Os últimos anos foram anos de grande crescimento para a categoria policial militar. Por mais que alguns não percebam tivemos grandes avanços. Tanto financeiros, quanto nas promoções, quanto no amadurecimento político. Creio que agora entramos em uma nova fase. Precisamos agora ampliar tudo isso. Buscar mais fluidez em nossa carreira, buscar recomposição salarial, dentre outras prioridades. Cada fase tem seu valor e exige novas formas de atuação. Neste processo de maturação alguns grupos foram fortalecidos, outros grupos enfraquecidos, novos grupos surgiram, mas o que importa é que nossa categoria saiu vitoriosa, mesmo sem eleger nenhum representante.
Vivemos um momento impar, pois temos a oportunidade de renovação. A eleição de Rodrigo Rollemberg pode ser um marco para nós. Pois precisamos nos reinventar. O “portal de 2018” que sempre falei em outros textos se abriu. Por que a eleição dele pode ser um “marco”? Porque abre espaço para o novo. A família Roriz perdeu força. O “poderio” de Luiz Estevão foi enfraquecido. O ex-governador Arruda não tem mais fôlego para as próximas eleições. Enfim, teremos renovação. Novos quadros irão surgir. Novas lideranças irão aparecer. Precisamos ficar atentos aos sinais. Afinal, a política é feita de gestos e sinais.
Neste momento a transição está a passos lentos. Vivemos um momento que exige muita cautela. Cada passo deve ser analisado e medido milimetricamente. É o momento onde muitos querem aparecer e para isso “queimam” quem for preciso. Sofri isso na última semana. Este momento é da “política de bastidores”, não do “trio elétrico”.
Nos últimos dois anos fizemos algo difícil, mas extremamente importante. Conseguimos colocar no plano de governo de um governador eleito nossa “reestruturação”. Alguns reclamam que está muito “genérico”, mas plano de governo é genérico mesmo. Os pontos principais da reestruturação devem ser construídos em um segundo momento. De maneira mais ampla e mais participativa. Após isso, nosso próximo passo deverá ser incluir os valores necessários para nosso pleito no “orçamento do congresso nacional”. Algo mais difícil e que necessitará de maior articulação. Aí sim, se for preciso colocaremos o “trio elétrico” na rua. Precisaremos saber o tempo certo de cada uma das ações. Precisaremos ser empoderados pela categoria. Precisaremos de legitimação para atuar.
Quero deixar claro que ajudei na elaboração do plano de governo do Rollemberg e que ajudei em sua campanha, mas que minha missão está cumprida, pois eu havia dado minha palavra que o ajudaria até o fim, juntamente com o Reguffe. E assim o fiz. Torço para que ele cumpra um bom governo. E estarei aqui ajudando a categoria neste sentido. Esperamos dele um diálogo permanente com a categoria. Esperamos dele a nossa recomposição salarial nos próximos anos. Esperamos dele a nossa reestruturação, de maneira que ela nos dê fluidez em nossas promoções. Esperamos dele respeito e valorização de nossa categoria. Esperamos dele respaldo para trabalhar, para trazer a tranquilidade que os cidadãos precisam e que nós também precisamos!
Por: Aderivaldo Cardoso
Aderivaldo Cardoso é Especialista em Segurança Pública e Cidadania, formado pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UNB). Coordenador do Movimento Policiamento Inteligente no Brasil: Busca a eficiência, eficácia e efetividade das ações policiais tendo como base os anseios da comunidade.
Parabéns, pois mesmo sendo PM apoiou Rollemberg, pois não concebo a ideia de uma categoria que é responsável pela segurança pública ter consolidado seu apoio ao Arruda, que tanto nos envergonhou com os desvios de dinheiro público, e mesmo assim saiu as ruas dizendo que tinha devolvido o dinheiro, noutro momento, dizia nos trios que o PT o tinha tirado no tapetão. Que vergonha! O pior é a categoria responsável por nossa segurança. Aclamar: volta Arruda. Como assim? Nessa campanha aprendi com a PMDF que ela faz diferenciacão, entre as classes de criminosos. Bandido pobre X bandido rico. Lamentável!
Enfim, todos nós esperamos que Rollemberg faça um bom governo para o DF e não nos envergonhe..
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Depois desse texto, depreende—se que o governador eleito é mais um que NÃO tem projeto p/ PM e ao final desse mandato não terá feito nada por Brasília e colocará a culpa na “herança maldita”….quantas vezes vimos esse filme?
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