Plano Nacional de Segurança Pública – Plano de Ação

Policiamento Inteligente 

O Plano Nacional de Segurança Pública tem por objetivo descentralizar o poder do Estado por meio da participação dos municípios, ou seja, a “municipalização” da segurança pública por meio do empoderamento de seus prefeitos.

Mudança constitucional

É preciso alterar o art. 144 da CF para criar e treinar mais de 5.000 novos órgãos de polícia municipal, com a profissionalização dos agentes que atuarão nesse novo cenário.

Para que?

Quando falamos em segurança pública, inevitavelmente falamos de redução da área de atuação dos criminosos. Esse papel é desempenhado pela atuação das polícias e do setor de segurança privado. É preciso delimitar a área de atuação de cada um e qualificar seus agentes.

Como fazer?

Fomentando a ideia de se criar em cada Estado um “Instituto” que defenda a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações voltadas para a segurança pública, tendo como base os anseios da comunidade. Treinando e capacitando o policial do futuro!

Visão: Criar um Instituto capaz de viabilizar a melhoria no sistema de segurança pública.

Missão: Treinar policiais e comunidade, com base na filosofia de polícia comunitária (Polícia de conflito) e da polícia legal, responsável pela manutenção da ordem pública,  (polícia de confronto), capacitando-os a atuar em suas comunidades, fazendo com que a segurança pública se torne efetivamente um direito e dever de todos. Cada policial é um líder em potencial. Cada cidadão um guardião de sua cidade.

capa do livro

O “Instituto Policiamento Inteligente” atuará em três eixos básicos:

  • Pesquisa
  • Treinamento e capacitação
  • Ações preventivas

Considerando que a segurança pública é um dos direitos mais elementares dentre os direitos fundamentais da pessoa humana, por ser aquele que possibilita o exercício e gozo dos outros direitos e que não há vida digna sem ao menos a sensação de segurança;

Considerando a inserção de nosso país em um novo paradigma de segurança pública, voltado para a proteção a vida, a proteção do patrimônio e a defesa das garantias individuais do cidadã, por meio do respeito a constituição cidadã;

Considerando que a segurança pública é o setor estratégico para consolidar o processo democrático iniciado oficialmente em 1988, e o instrumento para efetivar os direitos do cidadão, porque não há cidadania sem segurança pública;

Considerando que o Estado brasileiro entrou na era dos direitos da pessoa humana, e que esse mesmo Estado, historicamente se constituiu um dos maiores violadores de direitos, diretamente pelas forças policiais, e indiretamente quando permitiu que grupos de extermínios se criassem no seio da sociedade, no campo e nas cidades, a fim de objetivarem os interesses perversos da classe dominante;

Considerando que os movimentos sociais, brasileiros e os internacionais, foram propulsores da democracia e vem criando e fortalecendo mecanismos no âmbito nacional e internacional, com a finalidade de proteção aos direitos da pessoa humana, de maneira a sugerir para as sociedades democráticas, um modelo de polícia cidadã, portanto desmilitarizadas;

1600111_595788177154955_1819914795_n

Considerando que a primeira Conferência Nacional de Segurança Pública representou um marco fundamental para o início do processo de democratização das instituições de segurança pública no Brasil;

Considerando que o investimento na prevenção é o caminho mais eficiente e eficaz no combate à criminalidade e à violência;

Considerando os esforços do Estado brasileiro no sentido de construir um novo modelo de Segurança Pública, que combine e articule política de prevenção com a repressão qualificada, e com uma política de valorização dos profissionais da área;

A que se buscar soluções práticas a longo prazo para uma quebra de paradigma no sistema de segurança, por meio da municipalização da segurança pública no Brasil:

1)    Construir e fortalecer um Plano Municipal de Segurança Pública com ampla e irrestrita participação da sociedade civil, por meio da criação de mecanismos de acesso a população, tais como: fóruns, plenárias regionais, encontros comunitários de segurança, dentre outros;

2)    Criar ou fortalecer as Guardas Municipais, ao ponto de torná-las “Polícias Municipais”, reconhecendo sua importância e contribuição na segurança pública, tendo como referencial primário, teórico e prático, o policiamento preventivo e comunitário, ou seja, dentro do paradigma da segurança cidadã, e secundariamente, a repressão qualificada do crime e das violências oriundas dele;

3)    Quando da criação da Guarda Municipal ou da Guarda Distrital, o Governo Municipal ou do Distrito Federal deverá ter planejamento de auto-sustentabilidade orçamentária, inclusive com política de valorização salarial e de melhorias progressivas das condições de trabalho dos trabalhadores, além de plano de carreira ampla;

4)    Criar e fortalecer Secretarias de Segurança nos municípios com estrutura que compreenda um Gabinete de Gestão Integrada com espaço para unir e reunir representantes das diversas instituições de segurança pública a fim de planejar e executar, fiscalizar e monitorar as ações integradas demandadas pelo GGIM;

5)    Criar e fortalecer no âmbito da Secretaria de Segurança Municipal departamentos específicos para a operacionalidade das atividades estritamente de polícia (GCM), e outro para desenvolver políticas de prevenção com foco na multisetorialidade e multidisciplinariedade;

6)    Criar e fortalecer Corregedorias e Ouividorias, autônomas e independentes no âmbito do município com mecanismos de controle acessíveis à sociedade civil organizada;

7)    Criar e fortalecer o Conselho Municipal de Segurança Pública como instrumento de participação popular;

8)    Criar e fortalecer escolas de formação continuadas para os profissionais das Guardas Civis Municipais e Distrital baseadas na padronização da defesa dos direitos humanos e da cidadania;

9)    O Município deve atuar como protagonista na segurança pública e não como coadjuvante;

10) Criar e fortalecer observatórios da violência como instrumento de gestão estratégica;

11) Investir em ações de fortalecimento e qualificação da Defesa Civil municipal para dar atendimento preventivo, rápido e eficaz nos eventos provocados por intempéries;

12)  Construir e fortalecer parcerias com o governo estadual e federal;

13) Criar e fortalecer programas das Guardas Civis Municipais que privilegie a prevenção e as ações comunitárias.

Em cinco anos priorizará:

  • Curto prazo = Criação do Instituto e suas parcerias
  • Médio prazo = Quebra de preconceitos e desenvolvimento de conceitos na área de polícia comunitária e participação social. O instituto será um mediador de conflitos entre as instituições de segurança pública e as comunidades, firmando parcerias com os Conselhos comunitários de segurança, conselhos tutelares e associações comunitárias.
  • Longo prazo = Mobilizar as comunidades para que se tornem guardiões de suas comunidades, incentivando a criação e treinamento de “agentes comunitários”, cada morador fará a segurança dos outros. Incentivar os jovens a exercitar a cidadania e a participação comunitária no combate ao crime. Desenvolver programas aplicáveis pelas forças policiais e comunidades. Incentivar e mediar o debate entre as partes. Defender e incentivar a Municipalização da segurança pública por meio de fóruns, seminários e debates públicos sobre o tema. Fomentar a participação popular nas estratégias de segurança pública.

Em dez anos:

  • Utilizar as bases nos Municípios para colher assinaturas, de forma a criar o Partido Nacional da Segurança Pública, visando a mudança da legislação que por ventura ainda não tenha sido modificada, objetivando a criação de Polícias Municipais. Mudança cultural dentro do sistema de segurança pública;
  • Buscar parcerias que financiem a causa;
  • Treinar e capacitar a melhor equipe na área;
  • Apoio jurídico gratuito aos policiais envolvidos em ocorrências em que se verifica que não houve dolo, mas sim falta de capacitação, e que se interessa em participar de um programa de reorientação ética e profissional do policial. (convênio com a instituição do policial, de forma que ele fique à disposição do instituto por um período pré-estabelecido);
  • Casa de recuperação para policiais dependentes químicos ou em processo de separação e apoio psicológico aos familiares;
  • Criação de clínicas de fisioterapia para atendimento de policiais envolvidos em ocorrências. Investimento em próteses, cadeiras de roda e todo o equipamento necessário ao policial debilitado.
  • Investimento em publicações de livros (trabalhos acadêmicos) relevantes para o desenvolvimento da segurança pública no país;

  • O instituto desenvolverá atividades de consultoria financeira para auxiliar os policiais endividados a criarem rotinas para sanar as dívidas, por meio da agenda de crescimento pessoal, onde ele se compromete a seguir as orientações passadas a ele. Essa atitude é uma forma de elevar a auto-estima do policial, visando diminuir a possibilidade de corrupção no meio das corporações.
  • Combate às práticas que contrariam os direitos humanos e o direito internacional, dentro e fora das Corporações. Busca pela qualidade internacional da polícia e defesa dos policiais que sofrem perseguições e excessos, principalmente durante os cursos de formação. Criar uma frente de apoio e visitação as famílias de policiais mortos em confronto.
  • Criação de cursos presenciais, semi-presenciais e a distância nas diversas áreas policiais. Cursos de graduação, pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado no campo policial – polícia comunitária, análise criminal, liderança policial, mobilização social, técnicas de ensino, mediação de conflitos).
  • Tornar o instituto o maior multiplicador da filosofia de polícia comunitária, com o lema: EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE DA POLÍCIA COM BASE NA COMUNIDADE, pois cada policial é um líder em potencial e cada cidadão deve ser responsável pela segurança de sua comunidade.

  • Defesa de um quadro permanente de instrutores policiais!
  • Defesa da entrada única nas corporações policiais e de eleições para a escolha dos chefes de polícia (comandante-geral e diretor-geral da Polícia Civil) para um mandato, podendo ser reconduzido por uma única vez;
  • Luta pela cidadania plena dos policiais (politização do efetivo).

11 Respostas para “Plano Nacional de Segurança Pública – Plano de Ação

  1. cicero marcio da hora nascimento

    Meu caro colega, sou policial militar também e gostaria sinceramente de saber sobre a legalidade do emprego de policiamento em festas e shows particulares, por favor me responda, pois gostei do seu blog e quero receber uma resposta convincente e com total respaldo na lei… obrigado! meu email: marcinhodahora@hotmail.com

    Curtir

  2. gabriel eduardo

    aqui quem manda é a inteligencia

    Curtir

  3. Ao contrario de que muitos pensam, cultura, arte e educação sempre constituiu por força da lei, se não a existiriam o bom seria profissionais policiais receberem dignamente a qual não precisareiam se espor ao particular. espera-se políticas afirmativas para este fim, no intuito de suprir melhor condições e qualidade de vida. desta forma, “indago” que: policial tem família, despesas, pagam impostos e exercem a cidadania também por tanto, fazem parte central desta sociedade, que nela tentamos sobreviver com dignidade e vezes passamos necessidade.

    Curtir

  4. Olá Amigo Policial.
    Estou interessado em cursar os cursos semi-presenciais. de pós-graduação.Há alguma possibilidade para mim?

    Curtir

  5. DAVID DO CARMO JUNIOR

    Caro Aderivaldo,
    Gostaria de mais informações a respeito da criação de um Plano de Segurança Pública Municipal, pois foi criada em nosso Município uma Secretaria de Segurança Pública a pouco tempo e gostaria de implantar um Plano.
    No aguardo agradeço desde já.

    David do Carmo junior

    Curtir

  6. adiante senhores algum lançar planos de segurança publica alguma porque antes de tudo temos que dar mais educação ao cidadão Brasileiro que todos tem sangue e educação corrupta nos Brasileiros so temos o
    pNãoensamento do jogo eu ganho você perde, quando nos tiver o bom senso do ganha ganha ai mexemos nos códigos penais e os outros tirando todas brechas que pode tudo principalmente os ciadores e defensores das próprias leis ai podemos criar planos de segurança publicas.
    Eu sou ANTONIO FERNANDES DE SOUZA, e ainda tenho fé que ainda vejo um Brasil com com direito e deveres pra todos.
    E-mail fernandesviagenstur@gmail.com

    Curtir

  7. Dener Pio

    Caro Amigo Aderivaldo,
    Sou vereador em um município do RN e queria muito implantar um plano municipal de segurança aqui!

    Curtir

    • Aderivaldo Cardoso

      Olá vereador, vi que atuou como vigilante e tem como bandeira a segurança pública e privada.
      Enviei um email para o senhor.
      Abraços

      Curtir

  8. Italo

    Isso tudo deve ser uma grande brincadeira! Se não tiver uma mudança no nosso código penal de maneira rápida nada disso vai funcionar.

    Curtir

Deixe um comentário