Arquivo do dia: janeiro 26, 2015

Pela valorização do policial da base

Precisamos compreender enquanto policiais que “somos resultado de nossas escolhas”. Ao iniciarmos a “operação tartaruga” permanente, por causa do governo passado que deixou de cumprir sua palavra, iniciamos uma mudança significativa na segurança pública do DF que tem refletido em nossa própria “insegurança”. O “corpo mole” ou fim do “plus” afetou diretamente no aumento da criminalidade, basta ver os números de 2014. Estamos pagando um preço alto, alguns colegas com a própria vida, por nossas decisões do passado. A violência hoje bate a nossa porta. Jogamos a culpa nas leis e nos governos, mas nos esquecemos que somos os “guardiões do Estado, guardiões da sociedade”, somos parte do Estado. Em algumas localidades somos o próprio Estado. Temos poder, autoridade e legitimidade para atuar.

Não tenho dúvidas de que “um policial motivado, com salário condizente e reconhecido é capaz de produzir muito à sociedade”. Mas além do salário é preciso haver “crescimento profissional”. Ficar estagnado no mesmo lugar por anos e anos enquanto outros crescem vertiginosamente também gera desmotivação, gera frustração, gera aquela sensação de “incompetência” na sociedade. Só quem já ouviu a expressão: “ué, você ainda é soldado?”, “Ué, você ainda é cabo?”. Sabe do que estou falando. Sem contar que o salário mais importante para nós é o último, pois é o que levaremos para a reserva remunerada. Terminar bem é melhor do que começar bem.

Não podemos esquecer que de todas as categorias a segurança pública foi a única que não foi atingida com a crise de atrasos salariais no DF. Graças ao Fundo Constitucional e que temos garantido nosso aumento até 2016. Um soldado em início de carreira irá ganhar 7 mil reais. Precisamos pensar em ampliar o acesso a subtenente, pois é onde poderemos levar o melhor para aposentadoria, e quiça ter acesso ao quadro de oficiais. Precisamos ter foco.

Não vejo como insanidade política não atacar um governo que está apenas começando. Insanidade é a oposição burra, insana, que critica apenas por criticar e não agrega nada aos companheiros policiais. Estamos iniciando um processo de negociação com o atual governo. Não somos do time do “quanto pior melhor” para fazer “politicagem”. Somos sérios e buscamos ter credibilidade para negociar o melhor para a categoria. Que por sinal, não apoiou o atual governo. Lembro aos companheiros, que nenhum governo fortalece inimigo. Portanto, política se faz conversando. E é isso que devemos fazer.

Acredito no atual secretário de segurança pública, pois foi meu professor e orientador. Ajudei no plano de governo atual e acredito que precisamos romper com o modelo atual. Aqueles que resistem são os que estão sendo beneficiados com o atual sistema. Vários delegados e coronéis passaram pela pasta. Qual o resultado? O novo causa estranheza. Precisamos de gestores, mesmo que seja de outras áreas. Peço um voto de confiança. É cedo para tirarmos conclusões precipitadas. Não existe puxa-saquismo como a oposição insana prega, existe profissionalismo e compromisso com a melhoria da segurança pública. Isso incluí os profissionais de segurança pública, sem a base nenhum projeto irá para frente, não sou ingênuo, nem idiota, afinal, sou da base.

 As autoridades entendem que o que “estimula o funcionamento de uma máquina complexa como a segurança pública é a valorização de seus integrantes, do maior ao menor, e não planos e operações mirabolantes, pirotécnicos e acadêmicos que em nada contribuem na prática”. Quem critica a teoria é porque nunca teve acesso a ela. Os ignorantes são os primeiros a achar que sabem tudo na “prática”. Teoria sem prática e prática sem teoria são complementares, não são excludentes. Um bom gestor precisa de uma boa equipe, assim como um bom profissional de rua. Conheço excelentes sargentos que precisam de um “teórico”, nem que seja para preencher a ficha de ocorrência. Não sejamos ingênuos. Não vamos cair neste discurso demagogo da oposição insana que tenta manter-se viva depois da derrota das urnas.

 Não tenho duvidas de “que o policial é policial 24 horas por dia e que sua vida não tem distinção de horário de serviço ou horário de folga”. É por isso que me preocupo com nossas escolhas, ainda mais quando elas começam a afetar a família policial militar. Volto a afirmar: “o nosso corpo mole na segurança pública pode ter deixado o vagabundo mais folgado”, o que está afetando diretamente a nossa segurança e de nossa família. Precisamos avaliar muito bem o que está acontecendo a nossa volta. Autoridades tem segurança particular, nós não. Não vamos nos esquecer, nós somos agentes do Estado, os guardiões da sociedade. somos Estado, querendo ou não. Precisamos nos proteger para poder proteger os outros! Polícia é polícia, ladrão é ladrão.

Por: Aderivaldo Cardoso

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Acidente de viatura faz parte da vida do policial

Quem trabalha em radiopatrulhamento e em grupamento ou equipe tática sempre vai conviver em sua rotina com o risco iminente de um acidente. Não apenas por imprudência como gostam de julgar a imprensa e quem não conhece a rotina policial. Mas porque conduzir veículos acima da velocidade da via, com veículos com uma manutenção muito longe da ideal traz riscos.

GTOP 25

Para os mais simplórios a resposta para a redução do numero de acidentes é simples: conduza a viatura na velocidade da via. Parece lógico e racional, mas não é. Nosso serviço está anos luz de ser lógico e racional. Para nosso publico alguns segundos podem fazer a diferença. Diferença entre a vida e a morte, entre ser ou não estuprada, entre ser ou não espancada, entre ter seu filho recém-nascido morto ou salvo devido à massagem prestada por um policial militar como vimos em um vídeo aqui no DF.

Temos sim que ter cuidado na condução de nossas viaturas, principalmente em épocas de chuva como agora, mas é o máximo que pode ser alcançado pelo motorista, já que os outros fatores independem do motorista como manutenção adequada e comportamento dos motoristas brasileiros no transito. Viaturas tem que fazer verdadeiros “rallys” já que nossos cidadãos condutores se acham donos das faixas da esquerda, (que somente seriam utilizadas para ultrapassagens), não abrem caminho para viaturas com rotolight ligados e sirenes abertas.

VIATURA ROTAM

E mesmo se todos estes pontos elencados acima fossem otimizados ainda sim os riscos de acidentes sempre vão existir, são da natureza do serviço de radiopatrulhamento. Quem nunca vibrou, quem nunca trabalhou nas ruas não pode e não deve julgar os colegas que se envolvem em acidentes. Não sem antes ter trabalhado nas ruas. Nossa profissão não é exata, não é isenta de riscos, não é para qualquer um. Não julgue o policial militar que se envolve em um acidente de viatura, ele corre riscos porque coloca a vida de terceiros acima da sua, não é por molecagem ou para aparecer, ele corre riscos porque sua profissão exige. Quem não esta preparado para correr risco não está preparado para ser policial, está preparado para ser um servidor público, e marginais não são capturados por servidores públicos.

Os policiais militares envolvidos nos acidentes acima (GTOP 25 e ROTAM), dia 23 de janeiro estão bem apesar do susto e escoriações.

mundopolicialmilitar@yahoo.com.br

Fonte: https://mundopolicialmilitar.wordpress.com/2015/01/24/acidente-de-viatura-faz-parte-da-vida-do-policial/

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