Atendendo convite do Dep. Reguffe e do Senador Rodrigo Rollemberg, resolvi sair candidato nas próximas eleições. Pensei muito no assunto. Afinal, nunca fui candidato. Apenas disputei às prévias/PMDF em 2010, com mais 70 candidatos e fiquei em sétimo lugar, além de disputar as eleições da CABE na chapa “Cabe para Todos”. Nos próximos dias teremos nossa convenção para oficialmente nos tornarmos candidatos e entrarmos “de cabeça” na campanha.
Apesar de ter apenas 36 anos de idade e 14 anos de polícia, além viver os bastidores da política desde 1994, é sempre um grande desafio. Tenho consciência que minha decisão foi ousada, ao optar por uma disputa pela cadeira de deputado federal, ao invés da lógica “mais fácil” que seria a cadeira de deputado distrital, mas tudo tem um motivo. Eleição é o somatório de votos + estratégia.
Precisamos compreender que uma eleição para federal é muito mais difícil, por isso precisamos focar em um único candidato. Além disso, um voto de distrital equivale a cinco votos de federal na PM. Ou seja, todos aqueles que farão campanha para os outros candidatos a distrital podem fazer para o nosso único federal. Eis meu grande desafio: agregar e somar com outros candidatos em uma grande frente suprapartidária em defesa de nossa Corporação.
Vejo que o atual momento é de transição. Não sei se irão se lembrar, mas quando criança eu assistia ao desenho “HE-MAN”. Lá tinha um “portal” que levava as pessoas para outra “dimensão”. Acredito que tal “portal” esteja aberto em 2014. A outra dimensão é 2018. Como assim Aderivaldo Cardoso? Alguns devem se perguntar neste momento…
Acredito que as velhas lideranças da PM estão chegando a sua reta final, ou seja, sua última eleição. Precisamos formar novos líderes para os próximos anos. Ainda tenho 15 anos para permanecer na instituição, outros companheiros que participarão do pleito também, todos os meus discursos sempre foram voltados para uma “reforma policial”. Tenho sempre debatido questões voltadas para mudanças que só podem ser feitas no congresso nacional. Uma coisa é fato, não queremos o passado que nos envergonhou, nem o presente que nos traiu. Precisamos de renovação! Outro ponto que precisamos compreender é que “polícia é polícia e ladrão é ladrão!” Precisamos nos valorizar politicamente. O discurso do quem “rouba faz” precisa ser substituído na teoria e na prática pelo discurso de que “quem não rouba pode fazer muito mais!” Polícia prende ladrão, não podem andar abraçados na política!
Afinal, onde poderíamos discutir redução da maioridade penal, mudança do código penal, do código processual penal, propor uma reestruturação descente, reajuste salarial, lei de promoções, falar em ciclo completo de policiamento, carreira única, desmilitarização, redução ou fim de interstício, dentre outros temas polêmicos? Creio que serão os temas que irão nortear nossa discussão nos próximos anos.
Meu desejo é nos fortalecermos. Precisamos pensar em um projeto de poder a longo prazo. Precisamos fortalecer nossa instituição. O policial precisa ter espaço para trabalhar. Precisamos de uma bancada forte. Uma bancada atuante. Tanto em âmbito federal quanto em âmbito local. Precisamos nos organizar. Precisamos avançar. Não vamos esquecer nosso slogan: “separados somos fortes, mas juntos somos imbatíveis!
Por: Aderivaldo Cardoso
Aderivaldo Cardoso 