Ontem participei de uma reunião que me trouxe de volta para terra. O amigo que a conduzia nos lembrou que não podemos deixar a política nos mudar, que devemos ser sempre nós mesmos, que nunca devemos lutar por algo que não acreditamos, que não vale a pena o ganhar a “qualquer custo” e que nunca devemos abandonar nossos valores e princípios.
Confesso que fiquei confuso após realizar uma pesquisa entre mais de cem amigos e ao ver os resultados do que pensavam sobre o pleito de 2014. Percebi que o “senso comum” do eleitor vê uma hierarquia entre deputados federais e distritais, acham que é preciso haver uma escalada, ou seja, que para ser deputado federal é preciso ser antes deputado distrital, que para ser senador é preciso ser deputado federal e assim por diante.
Será? Muitos amigos acham que uma candidatura deve começar pequena, que é preciso tornar-se conhecido primeiro, ganhar experiência, para depois alçar “vôos mais altos”. Tais posicionamentos mexeram comigo, até mesmo porque eles não deixam de ter razão.
Os grandes questionamentos são: em que posição é possível fazer maior diferença para a corporação? Os temas tratados durante cinco anos neste espaço podem ser efetivados onde? Em que lugar podemos falar em “reforma policial no Brasil”, “modelo brasileiro de polícia”, “Plano de Carreira”, dentre outros temas importantes? Em que lugar podemos realmente fazer a diferença na segurança pública?
Confesso que ganhar é importante, é bom, mas não pode ser o único objetivo. Não vale ganhar a qualquer preço. Não vale mudar os planos, mudar o discurso, simplesmente para “ganhar”. Um homem precisa ter coerência sempre. Em suas palavras e ações.
Eu prefiro seguir o caminho da coerência, mesmo que seja taxado de louco ou de sonhador. É chegada a hora de uma definição. Irei seguir meu coração. Irei seguir o caminho da coerência. Irei seguir aquilo que acredito e defendo. Trair minha consciência e meus ideais é tornar-me um morto vivo em nosso meio.