Policial militar também come “quentinha” em jogos

Sempre que posso tenho tratado alguns temas que julgo importante para nosso crescimento. Sempre procuro fazer críticas e dar sugestões. Mais uma vez quero abordar o tema “alimentação em jogos”. Em julho de 2013 escrevi o texto: Policial também precisa comer, beber e ir ao banheiroAs instituições que mais sofrem com a Copa são as de segurança pública. Os policiais sofrem no trânsito, sofrem no interior e nas imediações do Estadio, além de absorver todos os desgastes do evento. 

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Normalmente tenho me disponibilizado para o serviço voluntário e tenho me deparado com algumas situações inusitadas. Normalmente nos apresentamos de cinco a seis horas antes dos jogos, não temos banheiros próximos a alguns locais, nem local apropriado para nos alimentarmos, quando encontramos alimentação próxima ou o “estado” nos fornece.

No último sábado (17) não foi diferente. No jogo do campeonato candango entre Brasília e Luziânia, último teste para os jogos da Copa do mundo, no Estádio Nacional Mané Garrincha, uma cena chamou a atenção. Policiais chegaram ao local volta de 10:30h e permaneceram no hall de entrada. Meio dia os policiais foram liberados para poderem almoçar, em decorrência da dificuldade de transporte e alimentação no local, os próprios policiais compraram “quentinhas” e tiveram que almoçar em pé, por falta de local adequado para tal. Uma verdadeira prova de que NÃO EXISTE “qualidade de vida no trabalho” policial. Uma ataque a dignidade do homem. Algum comum e aceitável no meio militar.

No ano passado, durante a Copa das Confederações recebemos várias reclamações de policiais. Eles reclamavam que não estavam sendo liberados para poderem alimentar-se, nem lhes era fornecido alimentação no local, já que não podiam ausentar-se. Neste sentido, após várias publicações no blog, alguns pontos foram sanados, mas ainda pode melhorar muito. 

No último texto sobre o tema, sugeri que tivéssemos uma sala reserva para os policiais que atuam nesse tipo de evento. A sala poderia ser reservada para revezamento, quando possível, e para ser um local onde os policiais pudessem alimentar-se.  É vergonhosa as cenas acima.

Os organizadores precisam compreender que policial também tem necessidades básicas. Precisa comer, beber, ir ao banheiro, tudo isso deve ser feito de maneira DIGNA. Parece que estão esquecendo-se disso. É o padrão FIFA de tratamento. Pelo jeito vergonha internacional! Jogo de futebol é um evento privado. Nem deveria ter a presença policial ou na pior das hipóteses deveriam pagar taxas extras para tê-lo.

Outro texto interessante sobre o tema que escrevi foi: Estamos preparados para a Copa do Mundo? Qual o papel da segurança privada?

No local não haviam banheiros próximo, nem alimentação. Falando em “alimentação”, no jogo de ontem, providenciaram “quinhentos lanches” para um efetivo bem menor de policiais, mas quantos policiais lancharam? As pessoas ao planejar qualquer evento não param para pensar que policial é ser humano, também sente fome, sede e precisa ir ao banheiro. Um banheiro em alguns postos isolados e um local para “descanso rápido” ou pelo menos para lanchar faz a diferença. Pelo menos grande parte acabou não lanchando, pois alguns “gestores” estavam mais preocupados se os policiais estavam com os braços cruzados ou mantendo a “postura e a compostura” do que com outras questões que também são importantes.

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