Arquivo do dia: novembro 29, 2013

Como está o Sargento Adriano Ferreira? Merece um ato de bravura!

O maior reconhecimento ao nosso companheiro seria a promoção por ato de bravura! Por todas as perdas e sofrimento e por todo o futuro que teria na corporação! Precisamos levantar esta bandeira! No dia que o vi é como seu eu também tivesse perdido um pedaço do meu corpo. Isso é o verdadeiro sentimento do espírito de corpo! (Aderivaldo Cardoso)

No serviço policial militar, mais do que na maioria das profissões os riscos inerentes ao serviço são muito grandes. Nossa saúde é posta a prova de todas as formas, mantemos contato com todo tipo de gente em todo tipo de ambiente. Entramos em becos e ruelas, descemos em buracos e abordamos pessoas que já esqueceram o que é higiene há muito tempo.

Passamos madrugadas acordados e dormimos de dia, ou passamos o dia todo tomando sol e no mesmo serviço somos agraciados com o sereno noturno. Chuva não é e nunca foi empecilho para o serviço policial. Nosso organismo e nosso relógio biológico perde totalmente a funcionalidade, mas gostamos do que fazemos (a falta do reconhecimento financeiro é bem verdade) e fazemos com dedicação.

Mas infelizmente durante nossa jornada na CASERNA muitas vezes nossos guerreiros são acometidos por intempéries, eles se machucam em acidentes de viatura, ou são feridos durante atendimento de ocorrências, ou até mesmo acometidos por graves doenças.

Ao saírem do bom combate, nossos companheiros saem de cena para se cuidar, para se reerguerem, ficam aos cuidados de familiares e amigos, e sempre lembrados pelos PAPA MIKES que ficaram no dia-a-dia. Mas o tempo passa e a correria da vida acaba deixando as lembranças mais distantes de nossos colegas.

Não sabemos como é importante mantermos os laços fraternais com estes colegas que por um motivo ou outro saíram das ruas, ligar para eles, visitá-los, quem sabe até combinar para que ele visite o batalhão no seu dia de serviço. Um ar nostálgico, uma demonstração de que são importantes onde quer que estejam, na ativa ou inatividade.

Para contar onde e como estão criamos está categoria. E para começar vamos falar do nosso colega SGT FERREIRA DO 3°BPM que este ano sofreu um grave acidente durante um acompanhamento:

No dia 04 de setembro deste ano uma equipe do GTOP 23 (Grupo Tático Operacional da asa Norte) durante um acompanhamentoIMG-20131128-WA0016 sofreu um acidente na L2 Norte e dos quatros policiais que se encontravam na viatura dois se feriram de forma mais grave onde o comandante da guarnição, SGT Ferreira, matrícula 23 mil devido à gravidade dos ferimentos que sofreu, perdeu sua mão direita.

Fui me encontrar com nosso colega PAPA MIKE Ferreira que agora já se encontra em casa tendo que deslocar ao Hospital São Francisco eventualmente para fazer curativos no seu antebraço. Uma conversa franca onde o SGT Ferreira que hoje conta com 14 anos de policia trabalhados entre policiamento geral, radiopatrulhamento e até a data do acidente estava no GTOP 23. Ferreira fez o IV CTOP e vibrava como todos nós há algum tempo vibrávamos nas ruas.

Sobre o acidente

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ACIDENTE DA EQUIPE DO SGT FERREIRA (GTOP 23)

Foi durante um acompanhamento, que a viatura onde da equipe de GTOP 23 comandada pelo SGT Ferreira sofreu o grave acidente em que ele feriu seriamente a mão direita. O motorista, CB Anderson quebrou a clavícula, e os dois policiais que estavam no banco de trás escoriações leves.

Segundo o colega desde o acidente até a anestesia do médico que o atendeu a dor era insuportável e devido ao atendimento dos colegas bombeiros já suspeitava que seu ferimento fosse muito sério.

Quando foi transportado para o HBB colegas de farda, familiares e amigos rapidamente foram para o hospital acompanhar a situação de Ferreira, todos muito apreensivos com o atendimento devido à gravidade do ferimento na mão direita de Ferreira. Infelizmente devido à gravidade do acidente o combatente perdeu a mão direita.

Sobre a assistência da PMDF

O primeiro atendimento ao SGT Ferreira foi no Hospital de Base, mas assim que teve condições o policial foi transferido para o Hospital São Francisco na Ceilândia, passando mais de 30 dias internado, onde os custos deste hospital particular foram custeados pela PMDF. Ferreira foi acompanhado por serviços psicológicos do CASO, mas quanto à essa assistência, ela ocorreu devido à insistência de colegas de equipe do policial. Pelo menos até agora a caserna mesmo que em alguns casos dependendo da iniciativa de policiais não falhou na assistência ao policial, mas um longo caminho ainda há de ser percorrido já que hoje em dia próteses modernas são disponibilizadas para que o policial desta forma possa recuperar boa parte de funcionalidade com o membro direito.

O recomeço

No início tudo foi novidade, onde Ferreira teve que reaprender a executar tarefas básicas como escovar os dentes e escrever. Cada tarefa exigia novos movimentos, novas técnicas. Aprender a amarrar o cadarço, a cortar um pão, mas nunca fez papel de coitado, nunca ficou se lamentando sobre a vida, o acidente ou outros percalços. Simplesmente lutou, tentou e foi em frente. Leu um livro que o inspirou muito chamado UMA VIDA SEM LIMITES de autoria de NICK VUJICIC.

O apoio familiar

A superação do colega Ferreira apesar do apoio de colegas do 3º Batalhão teve em sua família a principal força para se superar no dia-a-dia. Esposa e filhos foram cruciais para a recuperação física e psicológica do policial. Foi com sua família que percebeu que por mais dedicados que sejamos em determinados momentos da nossa vida precisamos de apoio e o apoio familiar foi fantástico.

A contínua superação do nosso colega está sendo surpreendente e esperamos que seja na Policia Militar (caso não seja reformado) ou em sua residência ele alcance seus objetivos de vida, e com sua família e amigos continue firme como está.

Parabéns combatente, fiz questão de trazer sua história ao Blog por ser uma inspiração para todos nós que sabemos o que aconteceu com você e como você tem reagido.

E um abraço especial a colegas do SGT Ferreira que correram atrás fazendo muitas vezes o papel que caberia à nossa instituição. Sargentos Wederson, João Alves (conhecido como BAHIA) e M. Henrique.

 Fonte: http://www.casernapapamike.com.br/como-esta-o-sgt-ferreira/

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Governo de Agnelo tenta jogar a culpa na PM para se proteger!

O “modus operandis” do atual governo é sempre o mesmo! Quando não deseja mais um comandante o acusa de má gestão! O GDF acusará a PM por má gestão. Divulgará números mentirosos. Irá “fritar” o atual comando para colocar alguém mais linha dura para resolver o “problema de indisciplina” da tropa! A Polícia Militar é um órgão do executivo, subordinado diretamente ao governador, por intermédio do secretário de segurança pública. Nenhum militar é maluco o suficiente para tomar uma atitude isolada de tamanha magnitude! Cumprimos ordens! Desde julho o fato era discutido! O “rei” é a peça mais importante do xadrez, mas é a mais vulnerável, todas as outras peças trabalham para protegê-lo.  O Peão é sempre o primeiro a ser sacrificado.  Atacar o comandante-geral é atacar toda nossa corporação! (Aderivaldo Cardoso)

Governador Agnelo cumprimenta Jooziel em sua cerimônia de posse no dia 07 de maio de 2013 na Academia da Polícia Militar, ao lado do antecessor coronel Suamy Santana.

O comandante geral da Polícia Militar não cumpre determinações do governador, e com um total de R$ 86,5 milhões para serem usados no atendimento médico da corporação, policiais e seus dependentes, até o final do dia de ontem, permaneciam sem acolhimento na rede credenciada. …

A causa da suspensão dos convênios da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), não é a ausência de recursos, mas a falta de autoridade. A corporação tem em caixa recursos que poderiam ser usados diretamente no Fundo de Saúde, em gastos com atendimento médico-hospitalar. Porém, o comando da PMDF não aproveitou o dinheiro. Destinados originalmente para a compra de equipamentos, os recursos poderão ser remanejados.

Não é novidade para ninguém da área da segurança pública, que o comandante geral da PM, compõe a chapa com o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, para a Câmara Legislativa. Sandro tentará uma cadeira de deputado federal.

A PM diz que precisa de recursos para continuar o atendimento aos policiais e seus familiares. Mentira, ela tem dinheiro.

O ato praticado por Jooziel foi um atentado às vidas dos policiais e de seus familiares, e expôs o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, ao ridículo, ao passar informações truncadas e inverídicas ao chefe do executivo, Jooziel quebrou a hierarquia. Induziu a erro o seu comandante em chefe, ao lhe informar que os convênios foram suspensos por “iniciativa isolada do chefe do Departamento de Saúde”, ele se esquivou da verdade. Vendeu ao chefe do executivo uma mentira. Não reúne mais condições de continuar no comando da Policia Militar. A regra é clara, ao omitir  a realidade dos fatos,Jooziel quebrou a relação de confiança, quebrou a  hierarquia.

O coronel Jooziel não foi transparente, ou desconhece os caminhos administrativos da sua corporação. Expôs toda a corporação perante a opinião publica, deixando-a como se ela fosse irresponsável e indisciplinada

Na tentativa de se eximir da responsabilidade, atribui ao seu subalterno a autoria do ato.

Agnelo, induzido a erro por Jooziel, diante das redes de tevês, disse acreditar que o ato se tratava de uma tentativa de sabotagem, às vésperas de ano eleitoral.  ”Foi uma decisão unilateral e irresponsável por parte do coronel, suspender a assistência à saúde dos militares e suas famílias”, na certeza que a responsabilidade seria do ex-diretor de saúde da PM Sergio Luiz de Souza Cordeiro. Mentira, e o comandante geral da Policia Militar sabe disso.

A mentira é tamanha, que se a culpa fosse exclusiva do coronel demitido do cargo, Sergio Luiz de Souza Cordeiro, bastaria que o próprio comandante emitisse um comunicado à rede credenciada, autorizando o atendimento. Se a ordem para que interrompesse o atendimento foi sabotagem, bastaria outra ordem autorizando a prestação do serviço. Contudo, Jooziel não tomou esta providência. A reativação dos serviços depende de outras “ordens”, e Jooziel sabe.

Não houve sabotagem, houve irresponsabilidade, desrespeito a todos. Dinheiro existe, e o comandante da Policia Militar sabe. E isso prevalece para outras autoridades que participaram desse ato desastroso e irresponsável.

“Vá embora coronel Jooziel, peça para sair, o seu tempo terminou.”

Fonte: Edson Sombra / Redação com informações do Correio Braziliense – 29/11/2013 – http://www.edsonsombra.com.br/post/coronel-joosiela-peca-para-sair-va-embora

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