Arquivo do dia: junho 27, 2016

Rollemberg frustra aumento à Polícia Civil e policiais cogitam greve

Representantes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) reuniram-se na manhã desta segunda-feira (27/6) com o governador Rodrigo Rollemberg(PSB) para pedir a manutenção da isonomia da PCDF com a Polícia Federal. Essa paridade é o que garantirá aos policiais da capital federal um reajuste pretendido de 21,9%, nos mesmos moldes dos negociados com a PF. Ou seja, parcelado em três vezes, a partir de janeiro de 2017.

Ansiosos por uma sinalização positiva por parte de Rollemberg, os policiais deixaram a reunião frustrados. Foram pedir aumento e acabaram escutando um rosário de dificuldades desfiado pelo governador.

Para que a Polícia Civil consiga garantir o reajuste em janeiro próximo, é necessário que Rollemberg encaminhe uma mensagem ao governo federal. Nesse documento, o chefe do Executivo local tem de expressar sua vontade em manter a isonomia entre as duas polícias.

O salário dos policiais civis é pago com recursos do Fundo Constitucional desde janeiro de 2003, com a publicação da Lei 10.633/02. A paridade com a Polícia Federal é histórica. Nasce junto com Brasília, quando foi criado o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP). Na época, policiais civis e federais eram chefiados pelo mesmo órgão.

Paridade histórica
Em meados dos anos 1960, o DFSP foi extinto e, em seguida, criou-se o Departamento de Polícia Federal (DPF), uma espécie de certidão de nascimento da PF. Nesse mesmo momento, recriou-se a Polícia Civil do Distrito Federal. Como as duas corporações são regidas pelo mesmo estatuto, a Lei 4.878/65, essa paridade administrativa se mantém até hoje. Em 1996, por exemplo, passou-se a exigir o nível superior para o ingresso em ambas as instituições, com base na mesma fundamentação legal.

Mesmo munidos de argumentos históricos, os policiais não conseguiram arrancar de Rollemberg o compromisso dele de enviar a mensagem ao Palácio do Planalto. Muito embora os números apontem para um crescimento da receita local, o governador pediu compreensão para o momento vivido pelo DF. Disse que a maior preocupação do GDF é uma ação que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU) questionando com quem deveriam ficar os valores relativos aos tributos previdenciários das forças de segurança, se com o DF ou com a União.

Se os repasses forem direcionados para o governo federal, o GDF passa a dever algo em torno de R$ 2 bilhões à União.

Assim, o clima que já vinha desfavorável na Polícia Civil fica ainda mais tensionado a partir da reunião desta manhã. Em função da indefinição do governo, existe agora a possibilidade de radicalização dos movimentos. Em bom português, greve na Polícia. A ala mais radical dos policiais aponta, inclusive, possíveis boicotes durante as Olimpíadas. Adivinha quem sai prejudicado nessa queda de braço entre a Polícia e o GDF?

pcdf

Fonte: Site Metrópoles

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Arquivado em segurança pública

PMDF: Verdades ou Mentiras?

Nas redes sociais arvora-se uma possível nova “crise” na cúpula da PMDF. Os grupos que comandam a Corporação parecem travar uma grande batalha por novos espaços na estrutura. O atual grupo ligado ao governador parece ter “rompido”, como diria um amigo: “nada melhor do que o poder para separar bons amigos”.

Saída de Cel SantanaO que diz o texto em redes sociais de WhatSaap:

Mais uma situação complicada na PMDF para o Governador resolver. O Subcomandante Coronel Santana pediu pra sair. A saída é resultado dos desmandos do chefe da casa militar de Rolemberg, coronel Ribas. Não tem jeito, sem força pra se posicionar perante o governo e comandando de forma subserviente a Ribas, o Comandante Geral da PM não tem o respeito e a confiança de seus subordinados. Por último, o comandante editou portaria em que transfere ao Chefe do Estado Maior, terceiro na hierarquia da polícia, plenos poderes pra atuar como comandante da PM de fato. O Chefe do Estado Maior é Fábio Pizetta, coronel indicado e aliado incondicional de Ribas. Ele é visto dentro da PM como interventor do coronel Ribas”, (Grifo nosso).

Nos bastidores da política e da polícia, é notória a crise, muito semelhante a que vimos envolvendo o ex-secretário de segurança pública, professor Arthur. É provável que esta semana seja decisivo para algumas mudanças. Aonde há fumaça, há fogo!

O governador é conservador quando o assunto é mudanças, ele protela o máximo possível, fato que muitas vezes gera desgastes desnecessários para o seu governo, sem falar da insegurança na tomada de decisão, o que o faz voltar atrás muitas vezes após decidir. Um bom exemplo é o caso do reajuste das refeições no Restaurante Comunitário.

Uma saída para o governador neste momento é fazer o que deveria ter feito quando prometeu reduzir a quantidade de secretarias, ou seja, tornar a Casa Militar uma Assessoria Militar, como ocorre em outros Estados.

Uma dificuldade neste governo é a falta de quadros ligados a ele. Durante a campanha de Rollemberg apenas três tenentes coronéis acreditaram em seu projeto de poder. Dois são coronéis da ativa e um da inatividade atualmente, o que gera instabilidades. Pela lógica, em caso de mudanças na cúpula da PM, quem iria ocupar a Cadeira de Chefe da Casa Militar, a não ser um dos dois coronéis que atuaram na campanha do governador? E quem poderia ser o novo Comandante Geral ligado a eles?

Rollemberg-e-Nunes

Comenta-se aos quatro cantos das casernas que quatro “grupos” de coronéis atuam fortemente na PMDF, além dos R2 que estão todos na reserva. A grande maioria dos oficiais superiores que tivemos contato não concordam com a última reestruturação feita pela Casa Militar, o que gerou grandes desgastes políticos para o atual comandante da pasta.

Ao que tudo indica, parece ser perceptível o enfraquecimento das atuais forças políticas ligadas ao governador.

Fonte: Blog Informando e Detonando

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