Arquivo do dia: maio 21, 2016

Secretaria de Segurança gasta R$ 100 mil com corrida de rua

Os policiais militares precisam arriscar a vida nas ruas do Distrito Federal usando coletes balísticos vencidos enquanto índices de criminalidade disparam, como é o caso dos homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). O cenário não é dos melhores e a população busca formas de lidar com o medo. Já a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social prefere gastar com eventos esportivos em vez de destinar mais recursos à atividade fim da pasta. A SSP repassou, para a Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer, R$ 99.040,00 mil para despesas com a 2ª Etapa do Circuito de Corridas.

O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) publicou, no último dia 13, uma portaria conjunta entre as duas pastas em que é firmado o repasse do valor. A publicação ainda traz o motivo do investimento: “O fortalecimento da estratégia preventiva de segurança cidadã”.A pasta da Segurança abriga, em sua estrutura, a Subsecretaria de Segurança Cidadã (Susec). O setor é responsável por manter projetos de resgate social por meio da atividade física, entre elas o “Esporte à Meia Noite”, que deveria beneficiar jovens de grupos de vulnerabilidade social.

IMG-20160520-WA0107

Sem lanche
No entanto, Segundo um professor do projeto ouvido pelo Metrópoles, as aulas – que até a semana passada estavam paralisadas em sete cidades do DF – voltaram a ocorrer de forma precária. “Não temos mais como oferecer o lanche que era servido aos jovens”, disse.

Em resposta, a Secretaria de Segurança respondeu que o fornecimento de alimentos que subsidiam o lanche (iogurte, mussarela, queijo frescal e manteiga) está regularizado. No entanto, o professor lembrou de um detalhe importante: o pão consumido pelos jovens ainda está em falta. “De que adianta manteiga se não tem o pão para os alunos consumirem?”, questionou.

Sobre o repasse feito para viabilizar o evento esportivo, a pasta destacou que os recursos serão usados para a realização de uma corrida no próximo dia 29, às 8h30. “O evento reunirá atletas, representantes dos conselhos comunitários de segurança pública e profissionais da área que praticam o esporte”, ressaltou a secretaria.

Ainda segundo a secretaria, os “objetivos do evento atendem tanto aos interesses da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social quanto da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer, na medida em que promovem a interação entre as forças de segurança e a sociedade e incentivam a prática de esportes”.

Fonte: Site Metrópoles

12510280_1537768479870780_3369297085960267335_n

Nossa visão:

Usar o discurso da aproximação entre a polícia e a comunidade para gastar cem mil reais é um absurdo. As estratégias de policiamento comunitário vão muito além do que foi dado como desculpa pela SSP. Este dinheiro poderia ser repassado para projetos da Polícia Militar, como por exemplo os do Guará, no 4º BPM, ou  na Ceilândia. O PROERD precisa muito deste dinheiro, até pouco tempo faltava dinheiro para as camisetas e bonés. A aproximação entre a polícia e a comunidade, passa necessariamente pelas Corporações policiais. O resto é balela…

Deixe um comentário

Arquivado em segurança pública

Coletes à prova de bala vencidos preocupam policiais do DF

Policiais militares do Distrito Federal se sentem inseguros para exercerem suas atividades por conta do estado em que se encontram os coletes à prova de bala utilizados pela equipe. Os equipamentos venceram nesta sexta (20), segundo a corporação, e muitos ameaçam não sair em diligência por conta da falta de segurança à equipe. De acordo com o Centro de Comunicação Social da PM, a remessa que perdeu a validade é de apenas um lote de muitos que a instituição possui, ou seja, outros ainda vencerão em poucos dias. O ocorrido resultou em uma campanha, idealizada pela PM, chamada “Não sairemos para as ruas com coletes vencidos”.

Nesta noite, através de um comunicado, o comando da PM informou que os equipamentos vencidos serão recolhidos e aqueles que estão dentro da validade serão “distribuídos, a cada turno, ao policial que entrará de serviço, até que sejam solucionadas as tratativas referentes ao certame”. A corporação ressaltou que a licitação para aquisição de novos coletes já está na fase final e acredita que, dentro de poucos dias, a situação será normalizada.

Coletes-2

Em entrevista ao Jornal de Brasília, um policial militar, que não quis se identificar, contou que a situação de ter que compartilhar o acessório, que antes era pessoal, gera uma sensação de insegurança. “Mesmo usando o colete, nós colocamos nossas vidas em risco a partir do momento que saímos de casa, imagina sair e ter que ficar sem o equipamento de segurança até recolhê-lo no serviço”, conta.

A Polícia Civil, que também passa pelo mesmo problema, informou que foi realizado um pregão para a aquisição de novos coletes balísticos. A empresa responsável fez a entrega de cerca de 1.500 coletes nessa quarta (18), mas que ainda não foram distribuídos para as unidades policias.

De acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (ADEPOL-DF) e o Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (SINDEPO-DF), é necessário que os equipamentos balísticos estejam dentro do prazo de validade para que possam assegurar o trabalho de cada policial civil e militar. “Em contato com a Direção-Geral, foi esclarecido que a compra de novos coletes está sendo providenciada”, concluiu a associação.

Confira na íntegra a nota de esclarecimento publicada pela PMDF

Informamos que a PMDF desde julho de 2015, vem adotando medidas para substituição de coletes balísticos, conforme Processo nº 054.001.415/2015.

Entre julho e dezembro de 2015 foram cumpridas as etapas do certame previstas em lei, inclusive, com a entrega das amostras de placas balísticas a serem testadas, conforme solicitado pela PMDF. Tal medida foi tomada visando ter a certeza de que o produto adquirido garantiria por completo a segurança dos policiais militares que fariam uso de tal equipamento.

A partir daí, em 04 de dezembro de 2015, foi feita a solicitação para testes em três áreas de homologação distintas, tendo a PMDF recebido resposta positiva de duas delas, ambas fora do DF. Entre 16 de dezembro e 04 de janeiro,  recebemos indicação de que nos meses de fevereiro e março poderíamos realizar os testes propostos, na Polícia Militar do Estado de São Paulo – PMESP – e nas instalações do Exército Brasileiro, respectivamente.

Nos testes realizados na PMESP houve reprovação dos coletes apresentados pela empresa vencedora da licitação. No dia 17 de fevereiro, a referida indústria apresentou recurso, solicitando novo teste, feito entre 14 e 18 de março de 2016, havendo nova reprovação, dessa vez pelo Exército Brasileiro. Conforme previsto nas normas de compras públicas, em 13 de abril declaramos formalmente que a licitação foi fracassada.

Ressaltamos que buscamos todas as demais empresas ranqueadas, pelo que impõe a Lei 8.666/93. Posteriormente, algumas empresas que estavam no certame pediram prazo para manifestação, ao que responderam negativamente ao interesse em fornecer coletes balísticos. Outras, nas mesmas condições, não se manifestaram a respeito.

Diante dos fatos apresentados a Polícia Militar do Distrito Federal esclarece ainda que:

1. A PMDF não abre mão da segurança dos seus profissionais;

2. Era desejo da instituição que houvesse sucesso na aquisição do material de proteção a tempo de fazer a necessária substituição;

3. Pela primeira vez há notícia de que uma empresa devidamente certificada a vender coletes balísticos, tenha suas amostras reprovadas em testes;

4. A Polícia Militar está preocupada em acelerar ao máximo o processo de aquisição, contudo não pode descumprir prazos previstos nas leis licitatórias;

5. Os policiais não ficarão sem o uso de coletes, pois há aproximadamente 2.300 peças com vencimentos entre 2017 e 2019;

6. Todos os policiais que hoje utilizam seus coletes individualmente, devem dirigir-se a suas unidades de trabalho e restituir as placas balísticas ainda dentro da validade, de maneira que possamos temporariamente realizar o rodízio desse material entre os colegas que estiverem entrando de serviço;

7. O processo de compra continuará em andamento e, no menor espaço de tempo possível, faremos com que todos os policiais militares voltem a ter o seu equipamento utilizado de forma individual.

 Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Tainá Morais
taina.morais@jornaldebrasilia.com.br

Deixe um comentário

Arquivado em segurança pública

Nota de esclarecimento da Polícia Militar do DF | Coletes balísticos

pmdf1

Informamos que a PMDF, desde julho de 2015, vem adotando medidas para substituição de coletes balísticos, conforme Processo nº 054.001.415/2015.  Entre julho e dezembro de 2015, foram cumpridas as etapas do certame previstas em lei, inclusive com a entrega das amostras de placas balísticas a serem testadas, conforme solicitado pela PMDF. Tal medida foi tomada visando ter a certeza de que o produto adquirido garantiria por completo a segurança dos policiais militares que fariam uso de tal equipamento.

A partir daí, em 04 de dezembro de 2015, foi feita a solicitação para testes em 03 áreas de homologação distintas, tendo a PMDF recebido resposta positiva de duas delas, ambas fora do Distrito Federal. Entre 16 de dezembro e 04 de janeiro, recebemos indicação de que nos meses de fevereiro e março poderíamos realizar os testes propostos, na Polícia Militar do Estado de São Paulo – PMESP – e nas instalações do Exército Brasileiro, respectivamente.

Nos testes realizados na PMESP houve reprovação dos coletes apresentados pela empresa vencedora da licitação. No dia 17 de fevereiro, a referida indústria apresentou recurso, solicitando novo teste, feito entre 14 e 18 de março de 2016, havendo nova reprovação, dessa vez pelo Exército Brasileiro. Conforme previsto nas normas de compras públicas, em 13 de abril declaramos formalmente que a licitação foi “fracassada”.

Ressaltamos que buscamos todas as demais empresas ranqueadas, pelo que impõe a Lei 8.666/93. Posteriormente, algumas empresas que estavam no certame pediram prazo para manifestação, ao que responderam negativamente ao interesse em fornecer coletes balísticos. Outras, nas mesmas condições, não se manifestaram a respeito.

Diante dos fatos apresentados, a Polícia Militar do Distrito Federal esclarece ainda que:

1. A PMDF não abre mão da segurança dos seus profissionais;

2. Era desejo da Instituição que houvesse sucesso na aquisição do material de proteção a tempo de fazer a necessária substituição;

3. Pela primeira vez há notícia de que uma empresa, devidamente certificada a vender coletes balísticos, tenha suas amostras reprovadas em testes;

4. A Polícia Militar está preocupada em acelerar ao máximo o processo de aquisição, contudo não pode descumprir prazos previstos nas leis licitatórias;

5. Os policiais não ficarão sem o uso de coletes, pois há aproximadamente 2.300 peças com vencimentos entre 2017 e 2019;

6. Todos os policiais que hoje utilizam seus coletes individualmente devem dirigir-se a suas unidades de trabalho e restituir as placas balísticas ainda dentro da validade, de maneira que possamos, temporariamente, realizar o rodízio desse material entre os colegas que estiverem entrando de serviço;

7. O processo de compra continuará em andamento e, no menor espaço de tempo possível, faremos com que todos os policiais militares voltem a ter o seu equipamento utilizado de forma individual.

Fonte: NOTA ENVIADA AO BLOG DO CALLADO

Deixe um comentário

Arquivado em polícia militar, Tira dúvidas