Apreensão de drogas no Distrito Federal

Tendo como base o Balanço da Segurança Pública, apresentando hoje pela manhã pelo Governador Rodrigo Rollemberg e sua equipe, na área de Segurança Pública, os policiais retiraram de circulação, das ruas do DF, 9,6 mil microsselos de LSD em 2015, contra 1 mil em 2014. Houve também maior apreensão de ecstasy: foram 56 comprimidos em 2014 e 236 em 2015. Por outro lado houve menos maconha apreendida: foram recuperados 4,7 mil quilos de maconha em 2014, contra 2,3 mil quilos em 2015.

Para o diretor-geral da Polícia Civil, durante entrevista ao site G1, Eric Seba, o perfil do usuário de droga pode ter mudado. “A tendência é de que o público de usuário esteja migrando um pouco mais para as drogas sintéticas.” Outra possibilidade levantada pelo diretor é que as apreensões de droga sintética foram causadas por “determinadas linhas de investigação ou determinadas atuaçãoes da Polícia Militar e da Policia Civil”.

Opinião:

A outra hipótese é a de que os policiais estão deixando, deliberadamente, de conduzir os usuários de maconha para a DP em decorrência da “descriminalização” da droga, dentro do viés de que o crime é um fato típico, antijurídico e punível (com restrição de liberdade). A “impunidade” pode está trazendo a sensação de “enxugar gelo” ao policiais, que gradualmente estão deixando de prender os usuários. É um fato que merece atenção…

Homicídio tem o menor índice dos últimos 22 anos

O número de homicídios registrado no Distrito Federal em 2015 foi o menor dos últimos 22 anos. Se comparado com 2014, o índice caiu de 693 para 614, ou seja, uma queda de 11,4%, apesar de um ligeiro aumento no mês de dezembro — foram 65 no ano passado contra 49 no ano retrasado. Os registros fazem parte do balanço divulgado pelo governador Rodrigo Rollemberg na manhã desta terça-feira (12) no Palácio do Buriti.

Em 2015, foram 475.670 ocorrências. Dessas, 61,3% eram criminais, e 38,7%, administrativos. A maioria — mais de 80% — tratava-se de crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos. O índice, no entanto, teve queda de 15,4% se comparado ao ano anterior.

A maioria dos crimes analisados pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social teve queda em 2015: latrocínio (-6,4%), roubo em comércio (-30%) e de veículo (-32,5%). No último, os números passaram de 7.124 em 2014 para 4.808 em 2015.

No entanto, roubo em coletivo e em residência tiveram aumento em dezembro (136,4% e 26,2%, respectivamente) e apresentaram alta também na comparação de 2014 e com 2015 (6,3% e 17,5%).

Trânsito
Os índices de morte no trânsito também tiveram queda expressiva em 2015. Foi o menor número registrado desde 1995 — 11,5 para cada 100 mil habitantes. Foram registradas no ano passado, 335 mortes contra as 406 de 2014.

Na comparação de dezembro, houve aumento de um acidente fatal — 29 no ano passado e 28 no anterior.

Veja a íntegra do balanço.

(Agência Brasília)

Diagnóstico da criminalidade no Riacho Fundo II

Recentemente apresentei um diagnóstico da segurança pública no Riacho Fundo I. Hoje gostaria de apresentar os números referentes a criminalidade no Riacho Fundo II.  A cidade foi criada em 1994 e atualmente conta com escolas, posto de saúde, quadras de esportes e biblioteca pública, mas não possui nenhuma unidade policial, nem Batalhão da PM, nem Delegacia da Polícia Civil. As ocorrências são registradas no Riacho Fundo I.

Os homicídios de 2015 reduziram em comparação a 2014. As tentativas continuaram estáveis, mas o que chama a atenção são as lesões corporais dolosas que aumentaram em comparação ao ano anterior. Os dados são de Jan/2014 a Nov. 2015.

Com relação aos crimes contra o patrimônio, com emprego de violência ou grave ameaça, praticamente todos tiveram redução. O Roubo a transeuntes preocupa pela quantidade, assim como o roubo a veículos e a comércio. Sobre o roubo a transeuntes os grandes espaços vazios e a distância entre os pontos de ônibus, além da iluminação, precisam ser observados. Outro ponto que chama a atenção são os dois sequestros relâmpagos.

Com relação aos furtos, também houve redução, comparado com 2014. O Grande perturbador dos moradores foi o furto em residência, que continua merecendo atenção, furto de veículos e  furto em veículos.

O que chama a atenção nestes gráficos é quantidade de estupros ocorridos em 2014 e a redução em 2015, possivelmente pela prisão de quem atuava na área.

Os números mostram que a polícia prendeu menos traficantes de drogas e usuários na cidade, mas apreendeu mais armas na cidade.

Aderivaldo Cardoso – Especialista em Segurança Pública e Cidadania, autor do Livro: Policiamento Inteligente – Uma análise dos Postos Comunitários no DF e Coordenador do Movimento Policiamento Inteligente no DF, que tem por objetivo a busca da eficiência, eficácia e efetividade das ações policiais.