Arquivo do dia: julho 11, 2014

Nota de esclarecimento: Aderivaldo Cardoso – 31.190 – Deputado Distrital

Tenho acompanhado as redes sociais e a campanha de difamação feita por alguns que não compreendem o cenário político. Alguns que muitas vezes comporta-se como crianças,  imaturas, emotivas e descontroladas. Política é razão, não é emoção. Política se faz com estratégia. É ciência exata. É matemática. Lembro-me que quando entrei na polícia deixamos de fazer um deputado (Aires Costa) porque o partido (PDT) veio sozinho e não atingiu o coeficiente eleitoral. Com 12 mil votos não foi eleito. Enquanto outros com metade dos votos entraram para Câmara legislativa.

Alguns pontos precisam ser esclarecidos e gostaria que fossem replicados nas redes sociais. Sai da coligação onde eu estava porque não havia estrutura para oferecerem e não haveria parceria com os distritais da PM. Na coligação seria complicado me aliar com outros candidatos que diziam me apoiar, mas já estavam comprometidos com políticos tradicionais detentores de grande poder econômico e estrutura de campanha. Como fazer aliança com o Poliglota que está no DEM? Lá a prioridade é eleger o Fraga. Como fazer aliança com o Hermeto no PMDB? Lá a prioridade é eleger o Roney Nemer, mas ainda tem o apoio do Néviton e da Estrutura do Rafael Barbosa. Como fazer aliança com o Jânio e Eliomar no PRTB? Lá quem irá financiar a campanha é o ex-deputado Luiz Estevão e a prioridade é eleger a Jaqueline Roriz e o Fraga. Os únicos que ainda me apoiavam de fato era o NCP porque estavam na mesma coligação, mas a prioridade do PSD, partido deles é o Rogério Rosso. Como iriam me apoiar com o material de outro candidato casado com eles?

Imagem face II

O Partido que eu estava (PSB) estava ajudando no Plano de Governo, como técnico e seria candidato a federal, não havia conversado sobre estrutura, e fez após a convenção uma coligação com outros candidatos e partidos detentores do poder econômico, o que inviabilizaria qualquer possibilidade de eleição por minha parte ou chegar até a segunda suplência como era o planejado. Já que estimava-se um quantidade de votos para mim entorno de 20 mil votos.

Fui buscar um partido com condições numéricas de eleição. A pergunta que fiz foi: onde posso me eleger com menos de 10 mil votos? Escolhi o PHS que rejeitou o Guarda Jânio e candidatos já comprovados com votação acima de 10 mil votos para que todos pudessem chegar em pé de igualdade. No partido o mais votado é o candidato LIRA de São Sebastião que obteve na última eleição 7 (sete) mil votos. Nesta coligação já temos candidatos comprovados nas urnas que somam 65 (sessenta e cinco mil votos) e previsão de no mínimo 125 mil votos, o que garante 02 (dois) deputados. O que isso quer dizer? Quer dizer que comprovadamente a coligação já chega com a possibilidade real de fazer um deputado, podendo chegar a dois, dependendo do potencial de votos dos mais novos. Quem tiver entre 8 (oito) e 10 (dez) mil votos será deputado.

Quando falamos em eleição temos que observar três pontos básicos: 1) PARTIDO; 2) COLIGAÇÃO; 3) VOTAÇÃO para ser o 1º ou 2º da coligação. Fora isso a candidatura perde até a sua objetividade.

Precisamos avaliar todas as coligações e para isso podem entrar no site do Tribunal Regional Eleitoral e analisar os nomes que lá estão disponíveis e os votos de todos que já foram candidatos para saber como andam os partidos. Após várias análises com pessoas que entendem do assunto chegamos a alguns números que precisamos analisar nos próximos três meses para não jogarmos nossos votos fora e perdermos as chances de fazer dois deputados distritais, já que não faremos nenhum federal. Afinal, quem tem condições de eleição com base no partido, coligação e votação?

O DEM do Poliglota tem 48 candidatos para atingir o coeficiente eleitoral. O primeiro colocado deverá ter entre 15 e 20 mil votos para ser eleito e torcer para que outros se destaquem. O partido veio sozinho e corre o risco de não atingir o coeficiente eleitoral. Já o PMDB do Hermeto tem 48 candidatos, diferente do DEM é que tem muita gente forte. Alguns apostam que fará três deputados. Lá já temos o Dep. Wellington da PCDF, o Dep. Robério Negreiros e três fortes candidatos. Apostam no Pastor Daniel de Castro, no Rafael Prudente e no Indio da Soberana que cresceu bastante, pois sua empresa foi responsável pela segurança na copa. Todos os três podem ter votação superior a dez. No PSD do NCP, o candidato mais votado é o ex-deputado Milton Barbosa, ele teve 12 mil votos na última eleição, precisa melhorar a votação, pois também vieram sozinhos e correm o risco de não atingir o coeficiente eleitoral. No PRTB do Jânio e outros, temos três candidatos com potencial de ser eleito: a Dep. Liliane Roriz, que dependendo da votação pode fazer o Guarda Jânio,  Juarezão ou Toninho Pop.

Sobre meu atual partido, digo que meu partido é a PMDF. O PHS está na coligação do Tadeu Filippeli  e Agnelo, porém o partido me liberou para não apoiar o governador, o partido não apoiará o candidato indicado pelo PT ao senado e eu estou proibido de apoiá-lo (Magela), caso eu quisesse. Porém o partido me liberou para apoiar o Gim e Reguffe. A nível federal estamos coligados com Eduardo Campos e Marina Silva. O partido e a coligação para federal tem o objetivo de eleger o Alírio deputado federal, que é um bom articulador e fez o compromisso com 10 (dez) candidatos policiais militares e bombeiros, que a nível federal, se eleito, irá defender as demandas desse grupo que denominamos G10.

Sugiro aos amigos que analisem tudo o que coloquei e tirem suas próprias conclusões sobre o porquê eu optei em sair candidato a deputado distrital e não a federal. Afinal, alguém acredita mesmo que eu teria mais de 60 (mil) votos? Alguém acredita que eu teria todos os apoios de outros candidatos financiados por federais de outras coligações? Preferi começar de baixo, dando um passo de cada vez. Prefiro ter a humildade de reconhecer minhas limitações do que a cegueira da arrogância política.

12 Comentários

Arquivado em Política, Reflexão