Arquivo do mês: fevereiro 2018

FREJAT e os OUTROS

Jofran-Frejat

Em sua coluna no CB PODER, Ana Maria Campos e Ana Viriato falaram sobre o ultimato dado pelo pré-candidato ao governo do DF, Jofran Frejat. Em seu artigo, elas afirmam que as declarações recentes do ex-secretário de saúde do DF em governos anteriores “provocou um racha ainda mais forte” em seu grupo político e que o ex-deputado federal “aparece em primeiro lugar nas pesquisas de opinião que circulam nas mesas de negociações, à frente do governador Rodrigo Rollemberg.” Além disso, “ele é também considerado pelos próprios aliados do atual governo o nome mais difícil de ser enfrentado, entre todos que surgiram até o momento no páreo. Motivo: o recall da campanha de 2014 e a bagagem política.”

Ora, se o “velhinho” tem todo esse “currículo” por que tanta resistência dos outros aliados? Que interesses estão por trás de tudo isso? É importante lembrarmos qual era o discurso daqueles que também desejam a mesma posição do pré-candidato ao governo Jofran Frejat. Eles sempre disseram que: “o candidato que estivesse melhor nas pesquisas teria o apoio dos demais!”

Quais seriam as verdadeiras intenções dos também pré-candidatos ao governo do DF: Alberto Fraga, Alírio Neto, Izalci Lucas e Joe Valle? Já estamos a menos de 8 meses das eleições. A falta de organização da oposição beneficia apenas a situação. Não podemos nos perder no discurso de que o “atual governo não tem chances de eleição”. Porque até o momento, da forma que está, somente o governador Rodrigo Rollemberg  tem condições de ir para o segundo turno.

Vamos imaginar que tenhamos 6 (seis) candidatos ao governo do DF. Neste cenário, onde 40% do eleitorado pode não ir as urnas, qualquer candidato com 300 (mil) votos poderá ter chances de ir para o segundo turno e tornar-se uma surpresa. Talvez seja esse o pensamento dos candidatos “solitários” que tentam se cacifar, mas será isso uma realidade se a maioria dos candidatos estiverem em uma mesma linha “ideológica”? Candidatos de um mesmo grupo divididos não irão apenas facilitar a vida do atual governador? Fica a reflexão. Quais dos atuais candidatos teriam condições reais de atingir 300 mil votos ou mais?

De volta a Jofran Frejat, acredito que ele esteja correto em marcar posição e em exigir o cumprimento dos acordos feitos. É justo também que ele decida quem será o seu vice e com que grupos ele decidirá caminhar, caso os acordos não sejam colocados em prática. Tamanho ele tem para isso e grupo também. Vamos avante, em busca de uma Brasília melhor.

 

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Como andam os candidatos da PMDF em busca de partidos?

Há anos venho analisando o cenário político dentro da PMDF, aqui no Blog Policiamento Inteligente, o que não faltam são análises das últimas eleições. Sempre afirmei que a coligação é o primeiro passo para um candidato ter chance na eleição. Fazer parte de uma nominata que não tem chances de atingir a votação mínima (coeficiente) eleitoral é o primeiro passo para o fracasso. Vimos isso na eleição passada com os candidatos da PMDF que fizeram parte das nominatas do DEM, PSD e PPS. Outros não tiveram chances porque as nominatas do partido eram muito “pesadas”, por exemplo, Hermeto e Guarda Jânio. O PMDB à época fez três deputados: Robério Negreiros, Rafael Prudente e Wellington Luiz, naquela época Hermeto ficou em primeiro suplente, assim como o Guarda Jânio, já que o PRTB elegeu dois deputados: Liliane Roriz e Juarezão. Dos demais, o que esteve mais próximo de ser eleito, foi o Tenente Poliglota, pois foi o mais votado do DEM, mas o partido não obteve a votação mínima necessária.

Grafíco votação PM mais de mil planilha

O Portal Metrópoles em sua matéria: “Troca-troca: 37% dos deputados distritais devem usar janela partidária” chamou minha atenção novamente para o tema. O interessante é ver que até deputados consolidados estão fugindo de partidos onde algumas “lideranças” da PMDF estão filiados acreditando que podem ser eleitos. Em breve, durante 30 dias, os parlamentares poderão trocar de agremiação sem o risco de perder o mandato. Segundo a legislação eleitoral, a cadeira parlamentar conquistada nas eleições pertence ao partido político pelo qual o cidadão se elegeu.

Atualmente dois parlamentares estão sem partido e precisam urgentemente de uma agremiação para poder concorrer nas próximas eleições, são eles: Cláudio Abrantes e Sandra Faraj, expulsa do solidariedade recentemente. Os outros farão apenas mudanças estratégicas para não correr o risco de perder o mandato.

Alguns pontos chamam a atenção e podem enfraquecer algumas nominatas. O PR atualmente conta com dois deputados distritais: Bispo Renato e Agaciel Maia. Segundo o Bispo Renato “se outro candidato com mandato entrar no PR com pretensões de se candidatar a um cargo de deputado distrital” ele não permanecerá. Observe que até mesmo grandes figuras com mandato estão fugindo da disputa com outros colegas. E o que isso quer dizer? Isso significa que temos 24 deputados e aproximadamente 36 partidos, no final, somente 12 partidos seriam interessantes para os candidatos da PMDF. E quais seriam eles? Respondo sem pensar muito: aqueles partidos que não têm em seus quadros nem parlamentar eleito e ninguém com potencial de votos acima de 8 mil. Além disso, devem observar se a nominata atual atinge comprovadamente mais de 60 mil somados na última eleição. Simples assim, o jogo funciona desse jeito.

Votando aos deputados distritais, o pré-candidato a reeleição, Rodrigo Delmasso, “assume que está prestes a sair do PODEMOS, caso não seja formado um grupo forte o suficiente para assegurar a quantidade mínima de votos para manter-se na Casa após 2018.” Voltamos ao que eu disse no tópico acima. O deputado Delmasso afirma já ter sido procurado por agremiações com o PSDB, DEM, PSD e PR. “Se até 7 de março o Podemos não construir uma chapa que tenha condições de eleger um distrital, infelizmente, para não prejudicar o projeto político, não vou permanecer”, ressalta.

A mesma preocupação assombra Lira, candidato eleito pelo PHS, de quem sou suplente. Mais uma vez a preocupação de outro parlamentar é a nominata: “o que me preocupa é a nominata formada pelos candidatos que podem trazer votos para o partido. Estou de olho nisso e seria o único motivo que me faria sair.”

Voltando aos candidatos da PMDF pouco se evoluiu sobre as discussões de irem todos para um mesmo partido. O DEM do deputado Fraga foi implodido, nem ele mesmo deverá ficar por lá. O Avante tem conversado com vários deles, mas os interesses pessoais tem falado mais alto.

Em um breve diagnóstico o que tem se visto é:

  1. Guada Jânio seguirá junto com o Senador Hélio José no PROS;

  2. Hermeto somente permanecerá no MDB se não tiver mais de um concorrente a mesma vaga, já que o MDB deve eleger dois deputados;
  3. Tenente Poliglota não virá candidato e irá desfiliar-se do DEM;

  4. Major Cruz está em dúvida, mas possivelmente não virá candidato;
  5. Ricardo Pato seguirá Laerte Bessa, seu padrinho político e possivelmente continuará no PR, mas negocia com outros partidos;

  6. Airton Miranda estava negociando com o PODEMOS, mas é bom que fique atento já que o próprio deputado Delmasso afirmou que a nominata talvez não atinja o coeficiente eleitora;
  7. Coronel Jooziel possivelmente não virá candidato;

  8. Laiber possivelmente não será candidato;
  9. Clayton do NCP possivelmente não virá candidato;

  10. Coronel Giuliano ainda não conversamos;
  11. Aderivaldo Cardoso depende da legislação eleitoral por causa do curso do CHOAEM, aguarda consulta jurídica, mas não virá a distrital.

  12. Jabá deverá seguir seu padrinho político Bruno Bonetti para o PTB, inclusive já esteve em reunião com Alírio Neto; conforme matéria do Blog Rádio Corredor.
  13. Eliomar Rodrigues deverá seguir junto com o grupo de Jair Bolsonaro para o PSL.

Os demais estão abaixo dos 500 votos e não temos informações. Faltam poucos dias para termos as definições partidárias. Isso facilitará a análise de cenário, pois já teremos uma boa noção sobre os partidos que terão chances de eleição e os que não terão. Lembrando que na última eleição a única renovação foi do deputado Reginaldo Veras. Os demais já faziam parte de grupos políticos e só tiveram a transferência desses votos. Seguimos avante em busca do melhor para a corporação e para a política do DF.

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Muito obrigado: 2 milhões de visitas ao Blog em 10 anos

Em 2008 surgiu em meu coração o desejo de me tornar a “maior liderança” e a “maior referência em segurança em pública do Distrito Federal. Aprendi que liderar é influenciar pessoas para um objetivo comum.

De lá para cá fiz uma Especialização em Segurança Pública, Escrevi um livro que deu duas edições, trabalhei na Corregedoria, Ouvidoria e Inspetoria Geral da Força Nacional, fui assessor parlamentar e cheguei ao cargo de Assessor Especial do Gabinete do Secretário de Segurança pública. Na PMDF fui promovido a Cabo, a Sargento, aprovado no Concurso para oficial da PM e posteriormente no Concurso para Habilitação de Oficiais Administrativos.

Mas não foram só flores os últimos dez anos. Fui perseguido, humilhado, chacoteado e muito mais. Respondi um conselho de disciplina ilegal que foi tornado sem efeito, fui julgado e absolvido na auditoria militar por falar que na polícia militar “policiais cometem diversos crimes”, após dez anos muitas das coisas que falei foram comprovadas, respondi 7 Inquéritos policiais militares (IPM´s) e fui inocentado pelo Ministério Público Militar em todos, além de 10 sindicâncias e um PIP na PM, tudo por “publicação ou críticas indevidas”, em alguns momentos tentaram imputar-me crimes como “incitação” e “descumprimento de ordem”. A luta por cidadania plena e pela liberdade de expressão não parou um só dia.

Neste período perdi meu filho querido, Gabriel Brilhante, o vi morrer em minha frente, um dia antes de seu aniversário e do lançamento do meu livro, vi minha filha Giuliana Crescer, entrar na seleção brasiliense de vólei, entrar na faculdade, começar a namorar (…). Separei, casei novamente, ganhei um outro presente, uma filha linda chamada Sophia. Perdi amigos, ganhei amigos, chorei, sorri, sofri…

Hoje meus olhos enchem de lágrimas ao escrever esse texto lembrando de tudo que vivi até aqui. Neste instante o Blog Completa dois milhões de visitações. Comecei falando para 10 pessoas, depois para 100, depois para 1000 e agora ultrapassamos um milhão de pessoas.

Muito obrigado a cada leitor que veio aqui, comentou, leu e compartilhou. Agradeço a Deus por cada debate, cada palavra de incentivo. Cada crítica. Deus é fiel. Creia nisso. Nunca deixe ninguém matar seus. Sonho é uma visão. Sou um milagre vivo e prova de que Deus nunca abandona os seus.

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Equipamentos tecnológicos comprados pela PM estão inutilizados

(foto: Cadu Gomes/CB/D.A Press)
Apresentados como as maiores inovações da Polícia Militar no combate ao crime, equipamentos de ponta foram muito pouco usados ou nem sequer passaram da fase de teste.
Computadores de bordo para consultar antecedentes criminais, câmeras e outros equipamentos de ponta adquiridos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para o combate à violência estão inutilizados ou nem sequer passaram da fase de teste. Anunciados no governo de Agnelo Queiroz (PT), a partir de 2012, como ferramentas modernas para aprimorar o policiamento com inteligência, especialmente em função da Copa de 2014, agentes de segurança usaram esses produtos tecnológicos por muito pouco tempo.
Só os chamados terminais remotos embarcados (TRE) — equipado com internet, sistema de georreferenciamento e identificador de impressão digital portátil — custaram R$ 7 milhões. Os 300 TREs entregues a PMs brasilienses em abril de 2012 permitiriam buscar informações de suspeitos em computadores portáteis, nas viaturas, e reconhecer a identidade de alguém por biometria. O Comando ainda poderia monitorar o deslocamento das equipes em tempo real por meio de GPS. Mas eles nunca foram usados porque as viaturas nunca tiveram conexão à internet e os TREs sequer vieram com o software instalados. Voltaram às caixas no mesmo ano.
Os TREs ficariam em 300 dos 2 mil veículos da PMDF. Mas os carros e as caminhonetes só contaram (e contam) com rádios portáteis que têm GPS. Por meio de nota, a corporação alegou que “os computadores utilizados como TREs e os identificadores de impressão digital estão sendo reconfigurados para que possam ser usados com a tecnologia atualmente existente”.  Mas não informou quando retirou os aparelhos dos veículos, por que não fez a reconfiguração antes nem quando serão religados. Tampouco o custo do serviço e se há a garantia de manutenção permanente.

Câmeras desligadas

Em 26 de novembro de 2012, a PMDF recebeu, para teste, 14 pequenas câmeras de vídeo que poderiam ser acopladas aos óculos dos militares para registrar abordagens, perseguições, entre outras ações. O plano não vingou. Também por meio de nota, a Polícia Militar disse que “a possibilidade de emprego de câmeras de vídeo acopladas foi uma tecnologia estudada, porém não foram adquiridas por limitações técnicas das empresas em armazenar as imagens”. No entanto, à, época, a PMDF divulgou a aquisição dos aparelhos como algo certo.
Correio apurou que câmeras GoPro usadas por militares nas ruas, geralmente acopladas aos óculos, foram compradas pelos próprios policiais. “Compram do próprio bolso para se precaver e se resguardar em abordagens policiais. Não são equipamentos que a gente recebe”, destacou um dos PMs que usa o equipamento.
A PMDF também anunciou, em 30 de outubro de 2012, o Serviço de Monitoramento e Acionamento Policial Imediato (Smapi). Comerciantes de regiões como Guará, Vicente Pires e Riacho Fundo I seriam beneficiados com um canal direto ao batalhão local. Em atitude suspeita, o empresário acionaria o aparelho e o chamado chegaria a uma central de comunicação. O pedido de socorro seria transmitido à viatura mais próxima de onde estaria o suspeito.
A PM instalou o Smapi na revendedora de bebidas de Gustavo da Silva, 33 anos, no Guará II, mas o aparelho só funcionou em fase de teste. Comerciante da região há cinco anos, ele teve o comércio assaltado. Gustavo acredita que se o Smapi estivesse em funcionamento ajudaria a evitar esse e outros crimes. “O comandante do batalhão veio, explicou como funcionava e uma empresa instalou, mas só houve alguns testes. Não chegou a ser implementado de fato. Não fosse só mais uma das mil e uma promessas, poderia ser um projeto bem-sucedido”, avalia.
Dono de uma farmácia no Guará I, Jarbas José de Lima, 57 anos, enfrentou cinco assaltos e um arrombamento. O comerciante se lembra das reuniões na época da instalação do Smapi. “Muita gente se decepcionou. Invisto na segurança privada. Coloquei grade, três câmeras e sistema de alarme. À noite, só atendo com as grades na porta”, ressalta.
De acordo com a PMDF, atualmente, o Smapi é adaptado a aplicativos de celular “para viabilizar a comunicação entre a comunidade e os batalhões ”. Mas a corporação não explicou onde estão os aparelhos instalados em alguns comércios, quantos foram instalados, por que não funcionaram, nem mesmo o custo do projeto.
Especialista em segurança pública e professor da Universidade Católica de Brasília, Nelson Gonçalves diz que a PMDF sofre do mesmo mal de gestão das demais PMs . “São problemas administrativos. Essas tecnologias são bem-vindas para trazer qualidade ao serviço da polícia, mas só quem pode explicar o que está acontecendo é a PM. É um problema geral. Essas promessas geram uma expectativa na comunidade, que acaba frustrada”, pondera.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que compras são “independentes” pois as forças policiais têm autonomia.

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TSE afirma que militar deve estar afastado no momento do registro de candidatura

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 Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou, por unanimidade, na sessão administrativa desta terça-feira (20), que o militar elegível não ocupante de função de comando deverá estar afastado do serviço ativo no momento em que for requerido o seu registro de candidatura.

A resposta da Corte ocorreu no julgamento de uma consulta formulada pelo deputado federal Jair Bolsonaro. Ele questionou se o afastamento de militar de suas atividades deveria ser efetivado somente com o deferimento do registro de candidatura ou logo após a desincompatibilização, em prazo que viabilize sua efetiva participação como candidato em toda campanha eleitoral.

De acordo com o relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, “a igualdade de chance dos candidatos é entendida pelo TSE como necessária à concorrência livre e equilibrada entre os partícipes da vida política, sem a qual fica comprometida a própria essência do processo democrático”.

O ministro concluiu que o afastamento do militar – em geral, somente após o deferimento do registro – não permitiria ao militar elegível participar da campanha eleitoral em igualdade mínima de chances com os demais candidatos.

IC/JP/DM

Processo relacionado:Cta 060106664

Fonte: Assessoria de Comunicação do TSE

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