Arquivo do dia: junho 22, 2014

Capitão da PM é detido por agressão e injúria após bate-boca em boate no DF

Um capitão da Polícia Militar do Distrito Federalfoi levado para a corregedoria da corporação na madrugada deste domingo (22) suspeito de agredir com ofensas raciais e empurrões um sargento da PM. A boate funciona na quadra 4 do Setor Gráfico Sul e tem em sua programação shows de strip-tease.

A PM não esclareceu os detalhes da ocorrência. O G1 apurou que o capitão da PM é lotado no Centro de Polícia Comunitária e Direitos Humanos. Ele foi autuado em flagrante, com base no Código Penal Militar, por injúria e violência contra militar de patente inferior. O oficial estava na boate junto com outro capitão, lotado em Pernambuco. Nenhum deles estava em serviço.

Por volta das 4h15, um carro da PM foi acionada para verificar uma discussão na boate por causa do não pagamento de bebidas consumidas. Ao chegar, o sargento que estava no carro tentou conversar com os dois capitães. Um dos oficiais, mais exaltado, supostamente agrediu o sargento com ofensas raciais e empurrões.

A PM também não esclareceu que providências foram tomadas com relação ao capitão de Pernambuco.

PM não comentou caso; briga teria começado por causa de conta não paga. Sargento que foi verificar ocorrência alegou ter sido xingado pelo oficial.

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Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/06/capitao-da-pm-e-detido-por-agressao-e-injuria-apos-bate-boca-em-boate-no-df.html

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Carta de um leitor – Quando a “pessoalidade” toma conta da instituição

É de se presumir, pela própria matéria-prima que lida no dia a dia, que o militar policial conhece bem o conceito clássico de crime: fato típico e antijurídico.

Inequívoca a ausência do antijurídico até porque a CF assegura a liberdade. O CPM ainda vigente deve ser respeitado, mas não se sobrepõe à CF de 1988. Fato típico, sem tempo para ilações, se resume a “tal e qual”. Para estar configurado o crime a conduta do agente deve ser “igualzinha” ao descrito no Tipo, ausente qualquer elemento (seja objetivo ou subjetivo) não restará reconhecido o crime.

Também é conveniente que aspectos materiais e formais sejam analisados. Por exemplo, só para citar alguns, a simples condição de militar não implica, necessariamente, em crime militar. As ações ocorreram no exercício da função pública? A internet está sob administração militar? As supostas críticas foram direcionadas a quem? Existe nexo de causalidade entre as ações e o resultado? Para os tipos é necessário o resultado? e houve o resultado? Nível Superior está entre os requisitos de ingresso na PMDF, seria qualquer mensagem meio hábil para incitar alguma coisa? incitem uma viagem a Plutão, de repente o Brasil manda alguém. Será que a simples reprodução de notícias encontradas em outros canais enquadraria as condutas ao tipo? Será que é o caso de crime impossível ou de exercício regular de direito? E mais, pensemos um pouco: Será que chegaríamos ao telefone celular 4G se não houvesse críticas ao telégrafo? ao telefone fixo? vamos chegar aos celulares tridimensionais? Melhor criticar o 4G. Foram críticas ou apontamentos realizados com vistas à melhoria dos serviços prestados e ao zelo com a coisa pública?

O ônus da prova cabe a quem acusa e não é raro uma prova ser desentranhada dos autos porque ilícita ou colhida de maneira ilegítima.

Do ponto de vista jurídico, perfeitamente cabível um HC preventivo, por ausência de justa causa (haja vista a não existência de crime) e pelo fato de haver o risco iminente à liberdade de locomoção e também é cabível um MS tendo em vista o direito líquido e certo assegurado pela CF, aliado a ausência dos requisitos previstos nos artigos iniciais do CPM, conjugado com o fato de os senhores já estarem sofrendo, ou pelo menos com o risco de vir a sofrer, com artifícios configuráveis como abuso de poder. Seria a abertura de IPM’s um meio de injusta coação? (o magistrado é que vai decidir).

O juiz, via de regra, abre vista ao MP e às autoridades coatoras. O MP além do controle externo da polícia é também custus legis e deve coibir ilegalidade e abusos.

Em qualquer das ações (HC ou MS) a sugestão é solicitar o imediato arquivamento dos IPM’s. Lembrando que:
“Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; (…)
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.”

O que fazer é uma decisão: melhor exercitar o direito de permanecer calado? aguardar o desenrolar administrativo? confiar no Judiciário? confiar no bom senso das altas autoridades da PMDF que, como os Senhores, também são policiais, pais de família, lutam por melhorias e com certeza são experientes em matéria de polícia e em matéria de vida? enfim, são decisões e conjunturas impostas pelo momento. Ninguém é inimigo, são imposições aos papéis. Costumo dizer o seguinte: via de regra, o bandido é mais esperto que o cidadão comum e o polícia tem que ser mais esperto ainda para conseguir pegar o ladrão. Os senhores são polícia. Não é uma luta fácil, mas o lado bom tem ganhado. Tem que utilizar o faro.

Pessoalmente, penso que não deve ser fomentado um antagonismo extremo entre o PT contra o resto, até porque as reinvindicações da PM são suprapartidárias e independentemente de partido muitos querem a sua melhoria.

Joaquim Barbosa solicitou aposentadoria, o Ratinho do SBT (Carlos Massa) não cansa de dizer que quando foi Deputado se desiludiu da política e foi fazer televisão, a candidatura de Silvio Santos à presidência foi impugnada e ele nunca mais quis ser candidato a nada, dizem que o Marechal Floriano Peixoto cumpriu seu mister e nunca mais quis saber de política. Por outro lado temos políticos que desde que eu me conheço por gente estão na política. Como os senhores bem sabem, a atuação política é um dom, uma vocação, quase um sacerdócio, com muito mais ônus do que bônus. Quem escolhe essa trilha deve ser destemido e movido pelo amor à causa e isso não é fácil. É crer em Deus, não se abalar com as dificuldades, driblar os obstáculos e fé na caminhada. Muito já foi feito, mas muito mais ainda precisa ser construído. Parabéns e, com inteligência e como acharem melhor, continuem lutando pelo que acreditam. Não esmoreçam e, sem arrogância, não demonstrem medo.

Carta de um leitor do Blog Policiamento Inteligente referindo-se sobre os últimos textos onde tratamos da polícia ideológica que se instalou em nossa corporação!

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Senador Pedro Simon diz que deixa vida pública por ‘decepção’

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) vai deixar a vida pública em 31 de janeiro de 2015, dia em que termina o seu quarto mandato como senador e, coincidentemente, completa 85 anos. Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, em sua casa na capital gaúcha, ele reconheceu que a decisão de não concorrer novamente foi influenciada pela decepção com o caminho tomado pelo partido que ajudou a fundar.

Segundo ele, este é o pior momento vivido pelo PMDB, que ele ainda chama, na maioria das vezes, de MDB. “O mal no Brasil de hoje é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o MDB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência”, afirmou, reconhecendo que, hoje, se sente isolado na legenda.

Simon, que já governou o Rio Grande do Sul e foi deputado estadual em quatro mandatos consecutivos, é um dos símbolos da ala contrária à aliança com o PT de Dilma Rousseff. Além de defender a independência do PMDB, Simon não acredita que a presidente tenha força política para fazer um bom segundo mandato. “O Lula tinha o grupinho dele, com quem discutia e debatia. Que se saiba a Dilma não tem”, revelou.

Segundo Simon, hoje Eduardo Campos (PSB) seria o único capaz de governar o País sem ficar refém da política de troca-troca de cargos e favores. O senador gaúcho foi um dos articuladores da aproximação de Campos com Marina Silva, fará campanha para os dois e acredita que as divergências entre os dois acabam após o período de convenções e formação de alianças, no fim do mês. “Eles vão ter que botar panos quentes e seguir para frente. Há Eles têm condições de ir ao segundo turno, é só querer”, disse.

Ele ainda diz que fez o que deveria ser feito no Senado. “Além disso, vivemos uma fase em que estou muito deslocado dentro do partido. Eu criei o MDB (antigo PMDB) e lutei a vida inteira por ele. E creio que esse é o pior momento que o MDB está vivendo. É o maior partido do Brasil e não apresenta candidato à Presidência. Houve um momento em que nós tínhamos maioria na Câmara, no Senado, nas Prefeituras, e daí fomos peça auxiliar do Fernando Henrique, peça auxiliar do Lula e agora da atual presidente. Vou ajudar no que puder. Aqui no Rio Grande do Sul, por exemplo, onde o PMDB sempre foi um partido diferente”.

Quanto a decisão do PMDB confirmar o apoio do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff, ele diz que “o resultado ainda foi esse (favorável à aliança) porque o governo e o comando partidário agiram. Proporcionaram passagens, festas. Nunca os prefeitos foram tão convidados a ir a Brasília, e receberam uma ponte, uma estrada ou um trator. Esse resultado não representa as bases do MDB. No Rio Grande do Sul, o partido é muito contrário à participação no governo (da Dilma). O Estado aqui acompanha o que está acontecendo, tanto é que nas últimas eleições o PSDB ganhou aqui. Essa história de dizer que o comando do MDB é o (José) Sarney, o Renan (Calheiros) e o Jader (Barbalho) não tem nada que ver com o nosso partido. Eu não tenho nenhuma identidade como esse comando do MDB, assim como muita gente. Esse comando faz um troca-troca de cargos e alianças. O mal no Brasil de hoje, o que está de errado, é esse sistema de ter 30 partidos vazios de conteúdo, votando com o governo para ganhar um cargo aqui e outro ali. E o PDMB, maior partido do Brasil, ao invés de se rebelar, de ter uma palavra firme, também fica brigando por mais um ministério. O partido perdeu a consciência”.

Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica/556110/simon-diz-que-deixa-vida-publica-por-decepcao/

Fonte: Estadao Conteudo

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