Arquivo do dia: fevereiro 23, 2018

Muito obrigado: 2 milhões de visitas ao Blog em 10 anos

Em 2008 surgiu em meu coração o desejo de me tornar a “maior liderança” e a “maior referência em segurança em pública do Distrito Federal. Aprendi que liderar é influenciar pessoas para um objetivo comum.

De lá para cá fiz uma Especialização em Segurança Pública, Escrevi um livro que deu duas edições, trabalhei na Corregedoria, Ouvidoria e Inspetoria Geral da Força Nacional, fui assessor parlamentar e cheguei ao cargo de Assessor Especial do Gabinete do Secretário de Segurança pública. Na PMDF fui promovido a Cabo, a Sargento, aprovado no Concurso para oficial da PM e posteriormente no Concurso para Habilitação de Oficiais Administrativos.

Mas não foram só flores os últimos dez anos. Fui perseguido, humilhado, chacoteado e muito mais. Respondi um conselho de disciplina ilegal que foi tornado sem efeito, fui julgado e absolvido na auditoria militar por falar que na polícia militar “policiais cometem diversos crimes”, após dez anos muitas das coisas que falei foram comprovadas, respondi 7 Inquéritos policiais militares (IPM´s) e fui inocentado pelo Ministério Público Militar em todos, além de 10 sindicâncias e um PIP na PM, tudo por “publicação ou críticas indevidas”, em alguns momentos tentaram imputar-me crimes como “incitação” e “descumprimento de ordem”. A luta por cidadania plena e pela liberdade de expressão não parou um só dia.

Neste período perdi meu filho querido, Gabriel Brilhante, o vi morrer em minha frente, um dia antes de seu aniversário e do lançamento do meu livro, vi minha filha Giuliana Crescer, entrar na seleção brasiliense de vólei, entrar na faculdade, começar a namorar (…). Separei, casei novamente, ganhei um outro presente, uma filha linda chamada Sophia. Perdi amigos, ganhei amigos, chorei, sorri, sofri…

Hoje meus olhos enchem de lágrimas ao escrever esse texto lembrando de tudo que vivi até aqui. Neste instante o Blog Completa dois milhões de visitações. Comecei falando para 10 pessoas, depois para 100, depois para 1000 e agora ultrapassamos um milhão de pessoas.

Muito obrigado a cada leitor que veio aqui, comentou, leu e compartilhou. Agradeço a Deus por cada debate, cada palavra de incentivo. Cada crítica. Deus é fiel. Creia nisso. Nunca deixe ninguém matar seus. Sonho é uma visão. Sou um milagre vivo e prova de que Deus nunca abandona os seus.

dois milhões

 

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Arquivado em Política

Equipamentos tecnológicos comprados pela PM estão inutilizados

(foto: Cadu Gomes/CB/D.A Press)
Apresentados como as maiores inovações da Polícia Militar no combate ao crime, equipamentos de ponta foram muito pouco usados ou nem sequer passaram da fase de teste.
Computadores de bordo para consultar antecedentes criminais, câmeras e outros equipamentos de ponta adquiridos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para o combate à violência estão inutilizados ou nem sequer passaram da fase de teste. Anunciados no governo de Agnelo Queiroz (PT), a partir de 2012, como ferramentas modernas para aprimorar o policiamento com inteligência, especialmente em função da Copa de 2014, agentes de segurança usaram esses produtos tecnológicos por muito pouco tempo.
Só os chamados terminais remotos embarcados (TRE) — equipado com internet, sistema de georreferenciamento e identificador de impressão digital portátil — custaram R$ 7 milhões. Os 300 TREs entregues a PMs brasilienses em abril de 2012 permitiriam buscar informações de suspeitos em computadores portáteis, nas viaturas, e reconhecer a identidade de alguém por biometria. O Comando ainda poderia monitorar o deslocamento das equipes em tempo real por meio de GPS. Mas eles nunca foram usados porque as viaturas nunca tiveram conexão à internet e os TREs sequer vieram com o software instalados. Voltaram às caixas no mesmo ano.
Os TREs ficariam em 300 dos 2 mil veículos da PMDF. Mas os carros e as caminhonetes só contaram (e contam) com rádios portáteis que têm GPS. Por meio de nota, a corporação alegou que “os computadores utilizados como TREs e os identificadores de impressão digital estão sendo reconfigurados para que possam ser usados com a tecnologia atualmente existente”.  Mas não informou quando retirou os aparelhos dos veículos, por que não fez a reconfiguração antes nem quando serão religados. Tampouco o custo do serviço e se há a garantia de manutenção permanente.

Câmeras desligadas

Em 26 de novembro de 2012, a PMDF recebeu, para teste, 14 pequenas câmeras de vídeo que poderiam ser acopladas aos óculos dos militares para registrar abordagens, perseguições, entre outras ações. O plano não vingou. Também por meio de nota, a Polícia Militar disse que “a possibilidade de emprego de câmeras de vídeo acopladas foi uma tecnologia estudada, porém não foram adquiridas por limitações técnicas das empresas em armazenar as imagens”. No entanto, à, época, a PMDF divulgou a aquisição dos aparelhos como algo certo.
Correio apurou que câmeras GoPro usadas por militares nas ruas, geralmente acopladas aos óculos, foram compradas pelos próprios policiais. “Compram do próprio bolso para se precaver e se resguardar em abordagens policiais. Não são equipamentos que a gente recebe”, destacou um dos PMs que usa o equipamento.
A PMDF também anunciou, em 30 de outubro de 2012, o Serviço de Monitoramento e Acionamento Policial Imediato (Smapi). Comerciantes de regiões como Guará, Vicente Pires e Riacho Fundo I seriam beneficiados com um canal direto ao batalhão local. Em atitude suspeita, o empresário acionaria o aparelho e o chamado chegaria a uma central de comunicação. O pedido de socorro seria transmitido à viatura mais próxima de onde estaria o suspeito.
A PM instalou o Smapi na revendedora de bebidas de Gustavo da Silva, 33 anos, no Guará II, mas o aparelho só funcionou em fase de teste. Comerciante da região há cinco anos, ele teve o comércio assaltado. Gustavo acredita que se o Smapi estivesse em funcionamento ajudaria a evitar esse e outros crimes. “O comandante do batalhão veio, explicou como funcionava e uma empresa instalou, mas só houve alguns testes. Não chegou a ser implementado de fato. Não fosse só mais uma das mil e uma promessas, poderia ser um projeto bem-sucedido”, avalia.
Dono de uma farmácia no Guará I, Jarbas José de Lima, 57 anos, enfrentou cinco assaltos e um arrombamento. O comerciante se lembra das reuniões na época da instalação do Smapi. “Muita gente se decepcionou. Invisto na segurança privada. Coloquei grade, três câmeras e sistema de alarme. À noite, só atendo com as grades na porta”, ressalta.
De acordo com a PMDF, atualmente, o Smapi é adaptado a aplicativos de celular “para viabilizar a comunicação entre a comunidade e os batalhões ”. Mas a corporação não explicou onde estão os aparelhos instalados em alguns comércios, quantos foram instalados, por que não funcionaram, nem mesmo o custo do projeto.
Especialista em segurança pública e professor da Universidade Católica de Brasília, Nelson Gonçalves diz que a PMDF sofre do mesmo mal de gestão das demais PMs . “São problemas administrativos. Essas tecnologias são bem-vindas para trazer qualidade ao serviço da polícia, mas só quem pode explicar o que está acontecendo é a PM. É um problema geral. Essas promessas geram uma expectativa na comunidade, que acaba frustrada”, pondera.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou que compras são “independentes” pois as forças policiais têm autonomia.

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