Nós do Movimento Policiamento Inteligente também apoiamos a nota da ASOF:
Em relação às declarações do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) Ciro José de Freitas na imprensa, nesta quarta-feira (12/02), relativas às negociações envolvendo o Governo do Distrito Federal e a Polícia Militar, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (Asof) concorda que deve haver tratamento igual entre as forças policiais.
Em função disso, o processo de negociação torna-se primordial, uma vez que há uma grande defasagem salarial entre os policiais militares e civis.
Para se ter ideia da disparidade, conforme a Lei 12804/13, um delegado especial com 15 anos de carreira, tem o salário de R$ 22,8 mil enquanto que um Coronel da Polícia Militar, com 25 anos de trabalho recebe R$ 15 mil mensais. Um agente especial com 15 anos de trabalho tem o salário de R$ 13,7 mil. O Sub-Tenente, cargo equivalente na Polícia Militar, em 25 anos de serviço, tem o salário de R$ 7,5 mil. Além disso, os Policiais Civis recebem R$ 350 de auxílio alimentação do Governo do Distrito Federal.
A Asof ressalta que a Polícia Militar respeita os Policiais Civis em seus pleitos, mas também reforça que é fundamental que todas as forças policiais sejam tratadas de maneira igual. Afinal, todos trabalham com o objetivo de promover a segurança da sociedade brasiliense, arriscando suas vidas em defesa da lei.
Arquivo do dia: fevereiro 13, 2014
Queremos isonomia na secretaria de segurança pública: salário digno e fluidez na carreira!
Arquivado em Reflexão
Impedidos de manter ‘tartaruga’, PMs se reúnem em frente à sede do GDF

Policiais militares participam na manhã desta quinta-feira (13) de uma reunião geral em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. A categoria, que saiu da operação tartaruga há quase três semanas após determinação da Justiça, reivindica 13 promessas feitas pelo governador Agnelo Queiroz durante a campanha – incluindo reajuste salarial. O governo afirma que nove já foram cumpridas e anunciou que dará uma resposta aos militares nesta sexta.
De acordo com os PMs, cinco mil pessoas participavam da manifestação às 10h30 – 50% são bombeiros. Eles criticam o governo por ter provocado o Ministério Público para obter a decisão judicial que pôs fim à operação tartaruga em vez de ter dialogado com a categoria.

Os policiais também rebateram críticas de que a PM não está preparada para lidar com protestos por causa do tumulto na manifestação desta quarta, do MST. O grupo fez ainda uma homenagem aos militares que se feriram durante o ato.
Durante o protesto em frente ao Buriti, os policiais reclamaram que, mesmo após os confrontos, uma comitiva do MST será recebida pela presidente Dilma, enquanto eles se sentem ignorados.

(Foto: Isabella Formiga/G1)
A categoria criou um código de conduta para nortear o comportamento dos militares durante o protesto. Entre as indicações está não ir armado, não levar bebidas alcoólicas, não incitar baderna e depredação e receber bem os políticos que aparecerem na reunião. As recomendações foram publicadas no blog do tenente Poliglota, apontado como um dos líderes do movimento.
Desde que a Justiça determinou o fim da operação tartaruga, PMs decidiram seguir a lei à risca. Com isso, militares têm deixado de dirigir carros da corporação por não terem o curso específico de formação de condutores de veículos de emergência.
O comando da PM chegou a emitir uma portaria que igualava o curso de formação dos policiais ao curso preventivo de direção de veículos de emergência. Mas, nesta quarta, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu o documento. Na prática, a decisão livra os PMs de punições, como prisão por desobediência caso se recusem a dirigir viaturas.
Mobilização
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a “operação tartaruga”, enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. O Tribunal de Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tinha como pena multa diária de R$ 100 mil.

No dia 31 de janeiro, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que a tropa cumpra suas obrigações. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Com o fim da operação tartaruga, o vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal afirmou que os policiais partirão para outra forma de manifestação.
“Vamos acatar, porque a gente respeita a Justiça. Só que aí vamos partir para outras operações. Vamos abordar todo mundo, inclusive gente do governo que a gente sabe que está irregular. Vamos colocar a criminalidade no zero. Vamos encher as delegacias. Não é isso que o governador quer? Então pronto. Então vamos ajudar a sociedade. Já que o governador não tem compromisso com os policiais e bombeiros, nós vamos mostrar que temos com a sociedade”, disse.
Ele não disse quem eram as pessoas que ele chamou de “gente do governo” nem quais eras as irregularidades supostamente cometidas por elas. Em reunião do governador com a cúpula da segurança, Agnelo classificou a manifestação dos PMs de “política”.
Policiais militares fazem assembleia em frente ao Palácio do Buriti Mais de 10 mil militares participaram do evento
Publicação: 13/02/2014 08:57 Atualização: 13/02/2014 12:57
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Uma das reivindicações da classe é a reestruturação da carreira |
Os policiais militares do Distrito Federal participaram, nesta quinta-feira (13/2), de uma assembleia em frente ao Palácio do Buriti. Mais de 10 mil militares estavam presentes no evento.
A movimentação no local foi intensa e marcada pela presença de caravanas com policias militares de várias cidades. O objetivo da reunião foi conseguir equiparação salarial com outras categorias da segurança pública.
Os militares deram um prazo para o governo Agnelo Queiroz apresentar uma proposta de isonomia salarial até sexta-feira (14/2). A categoria planeja realizar uma nova assembleia dependendo da resposta do governo. A Secretaria de Comunicação informou que divulgará informações sobre qualquer novidade em relação ao assunto.
“Caso nada seja apresentado, vamos continuar com a operação legalidade. Vamos atender as ocorrências sem extrapolar a velocidade das vias, por exemplo”, disse. A associação representa cerca de 8 mil militares.
Em entrevista, um dos policias, que não quis se identificar, disse que uma das reivindicações da classe é a reestruturação da carreira. A manifestação foi pacífica e não atrapalhou o trânsito.
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A associação representa aproximadamente 8 mil PMs do DF |
Durante a assembleia, o tenente Poliglota afirmou que vai continuar o movimento dos militares. “Vamos trabalhar na legalidade, porque nós PMs cumprimos a lei. O governo não apresentou nenhuma proposta. Nós estamos aguardando o governo se pronunciar”.
Arrecadação
Além Poliglota, o subtenente Ricardo Pato também discursou para os militares. Eles pediram para as pessoas que estavam na assembleia doarem dinheiro para poder ajudar no pagamento de advogados devido a um processo contra eles. Uma sacola plástica circulou entre PMs e bombeiros.
Segundo militares, a arrecadação é mais ampla: uma conta teria sido aberta para ajudar com as contribuições.
Com informações de Camila Costa.
Arquivado em polícia militar