Uma experiência muito desagradável – e a maioria de nós já passou por ela – é quando alguém chega e pergunta: “Você lembra de mim?”.
A cada dez vez em que isso acontece, em nove a gente não tem a mínima ideia de quem seja aquela pessoa. E ela lá, olhando para nós. E nós ali, disfarçando. Em nove de dez vezes, damos a resposta errada: “Claro que lembro”. Depois, tentamos adivinhar quem é ou tentamos conseguir alguma pista.
O erro em uma situação dessas não é de quem não lembra do nome – é de quem fez a pergunta. Assim como qualquer empresa gasta rios de dinheiro para consolidar sua marca, um profissional tem que estar preocupado, desde o primeiro dia em que começa a trabalhar, em consolidar seu nome.
Nosso nome é a nossa primeira marca registrada. Se não conseguimos nem fazer com que as pessoas se lembrem de nosso nome, como podemos querer que se lembrem de nossos resultados? No Evangelho de São João está escrito que a primeira providência que Jesus de Nazaré tomou ao iniciar sua vida pública foi fazer o povo acreditar em seu nome. Os milagres vieram depois.
Nas empresas é a mesma coisa: a construção de uma carreira tem de começar pela construção um nome. As pessoas mais bem-sucedidas que conheço, aquelas de quem me lembro bem do nome, sempre começam qualquer conversa dizendo seu próprio nome, mesmo que isso não seja mais necessário, porque todo mundo já sabe o nome delas.
Essas pessoas têm um nome porque são bem-sucedidas? Ou são bem-sucedidas porque têm um nome? É claro que todas começaram pelo mais fácil, repetindo o nome até que ficasse bem guardado na memória de quem interessava. Depois é que vieram o sucesso e os milagres.
Por: Max Gehringer – Clássicos do Mundo Corporativo