Hoje ao chegar no Posto Policial da Estrutural, por volta de seis e meia da manhã, havia uma senhora e sua filha chorando, vítima de violência doméstica. Duas viaturas levaram o esposo agressor para a Delegacia da Mulher e ele foi preso em flagrante.
Algumas horas depois apareceu uma jovem com vinte anos de idade, descalço, suja, com sintomas de ter feito uso de drogas, chorando, desesperada, aparentemente em um “surto” por ter feito uso de crack e com forte cheiro de maconha, alegando que o companheiro havia agredido ela com uma “paulada” na cabeça. Não localizamos o agressor, mas levamos a jovem para o posto de saúde e posteriormente para uma psicóloga da Vila Olímpica.
O SAMU foi chamado, a jovem medicada e encaminhada para um Centro de Apoio Social para usuários de drogas. Nós policiais temos que aprender a lidar com tudo. Em ambos os casos atuamos como psicólogos, policiais, psiquiatras, médicos, enfermeiros e agentes sociais. Tive uma longa conversa com a jovem para saber sua história de vida. Também conversei bastante com o agressor das primeiras vítimas. Em ambos os casos percebemos a degradação das famílias e como as drogas potencializam a destruição das pessoas!
Nos dois casos procuramos agir mais como “Cristãos” do que como policiais. Quando olhamos por este lado perdemos um pouco a sensação produzida pela “síndrome da inutilidade”, aquela que nos traz a visão de que “enxugamos gelo”.
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