Arquivo do dia: junho 4, 2016

Sem atendimento em dois hospitais, mulher morre na rua em Ceilândia

O drama que se tornou a saúde pública no Distrito Federal ganhou mais um capítulo neste sábado (4/6). Marlene Xavier da Rocha, 74 anos, morreu no meio da rua, depois de não conseguir atendimento nos hospitais regionais de Taguatinga e de Ceilândia. No carro de um vizinho, a mulher seguia para mais uma tentativa, no Hospital Regional de Santa Maria, mas não resistiu. Ela reclamava de fortes dores nas costas e falta de ar.

morreu

Segundo o Corpo de Bombeiros, a idosa morreu de parada cardiorrespiratória, na altura da QNL 7, próximo ao mercado Veneza, em Ceilândia. O helicóptero chegou a ser acionado e foram feitos todos os procedimentos padrões na tentativa de reverter o quadro, o que não foi possível.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o único registro de entrada da paciente na rede foi no Hospital Regional de Taguatinga, por volta das 10h50 deste sábado, “onde ela não teria respondido a nenhuma das três chamadas da classificação de risco, impossibilitando que a equipe médica tivesse conhecimento da gravidade do caso e pudesse atendê-la conforme a necessidade.”

A pasta esclareceu, ainda, que as escalas do Hospital Regional de Taguatinga e do Hospital Regional de Ceilândia estavam completas, porém com atendimento restrito aos casos de classificação vermelha e laranja, considerados graves. A Secretaria de Saúde garantiu ainda que o caso será apurado.

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Fonte: Site Metrópoles – 04/06/2016

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A saúde pública no DF está na UTI, respirando por aparelhos!

Todos nós imaginamos o caos que está a saúde no DF, mas o que passa por nossa cabeça ainda é pouco. Perdi um filho em uma UTI, sei como é a dor de perder um ente querido por problemas de saúde.  Todos os dias tenho amigos e parentes  sendo humilhados no serviço público de saúde do Distrito Federal. A dor da perda é grande. A saúde do DF está na UTI, respirando por aparelhos e por mais que os governantes falem em melhorias elas não são visíveis para a população, não passam de peça de marketing.

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Neste momento chega ao Blog reclamações de duas pessoas próximas, familiares, uma com câncer precisa de tratamento, mas o serviço está caótico. Outro, primo, na UTI do HRAN precisando ser transferido para o HOSPITAL DE BASE para fazer uma TOMOGRAFIA, mas não tem ambulância para fazer o transporte. Ao corrermos atrás para fazer a transferência descobrimos que o problema é maior do que se imagina. Só vemos o problema quando está perto o bastante. Ano passado um amigo querido, policial da ROTAM, me ligou desesperado com a mãe precisando ser atendida em um hospital público, fiz vários contatos, a mãe dele faleceu por falta de atendimento, e eu me senti um inútil. Até hoje não sei o que dizer a ele…

Recentemente precisamos transferir uma pessoa, que pra mim é como uma mãe, para também fazer uma tomografia, conseguimos a ambulância, mas não tinha médico, quando conseguimos o médico não tinha a ambulância, quando conseguimos os dois, não tinha a tomografia, nem a ressonância. Procuramos de todas as formas. Depois de conseguirmos, após muito batalhar, agora falta um médico oncologista para analisar os exames.  Até ao vice-governador recorrermos, na verdade a outras autoridades também, mas o vice-governador Renato Santana foi o único que se mostrou sensibilizado. E aqueles que nem contatos tem? Mesmo tendo contatos muitos problemas não foram resolvidos simplesmente por que o caos é maior do que imaginamos.

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Agora, temos um primo na UTI do HRAN em estado grave precisando de uma tomografia, que só pode ser feita no Hospital de Base, por isso necessita de remoção por meio de ambulância. O pedido foi feito ao SAMU no dia 01/06/2016, mas existe uma fila de 12 pessoas em estado grave aguardando. Sabe qual é o problema? Segundo informações colhidas pelo Blog NÃO EXISTEM MÉDICOS para fazer o acompanhamento. EXISTE SOMENTE 01 (UM) no SAMU NEONATAL. Doze pessoas poderiam ser transportadas em um ou dois dias PARA DESAFOGAR A LISTA e quiça salvar estas vidas, caso houvesse vontade para tal. Um médico poderia ficar exclusivamente para este tipo de serviço, uma questão de gestão de recursos humanos, não de dinheiro. Uma questão de prioridade, pois nestes casos minutos podem fazer diferença. 

A família tentou pagar uma UTI particular, mas segundo informações dos acompanhantes, o hospital só aceita que o paciente saia com médicos da rede de saúde. O que coloca a vida do paciente em risco. Quem será o responsável em caso de morte?

Hoje lendo uma coluna dos amigos do Bombeiro, no facebook, em especial do amigo subtenente H. Batista verifiquei que o caso é gravíssimo da saúde, o que me faz apoiar intensamente a CPI DA SAÚDE que está na Câmara Legislativa do DF:

Paciente com queixa de dor torácica, falta de ar, após peregrinar por 02 hospitais e não conseguir atendimento, enquanto ia em direção ao 3º Hospital sofre parada cardíaca na EQNL 05/07, chegamos ao local populares haviam iniciado as manobras de reanimação, assumimos e colocamos o desfibrilador que indicou choque, viatura do SAMU chegou em apoio, iniciado o protocolo avançado de vida e as compressões com o auto-pulse, em seguida chegou o helicóptero do CBMDF com o médico, Via aérea definitiva, outras drogas, mas depois de 1h de reanimação foi declarado o óbito no local.

Mais uma que vai pra conta do Caos na Saúde Pública, mas de quem é a culpa mesmo?????

Segue ‪#‎vidadebombeiro‬

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Não podemos nos calar. A saúde do DF pede socorro. Está na UTI, respirando por aparelhos. Quem poderá socorrê-la? Cadê o senhor governador do DF? Saúde é prioridade! Gastam milhões com shows, olimpíadas, copa do mundo, mas quanto estão gastando de fato com a saúde da populacão? Saúde não tem preço…

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