Arquivo do dia: dezembro 23, 2013

Programa de Educação Moral da PMDF

No último dia 14 de Dezembro estivemos reunidos em uma formatura diferente. Nós Cristãos acreditamos que a mudança ocorre do individuo para o coletivo e não ao contrário, se não fosse assim, Cristo não teria dito que está a porta e bate, precisamos abri-la. Acreditamos também que palavras geram pensamentos, que geram sentimentos, ações e resultados. Boas palavras irão gerar sempre bons pensamentos, sentimentos ações e resultados.

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Sendo assim, parabenizamos a Capelania da PMDF pelo programa de educação moral, onde formaram homens e mulheres em vários cursos, dentre eles cursos para aprender a lidar com as finanças, nosso grande problema hoje, cursos para lidar com a criação dos filhos e cursos para nos tornarmos simplesmente homens e mulheres melhores.

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Segundo o comandante geral o novo comando dará total apoio na ampliação do projeto no próximo ano. Para nos tornarmos pessoas melhores precisamos de investimentos no ser humano. Como sempre afirmarmos aqui, a polícia é feita por homens e mulheres, não por máquinas e armas. Se queremos mudar a instituição para melhor, precisamos começar pelos homens e mulheres que a constituem. A mudança ocorre do micro (indivíduo) para o macro (coletivo). Um homem só e uma mulher só podem fazer uma grande diferença no futuro. Investir no ser humano é investir na transformação e humanização de nossa queria Corporação. Eis o verdadeiro “espírito de corpo”. Homens e mulheres, pastores e padres, comandantes e comandados procurando tornarem-se pessoas melhores. Eis aí o verdadeiro caminho da transformação cultural!

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Governo intervém nas empresas de Wagner Canhedo e assume gestão da Viplan

Publicação: 23/12/2013 09:00 Atualização: 23/12/2013 08:51

 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

O governo decidiu intervir nas empresas de ônibus da família de Wagner Canhedo Filho. Em uma operação que reuniu policiais civis e militares, e funcionários da TCB e da Secretaria de Transportes, o GDF assumiu a gestão da Viação Planalto (Viplan), da Condor e da Lotáxi na manhã desta segunda-feira (23/12). A ação foi na garagem central do grupo, onde funciona a administração, no Guará, na EPIA Sul. As empresas comandam hoje 214 linhas e 744 ônibus, o equivalente a cerca de 30% do mercado no Distrito Federal.

A notificação foi entregue pelo presidente da TCB, Carlos Alberto Koch a Wagner Canhedo Filho, que administra as empresas da família. O empresário se disse surpreso com a ação. O governo esperou os ônibus começarem a rodar para não prejudicar a população. O governador Agnelo Queiroz e o vice Tadeu Filippelli explicarão a intervenção ainda nesta manhã  em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti.

O GDF alega que o empresário Wagner Canhedo Filho tem colocado obstáculos ao repasse das linhas para as empresas vencedoras da licitação pública do novo sistema de transporte coletivo. Outro motivo para justificar a operação é a baixa qualidade do serviço prestado pelas empresas à população. Canhedo arrecada cerca de R$ 800 mil diariamente com a operação dos ônibus.

A intervenção nas empresas de Canhedo será feita nos mesmos moldes da operação do governo realizada em fevereiro, para assumir a gestão das empresas de ônibus do Grupo Amaral. O GDF alega que Canhedo resiste a demitir os funcionários. Sem a dispensa das equipes, as empresas ganhadoras da licitação não podem contratar motoristas e cobradores para colocar os veículos em circulação. A intenção do GDF com a intervenção é demitir os servidores, pagando os direitos trabalhistas, para que eles sejam recontratados posteriormente.

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 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

Em fevereiro, o GDF assumiu as três empresas do Grupo Amaral (Rápido Brasília, Viva Brasília e Rápido Veneza), que estavam sob risco de paralisar os serviços prestados aos passageiros da região Norte da capital. O grupo, ligado ao ex-senador Valmir Amaral, era responsável por cerca de 10% do mercado brasiliense. À época, a Sociedade de Transportes de Brasília (TCB) ficou responsável pela parte operacional. O governo teve de investir mais de R$ 35 milhões na compra de combustível e outros insumos, como pneus, além de recuperar metade dos ônibus das empresas, que estavam sem condições de circulação.

A decisão sobre a intervenção no Grupo Canedo vem sendo articulada há algum tempo pelo GDF. Quando houve a intervenção no Grupo Amaral, o governador Agnelo Queiroz (PT) já tinha mandado um recado claro. Ele disse que uma nova intervenção “depende muito mais das empresas do que do próprio GDF. A obrigação das permissionárias é cumprir os contratos. O GDF não vai se furtar a tomar as providências”.

 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/12/23/interna_cidadesdf,404832/governo-intervem-nas-empresas-de-wagner-canhedo-e-assume-gestao-da-viplan.shtml

GDF e TCB assumem a gestão da Viação Planalto

Baixa qualidade dos serviços e problemas agregados à demissão dos funcionários motivaram à medida

Assim como fez com as empresas do Grupo Amaral, em fevereiro, o GDF assumiu a gestão da Viação Planalto (Viplan) e das empresas que fazem parte do grupo: Lotáxi e Condor. Uma operação foi montada em frente a garagem da empresa no Setor de Oficinas Sul, com presença da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A empresa possui a maior frota do Distrito Federal, hoje com 30% do total de veículos em operação (744 ônibus).

A intervenção ocorreu em razão da baixa qualidade dos serviços prestados pela empresa. Segundo o GDF, o Grupo Viplan tem colocado obstáculos na migração de linhas para as novas empresas que assumem o Transporte Público. Ainda segundo o governo, a empresa arrecada diariamente mais de R$ 800 mil.

O governo não enfrentou resistência por parte da empresa. A intervenção ocorre em 5 garagens e 3 pontos. Com a intervenção, a Transporte Coletivo de Brasília (TCB) passa a operar a empresa. A operação teve início no meio da manhã de hoje. Segundo o governo, a medida foi tomada para não prejudicar os serviços à população.

O governador Agnelo Queiroz, disse em entrevista a Rádio BandNews FM que centenas de ônibus novos, das novas empresas estão parados nas garagens a espera de funcionários, que ainda não foram demitidos pela Viplan. Segundo ele, a assunção vai permitir o desligamento desses funcionáiros e a contratação imediata nas outras empresas que passam a operar nas 5 bacias.

Agnelo disse ainda que nos próximos dias serão entregues entre 200 e 300 ônibus novos. Todos operados por rodoviários da Viação Planalto. A intervenção tem previsão de durar 60 dias. “Inicialmente esperávamos a renovação da frota no dia 4 de dezembro. Não conseguimos por tantos obstáculos. Com a providência que tomamos, no máximo até o início de fevereiro a frota estará renovada”, garante.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, diz que não sabia da intervenção. Para ele, a medida é recebida com festa pelos rodoviários. “Para os traalhadores muda tudo, pois muitos estavam inseguros. A empresa demitiu alguns funcionários sem pagar os direitos trabalhistas. A situação estava caótica. Com essa intervenção do governo, cria condições para a mudança do sistema e traz segurança para os empregados”, afirma.

Osório diz ainda que reuniu com Wagner Canhedo Filho na última sexta-feira para negociar os pagamentos a 31 trabalhadores que atuavam em Brazlândia e Samambaia. Os rodoviários estavam parados e não receberam direitos, como férias e 13º salário. Segundo o presidente do sindicato dos rodoviários, Canhedo alegou não ter dinheiro para pagar as rescisões, porque perdeu algumas linhas na cidade.

 

 

O governo garantiu que vai pagar os direitos e recontratar os funcionários.

*Com informações de Ludmila Rocha.

 Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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A desmilitarização e unificação das policias estaduais

No nosso país, diferentemente de várias nações do mundo, há duas polícias estaduais, a civil e a militar, e cada uma tem uma função, competindo à Polícia Civil o trabalho investigativo, e à Polícia Militar, o trabalho de policiamento ostensivo.

 No Brasil, polícias militarizadas surgiram ainda no século XIX, como milícias estaduais. Durante a Primeira República, elas funcionavam, na prática, como pequenos exércitos provinciais a serviço de seus respectivos governadores, capazes de impedir que o poder central se tornasse incontestável e anulasse a autonomia que as unidades federadas possuíam naquela época – eram dispositivos de dissuasão antepostos contra as Forças Armadas. …

 A partir do Estado Novo, as Polícias Militares foram definitivamente alinhadas às doutrinas das Forças Armadas, e, após o fim da Segunda Grande Guerra, a doutrina de segurança nacional fez da PM uma força auxiliar do Exército, visando ao “combate do inimigo interno”.

 A militarização policial é uma ideologia que consiste em entender um suspeito como um inimigo externo ou um subversivo e identificar as favelas e os bairros mais pobres como território que tem de ser conquistado e enfrentado com bombardeios letais. Em suma, a concepção policial-militar é de guerra contra a população que se insurja, seja numa greve, seja numa manifestação popular, ou numa blitz de trânsito. É um modelo arcaico e que não atende ao interesse publico.

 Enquanto as forças armadas têm de ser treinadas para matar o inimigo, a polícia deveria ser treinada para prender infratores da lei. Assim, o treinamento do policial não deveria ser para combater um inimigo, mas para neutralizar ações criminosas praticadas por suspeitos que têm de ser julgados pelo Poder Judiciário.

 A própria militarização policial faz com que o PM, desde a sua formação instrucional e profissional, conviva com a injustiça dentro de sua própria corporação, desde cedo, aprendendo que um superior hierárquico, por mais errado que esteja, não pode ser observado por seu subalterno, já que, no militarismo, a hierarquia sobrepõe-se ao certo, e a critica, que pode levar à correção de erros, é passível de punição. Então, os limites impostos de modo exacerbado aos praças geram um estresse que se reflete em sua atuação no seio da sociedade. A violência interna contra o próprio policial, a falta de estímulo profissional e a formação deficitária limitam soldados, cabos e sargentos à condição de meros cumpridores de ordens, o que gera graves problemas na execução dos serviços de segurança pública.

Nesse contexto, a formação da Polícia Militar não se apresenta em conformidade com o modelo democrático fundado na cidadania e na dignidade da pessoa humana, fundamentos da República Federativa do Brasil inscritos no artigo primeiro da Carta Constitucional.

 Documento apresentado pela Organização das Nações Unidas, em 25 de maio de 2013, apontou que, entre os principais problemas do Brasil, está a atuação exageradamente violenta da Polícia Militar. A recomendação em favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pediu na ONU a abolição do sistema separado de Polícia Militar no Brasil, aplicando medidas mais eficazes para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais.

 De fato, os policiais só devem matar nos casos extremos de legítima defesa própria ou de terceiro; contudo, conforme a Human Rights Watch, a Polícia Militar de São Paulo tem um claro padrão de execução de vítimas e de acobertamento desses crimes. Levantamento realizado pelo Instituto “Sou da Paz” mostra que 93% dos mortos em supostos tiroteios com a Polícia Militar de São Paulo, entre 2001 e 2010, moravam na periferia da cidade, e 54% eram negros. Isso demonstra um verdadeiro extermínio discriminatório. Segundo registro da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, pelo menos 300 pessoas são assassinadas por ano pela Polícia Militar daquele Estado, sem contar os corpos que dão entrada no IML com autoria desconhecida e corpos ocultados. Enquanto isso, a polícia do Estado de Nova York matou, no ano passado, 11 pessoas. Por sua vez, a Polícia Militar do Rio de Janeiro mata, anualmente, tantos civis quanto o conjunto das forças policiais dos Estados Unidos, embora a população da cidade do Rio de Janeiro seja de 5,5 milhões, e a dos EUA totalize mais de 250 milhões.

 Além disso, a existência de duas polícias aumenta os custos para os cofres públicos que precisam manter uma dupla infraestrutura policial, além de criar uma rivalidade entre policiais que seguem duas carreiras completamente distintas: a Civil e a Militar. Essa rivalidade atrapalha o funcionamento de todo um sistema de segurança pública, com os policiais de cada corporação encarando-se não como colaboradores, mas como pertencentes a instituições opostas que devem digladiar-se para que uma se sobreponha em poder à outra. Para piorar, o que se tem são duas metades de polícia que ficam brigando uma com a outra e não compartilham informação.

 As últimas manifestações populares no Brasil e o assassinato do operário Amarildo por policiais da PMRJ reacenderam o tema da unificação policial com desmilitarização, mas, para ocorrer a desmilitarização, será necessário alterar a Constituição, por meio de Emenda Constitucional, de forma que Polícias Militar e Civil constituam um único grupo policial, e que todo ele tenha uma formação civil. Pelo menos, três Propostas de Emenda à Constituição sobre o tema – as PECs 51/2013, 102/2011 e 432/2009 – tramitam no Congresso Nacional: a PEC 51, de 2013, de autoria do Senador Lindberg Farias, propõe desmilitarizar as polícias dos Estados e criar apenas uma força de segurança; a PEC 102, de 2011, de autoria do Senador Blairo Maggi, autoriza os Estados a desmilitarizarem a PM e unificarem suas polícias, caso julguem necessário; e a PEC 432, de 2009, de autoria do Deputado Federal Celso Russomanno, visa à unificação das Polícias Civil e Militar dos Estados e do Distrito Federal, à desmilitarização do Corpo de Bombeiros e dá outras funções para as guardas municipais.

 A unificação, com desmilitarização, das duas Polícias, precisa ocorrer mediante a fusão das atividades de polícia judiciária com as de polícia ostensiva e de manutenção da ordem pública, surgindo dessa fusão uma nova polícia com características híbridas. Desse modo, todo órgão policial poderia se organizar em ciclo completo, responsabilizando-se cumulativamente pelas tarefas ostensivas, preventivas, investigativas e de persecução criminal.

 Por outro lado, a unificação tem de ser efetuada sem ferir os direitos adquiridos pelos policiais de ambas as corporações. Para tanto, é preciso que se levantem quais são as principais dificuldades e desafios para garantir a efetiva segurança ao cidadão com melhorias dos direitos dos policiais. Afinal, não é possível que o sistema de segurança pública de um Estado sobreviva com policiais que ganhem salário-base de apenas 4 mil e 700 reais (caso dos soldados da Polícia Militar do Distrito Federal) ou de somente 833 reais (caso dos soldados da Polícia Militar do Ceará) – até porque tais remunerações constituem um estímulo à corrupção.

 Alterações nos cursos de formações dos policiais, na estrutura organizacional e na legislação devem alicerçar a transição e as novas diretrizes das Polícias Unificadas até a completa fusão das instituições, que pode ser efetuada de modo gradual para que não gere impactos negativos na segurança pública.

 Apesar de significar um avanço em termos de política de segurança pública, tais medidas exigem coragem, desprendimento, grandeza de espírito público e determinação política.

 Fonte: Blog do Salin Siddartha – 23/12/2013

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