Após três anos no cargo, o Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, deixa a função.Delegado federal, e exímio combatente da criminalidade, o agora, ex-secretário de Segurança, traça um diagnóstico assustador no que tange a criminalidade do DF.
Segundo Avelar, Brasília está longe de conseguir combater a criminalidade que nela existe. Isso se deve, segundo ele, devido à legislação brasileira que possui um texto arcaico e obsoleto quando o assunto é segurança pública.
A atuação de Sandro Avelar foi marcada por inúmeras polêmicas. Um dos fatores que talvez tenha sido a gota d’água para que o secretário jogasse a tolha, foi o fato de o GDF não ter honrado promessas feitas à Polícia militar. Isso ficou claro no final de fevereiro, quando Avelar cobrou, numa tensa reunião com governador Agnelo Queiroz, que o petista desse o aumento salarial reivindicado pelos policiais militares e bombeiros.
Na ocasião, Sandro, que é sindicalista, lembrou que o governador havia prometido o aumento para a classe. Agnelo disse ser impossível o aumento. Durante a reunião, Sandro pediu exoneração do cargo, o que acabou sendo aceito pelo governador.
Opinião de Especialista
De acordo com Aderivaldo Cardoso – especialista em segurança pública e cidadania – a atuação de Sandro à frente da Secretaria de Segurança Pública, no todo, não foi ruim. De acordo com o especialista, a segurança pública teve alguns avanços. “Os conselhos comunitários tiveram uma ampliação, mas ainda de forma muito sutil, pois quem escolhe os integrantes são entidades jurídicas, o que não dá representatividade aos conselhos”, explica.
Talvez a principal crítica da população com relação a atuação de Sandro Avelar, tenha sido no abandono dos postos policiais comunitários por parte da PM. Nesse sentido, Aderivaldo afirma que “os postos comunitários foram abandonados por falta de uma política séria para eles, pois ocorreu um jogo de empurra entre a PM e a secretaria”. Segundo ele, a falta de pulso da Secretaria deixou “a vida levar”.
Aderivaldo Cardoso explica, ainda, que as ações de Sandro Avelar foram polêmicas porque ele sempre foi mais político do que técnico. Outro ponto importante foi à migração dos postos fixos para os postos móveis.Para o especialista, a Secretaria de Segurança deve ser a gestora do sistema.“Dentro do projeto ação pela vida, havia a ideia de se criar um núcleo de estudo da violência, semelhante ao Instituto de Segurança do Rio de Janeiro, com uma visão mais sociológica focada nas vitimas e menos de analise criminal”, destacou.
Por fim, Aderivaldo afirma que a secretaria deveria usar do recurso de analise criminal para definir os pontos críticos e dessa forma, apontar onde seriam distribuídos os policiais e desenvolvidas as ações. Isso não saiu do papel.
Ao todo, o GDF construiu 130 postos da Polícia Militar e cada unidade custou o montante de R$ 120 mil. A soma do gasto para a construção dos postos que hoje estão abandonados chega a R$ 15,6 milhões.
Por Jean Marcio Soares
Da Redação
redacao@guardiannoticias.com.br
Fonte: http://guardiandf.com.br/index.php/guardian-mobile/item/13686-sandro-avelar-deixa-a-secretaria-de-seguran%C3%A7a
eu procuro jean carlo de andrade do santos
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