Luto….(até quando?)!

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  1. Aderivaldo Cardoso

    Edição: 1095 Data:18/10/2009
    Traficantes derrubam helicóptero
    Agência Estado

    Dois policiais morreram e quatro ficaram feridos após um helicóptero da Polícia Militar, atingido por tiros, realizar um pouso forçado nas imediações do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte do Rio. O aparelho, que tinha apenas o fundo blindado, dava apoio a uma operação com 120 homens da PM para acabar com o confronto entre traficantes na disputa por pontos de vendas de drogas na favela. Atingido por disparos dos bandidos, o helicóptero Fênix pegou fogo logo após pousar num campo de futebol. Além dos policiais, mais de 12 pessoas morreram no confronto entre a PM e traficantes.

    Dois dos seis tripulantes morreram carbonizados e os outros policiais foram resgatados com queimaduras. Em terra, dois policiais e dois moradores foram feridos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, dez pessoas “engajadas no confronto” morreram no episódio, seja na guerra entre os traficantes, seja no confronto com a polícia.

    Na ação, o major João Jacques Busnello, que recentemente ganhou notoriedade ao matar com um tiro certeiro um sequestrador que mantinha sua vítima imobilizada, foi ferido na perna durante a operação. Segundo a polícia, integrantes do Comando Vermelho (CV) tentaram invadir o Macacos, dominado pela facção Amigos dos Amigos (ADA).

    Conflito

    De acordo com o relato de moradores, o confronto entre traficantes começou por volta da 1h30 e se estendeu durante a manhã e início da tarde. Alguns moradores da favela colocaram fogo em pneus na rua Visconde de Santa Isabel, perto da carceragem da Polinter, que abriga 150 presos do CV. Segundo policiais, houve tentativa de invasão para linchar presos da facção.

    Em outro ponto da zona norte, nas imediações da Favela do Jacaré, pelo menos oito ônibus foram incendiados até o início da tarde. Para a PM, uma ação de traficantes para desviar a atenção da polícia do conflito nos Macacos. O sindicato das empresas de ônibus, Rio Ônibus, informou ter notícias de dez coletivos queimados, contabilizando um prejuízo de R$ 2,5 milhões. O conflito também provocou prejuízos na Escola Municipal Assis Chateaubriand, em Vila Isabel, onde uma bala traçante atingiu computadores estocados no almoxarifado e provocou um incêndio.

    Reação

    Depois da forte troca de tiros que ocorreu entre policiais e traficantes no Morro dos Macacos, zona Norte do Rio de Janeiro, o comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que a polícia vai iniciar a busca pelos traficantes envolvidos no tiroteio que resultou na morte de dois policiais militares.

    Segundo o coronel, foram montados quatro comandos de policiais na região em sistema de prontidão para evitar a movimentação dos traficantes. “Não vamos descansar enquanto isso não acontecer. A população espera por uma resposta da PM”, disse o coronel.

    “Não vamos nos desviar, o trabalho forte de inteligência e os homens da Polícia Civil vão ajudar”, acrescentou o secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. “Nós sabemos quem foi, como foi, e haverá uma resposta na mesma medida”, defendeu o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowisk.

    “Nunca presenciei essa quantidade de tiros”

    Os moradores de Vila Isabel, na zona norte do Rio, afirmam que nunca viram um tiroteio tão intenso quanto o da madrugada de ontem, quando traficantes rivais disputaram pontos de venda de drogas no Morro dos Macacos. “Teve muito tiro aqui a noite inteira. Vi até clarão. Moro aqui há mais de 20 anos e nunca presenciei essa quantidade tiros. Parecia uma guerra de verdade, com tiros de longe e de perto, no morro todo”, contou o produtor musical Felipe Covazzoli.

    Com o tiroteio, vários moradores ficaram desabrigados durante a noite, porque tiveram medo de subir o Morro dos Macacos. O garçom João Gonçalves conta que ficou fora de casa das 2 às 14 horas, esperando “as coisas acalmarem”.

    Para chamar a atenção da polícia para o confronto entre os traficantes, os moradores do Morro dos Macacos atearam fogo em pneus em frente à carceragem da Polinter, em Vila Isabel, e jogaram pedras em viaturas policiais.

    O delegado de plantão, Orlando Zaccone, disse que chegou a suspeitar de uma tentativa de invasão da unidade, mas concluiu que era um protesto. “Inicialmente, a informação era a de que havia possibilidade de invasão. No entanto, com a chegada da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil ( Core) entendemos que era uma forma de chamar atenção em uma das entradas favela. Após a chegada da polícia, várias famílias entraram e saíram da favela.”

    Repercussão

    O conflito arranhou a imagem da cidade, que há duas semanas foi eleita para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. As principais agências de notícias internacionais divulgaram para todo o mundo informações e imagens da queda do helicóptero da Polícia Militar, que, atingido por tiros de traficantes, explodiu após um pouso forçado.

    Em seu site, o jornal americano The New York Times mencionou que a queda do helicóptero ocorreu apenas a oito quilômetros de distância de uma das regiões onde acontecerão os Jogos de 2016. O Washington Post destacou a falta de segurança no Rio e disse que este foi um dos piores atos de violência dos últimos tempos.

    Os britânicos The Guardian e Telegraph reforçaram a quantidade de favelas existentes na cidade, sendo que a maioria delas é controlada por traficantes.

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  2. Aderivaldo Cardoso

    Há tempos os conflitos no Rio de Janeiro se tornaram uma guerra “civil”…
    É necessário o Estado se fazer presente e ocupar os espaços ocupados pela “marginalidade”.
    Em uma guerra, poupa-se apenas os “civis”. Temos os soldados do governo de um lado e os soldados do crime do outro. Os “civis” também devem “escolher” de que lado estão!
    Minhas palavras podem parecer duras, mas a conivência com o crime em alguns estados tem passado dos limites (legais) e aceitáveis.
    Temos que restaurar a ordem e o Estado Democrático de Direito no Rio de Janeiro, para isso é necessário utilizar o nosso maior monópolio (a FORÇA!)!

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