A sensação de impunidade tem facilitado o ingresso de menores no mundo do crime.

Os homicídios na cidade não são de hoje. Os pontos onde eles ocorrem são conhecidos. Os mortos em sua maioria também, normalmente são jovens, seus executores menores de idade, envolvidos com o uso e venda de drogas na cidade.

As autoridades precisam se posicionar. As ações devem ser mais efetivas, eficazes e eficientes. Uma das quadras com maiores problemas de drogas e disputas entre os jovens é a QN 01. Nesse local, aproximadamente, quatro bares potencializam o cometimento de crimes na cidade. O local próximo a passarela já é conhecido como cracolândia. Nas esquinas o tráfico corre solto.

Uma alternativa nesse caso pode ser um “saturamento” da área por pelo menos um mês com o apoio de policiais de outras unidades, por meio do serviço voluntário, além das equipes especializadas: Rotam, Patamo, Cavalaria, Batalhão aéreo, serviço velado, dentre outras. O foco deve ser a repressão ao tráfico, ao consumo e a busca por armas. Segundo moradores, o consumo de drogas na praça do coreto, nas proximidades do posto policial, as ameaças e a exposição de jovens utilizando armas é algo comum.  Além disso, as investigações por parte da polícia civil devem ser mais ágeis, buscando o mais rápido possível a materialidade e autoria dos fatos para tirar tais bandidos de circulação.

A falta de efetivo, a desmotivação, a falta de recursos e as leis ineficientes não podem ser desculpas das autoridades para o descaso em que a cidade está vivendo. O crime não pode vencer essa guerra, pois os maiores prejudicados são os cidadãos de bem.

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Distrito Federal registra oito homicídios em 24 horas (Sexta e Sábado) e mais dois no domingo

27/04/2013 13h11 – Atualizado em 27/04/2013 15h50

Alguns crimes foram familiares, mas maioria foi acerto de contas.
Apenas três suspeitos, entre oito autores dos crimes, foram presos.

Do G1 DF

 

Distrito Federal registrou oito homicídios entre as 2h de sexta-feira (26) e 2h deste sábado, uma média de um assassinato a cada três horas. A polícia indica que alguns crimes foram familiares, mas a maioria tem indícios de acerto de contas. Dos oito homicídios, apenas em três os suspeitos foram presos até a publicação desta reportagem.

O perfil da maioria das vítimas assassinadas era de jovens que tinham entre 17 e 25 anos. Entre eles, Kaique Cortez, morto aos 19 anos. O rapaz foi espancado com um pedaço de pau. O crime foi por volta das 23h de sexta-feira, na quadra 104 do Recando das Emas.

Segundo a polícia, quem matou foi o cunhado do jovem. O suspeito foi preso uma hora depois, escondido em cima de uma árvore na quadra ao lado. Um adolescente que também teria participado do espancamento fugiu. A polícia ainda não sabe o motivo do crime.

Em menos de duas horas, mais três homicídios. Dois em Ceilândia e um no Paranoá, onde o marido matou a mulher a facadas e fugiu.

Um pouco mais cedo, por volta das 19h30, um jovem de 17 anos morreu no Hospital de Planaltina depois de levar um tiro em um possível acerto de contas.

Ainda na sexta-feira, outros dois homicídios: um esfaqueado em Taguatinga Sul e o outro baleado no Gama. Nos dois casos, as vítimas teriam envolvimento com o tráfico de drogas.

O oitavo homicídio aconteceu na madrugada de sexta, por volta de 3h30 na QSB 7, em Taguatinga Sul. Foi mais uma vítima de espancamento.

Na delegacia, a polícia informou que João Evangelista Viana, de 52 anos, foi morto pelo irmão Nilcimar Viana, de 49. Segundo as investigações, os dois passaram o dia bebendo em casa. Transtornado, Nilcimar não soube explicar para a polícia por que matou o próprio irmão.

28/04/2013 16h10 – Atualizado em 28/04/2013 16h10

DF registra dois homicídios na madrugada deste domingo
Homem de 38 anos foi esfaqueado durante briga em Ceilândia.
No Itapoã, adolescente de 16 anos levou 20 facadas.
A polícia do Distrito Federal registrou dois homicídios na madrugada deste domingo (28).Em Ceilândia, um homem de 38 anos foi esfaqueado durante um briga com um rapaz de 18 anos. A vítima, levada para o hospital, não resistiu aos ferimentos. O suspeito foi preso em flagrante.

O outro homicídio foi no Itapoã. Um adolescente de 16 anos levou 20 facadas. Ele estava andando de bicicleta quando foi abordado por volta das 4h.

A polícia suspeita de assalto, já que a bicicleta foi levada.  O Samu foi chamado, mas, quando chegou ao local, o adolescente já estava morto. A delegacia do Paranoá investiga o caso.

Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/04/df-registra-dois-homicidios-na-madrugada-de-domingo.html

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Publicada lei 12.804/13 referente ao nosso reajuste (PC/PM/BM)

Bom dia amigos, normalmente não publico mais de um texto, mas hoje como já havia publicado dois e acabei de receber a mensagem de que foi publicada a lei 12.804/13, referente ao nosso reajuste, quebrarei o protocolo. Click no link abaixo e tenha acesso ao ter da lei na página 02.

http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=25/04/2013&jornal=1&pagina=2&totalArquivos=104

Xadrez-blogTambém no site da presidência:

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12804.htm

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