Arquivo do dia: janeiro 6, 2016

Nomeação do novo nome da Secretaria de Segurança Pública do DF e troca do comando da PM

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, acaba de anunciar mudanças nos dirigentes que integram a estrutura da segurança pública do Distrito Federal. Já havíamos falado aqui no Blog sobre a necessidade de mudanças na cúpula da PM, em especial no comando e na Corregedoria. Rollemberg faz o certo, zera a “partida” e reinicia o jogo.

Assume a liderança da secretaria da Segurança Pública e da Paz Social a pernambucana Márcia de Alencar Araújo, que ocupava o cargo de subsecretária de Segurança Cidadã da pasta. Ela substitui Isabel Seixas, interina na função desde novembro de 2015. Para secretário-adjunto, foi nomeado o coronel José Cláudio de Siqueira Carvalho, da subchefia de Operações de Segurança da Casa Militar.

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A Polícia Militar do Distrito Federal também sofreu reestruturações no comando. O então subcomandante-geral, coronel Marcos Antônio de Oliveira Nunes, assume o comando-geral da corporação no lugar do coronel Florisvaldo Ferreira César.

Conheça o perfil dos novos titulares

Márcia de Alencar Araújo – secretária da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social 

Tem 50 anos e nasceu em Timbaúba (PE). É psicóloga e bacharel em Direito. Também é mestre em Psicologia com formação psicanalítica e em Gestão Pública. Foi consultora do Ministério da Justiça em Alternativas Penais e das Nações Unidas em Prevenção e Justiça Criminal em Moçambique. Integrou a coordenação executiva da Conferência Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o comitê executivo do Pacto pela Vida de Pernambuco e atuou no Programa Nacional de Segurança com Cidadania. Foi ainda secretária-executiva de Segurança Cidadã de Jaboatão dos Guararapes (PE).

Coronel Marco Antônio de Oliveira Nunes — comandante-geral da PM

Mestrando em Ciência Política, é pós-graduado em Direito Penal, Direito Processual Penal e Docência do Ensino Superior e fundador do Instituto Superior de Ciências Policiais. É bacharel em Direito e em Segurança Pública, especialista em Ciências Policiais e Estratégia em Segurança Pública. Dentro da corporação ocupou os cargos de chefe da Assessoria Parlamentar da PMDF, foi secretário-geral, chefe do Centro de Inteligência, chefe do Estado Maior, e subcomandante-geral.

Boas escolhas do Governador. Boa sorte ao Coronel Carvalho e a Dra Márcia Alencar na Secretária de Segurança Pública e ao Coronel Nunes a frente do Comando da PMDF.

1 comentário

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No geral, foram bons os resultados da segurança pública em 2015

É fato que a população do Brasil se sente insegura, é fato que a polícia não pode ser “onipresente”, a falta de efetivo é uma das maiores queixas das corporações policiais, além é claro, da questão salarial. Se comparados aos servidores da saúde, durante muito tempo as corporações policiais atuaram como “médicos clínicos”, mas atualmente as “doenças sociais” exigem cada vez mais tratamento “especializado”.  O diagnóstico da “doença” torna-se cada vez mais necessário, tal “diagnóstico” é feito por meio da “análise criminal”. Ao descobrir o local da doença e seus sintomas a polícia começa a agir de maneira mais eficiente, eficaz e efetiva.

Homícidios DF comparativo

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

O principal objetivo das polícias é proteger a vida, depois o patrimônio, aos poucos, em alguns estados, estamos começando a proteger os direitos individuais dos cidadãos, com isso estamos começando a conquistar a confiança das comunidades, a polícia começa a ser vista de outra forma.

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A polícia não pode ser onipresente, muito menos onipotente, por isso de todos os tipos penais existentes, alguns tornam-se os mais importantes, pois são aqueles que mais agridem a sociedade. O homicídio, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte tornou-se o alvo de redução de todos os governos. Precisamos evitar que o ser humano se autodestrua.  No DF as pessoas ainda matam por “besteira”. As mortes tem dia, horário e local para ocorrer. Muitas vezes elas estão concentradas em cinco cidades do DF.

Homícidios no DF

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

Além do homicídios os crimes contra o patrimônio, o tráfico de drogas, o porte ilegal de armas e os estupros chamam a atenção. Para quem não sabe, no roubo emprega-se o uso da violência. O roubo a transeunte é o mais comum. As ruas tornam-se um lugar perigoso. O trajeto para casa ou para o trabalho torna-se algo que exige cuidado. O medo toma conta do cidadão.

Crimes contra o patrimônio

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

Quando o cidadão não é roubado transitando pela cidade, é roubado quando está no ônibus. Foram 2147 (dois mil cento e quarenta e sete) roubos a transporte coletivo de janeiro a novembro de 2014 e 2144 (dois mil cento e quarenta e quatro) no mesmo período em 2015.

Se andar a pé e de ônibus não é bom negócio no DF, ir de carro para o trabalho ou a faculdade também pode custar caro. Foram 6651 (seis mil seiscentos e cinquenta e um) roubos a veículos em 2014, de janeiro a novembro, e 4401 (quatro mil e quatrocentos e um), no mesmo período de 2015, além de 14.805 (quatorze mil, oitocentos e cinco) furtos em veículos em 2014, de janeiro a novembro, e 10.364 (dez mil, trezentos e sessenta e quatro) no ano de 2015 no mesmo período.

No comércio foram 3570 (três mil quinhentos e setenta) roubos ao comércio de janeiro a novembro de 2014, contra 2407 (dois quatrocentos e sete) roubos de janeiro a novembro de 2015.  Pelo menos nos último ano houve redução a roubo de transeunte, roubo de veículo, roubo em comércio e furto em veículos. Ainda há esperança.

Principais crimes no DF

Fonte: Secretaria de Segurança Pública do DF – Viva Brasília

O último gráfico mostra que as tentativas de homicídio reduziram no DF no último ano em comparação com 2014. Os estupros também diminuíram, já os roubos a residência aumentaram. A polícia passou a focar no tráfico de drogas e a prender mais usuários, além de concentrar forças em retirar armas das ruas. No geral, foi um ano produtivo para a segurança pública.

Aderivaldo Cardoso – Especialista em Segurança Pública e Cidadania, autor do Livro: Policiamento Inteligente – Uma análise dos Postos Comunitários no DF e Coordenador do Movimento Policiamento Inteligente no DF, que tem por objetivo a busca da eficiência, eficácia e efetividade das ações policiais.

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