A estagnação é pior do que a negação!

Como disse ontem, é sempre muito interessante observar as reações dos colegas de Corporação, após meus textos. Volto a afirmar que são apenas reflexões “psicanalíticas” que não interferem em nada no sistema. Sou apenas um “soldado que ousou pensar um dia” e que hoje é incompreendido por muitas praças e muitos oficiais. Minha visão é futurista, diria que sou um “líder” visionário. Faço “comparações” entre a polícia do passado, a polícia do presente e a polícia do futuro, aquela que podemos construir juntos. Acredito que o sucesso de amanhã começa hoje. A polícia de amanhã começa a ser construída hoje. Trabalho como um médico que faz um diagnóstico, ou seja, descobre a doença, e depois faz um “prognóstico”, após receitar a medicação. Alguns profissionais cobram caro por esse serviço, eles são chamados de “consultores”. Meu objetivo não é ser compreendido ou amado pela maioria. Meu objetivo é apenas “falar” e ser respeitado por minhas colocações. É apenas expressar meus sentimentos e minhas percepções sobre nosso meio. E quiçá ver algumas sementes plantadas brotar.

Após os vários debates provocados nas redes sociais, inclusive no “Orkut”, nem sabia que ainda existia tal rede de relacionamento, foi até uma surpresa quando fui informado do debate sobre meu texto, que estava ocorrendo lá, percebi a grande diversidade “cultural” em nosso meio. Naquele espaço alguns policiais justificam a “infantilidade” como “proteção” contra o sistema. Se assumiam na condição de “infantilizados” e de “dominados”. Outros se colocavam na condição mais baixa da pirâmide de Maslow, alegando que suas necessidades são apenas primárias, ou seja, ainda buscam apenas saciar as necessidades fisiológicas e de segurança, acreditam que a motivação é externa e que ainda surgirá um “salvador da pátria” para libertá-los. Ou como uma “criança”, que “papai” ou “mamãe” ainda irá “alimentá-los” ou “trocar as fraldas”. O líder ou chefe paternalista é amado pelos “infantilizados”. Estão muito distantes da busca pela realização pessoal e criticam veementemente aqueles que atingiram tal nível. Não compreendem porque aqueles que atingiram tal nível não se deixam abater pelo meio. Não sabem que tais pessoas buscam a motivação interior. O meio não as controla, não as domina. O meio é simplesmente um meio, que pode ser modificado a qualquer momento, pois cada um o vê da maneira que deseja.

É interessante como alguns agem “como crianças”, depressivas, que não conseguem assumir suas responsabilidades. Os sentimentos são sempre negativos, e o pessimismo é contagiante. Os sentimentos negativos são dispersos e projetados em um “mau líder”. A culpa de todos os problemas é sempre do outro. Qualquer assunto é motivo para “brigas” ou discussões que não levam a lugar algum. Não debatem ideias, debatem pessoas, focam em ataques pessoais, sempre tentando desqualificar o “adversário”, nunca conseguem contra-argumentar de maneira lógica e objetiva. O tempo que gastam fazendo críticas as pessoas poderia ser utilizado para o aprimoramento pessoal ou do grupo. A busca pela realização pessoal, ou seja, descobrir quais são os sonhos ou o propósito na vida de cada um seria o primeiro passo. O sucesso depende apenas de nossa força de vontade e persistência!

Meu muito obrigado a todos os companheiros que tiveram a coragem de me defender nos vários debates, quando deixou de ser um debate de ideias e passou a ser pessoal.

2 Comentários

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2 Respostas para “A estagnação é pior do que a negação!

  1. rondinelly

    Estes textos servem e muito para fazermos uma análise de como foi nossa formação. Lembro-me que éramos chamados de policiais do futuro, do ano 2000, mas agora me pergunto se a preparação que tivemos foi correspondente ao que diziam. Recordo-me dos FOs e que tinha pessoal que sacudia as árvores para as folhas caírem, somente para nos penalizar, sem falar que como estavam construindo o estande de tiro FO era o que não faltava para nossa turma. Mas de que adiantava ser policiais do ano 2000 se o tratamento era de 1969? A prioridade deveria ser o ensino e não a faxina, se estava detido que fosse para estudo obrigatório.
    Incoerência ,entendo que estes textos frisam muito isto. Mas se um aluno é tão dependente que deve ficar sem ir para casa no final de semana, pais de família que ficam sem o convívio de seus entes querido; Se um aluno é tão dependente que está a todo o momento sendo observado, cobrado, arrochado sem nenhuma autonomia COMO ele pode ser superior a um policial com 30 anos de serviço, que já passou por todos os tipos de situação, como ele pode comandar uma pessoa desta? Não entendo.
    Se há esta “infantilização” nos cursos de oficias (AMAN, COLÉGIO NAVAL, AFA, ETC…) se aceita, pois na maioria são meninos com 18 anos no máximo 20, mas nas Polícias Militares não se justifica e ainda são superiores à quem tem uma vida em prol da sociedade e conhecimento técnico e operacional no assunto: Segurança Pública.
    É algo lógico, mesmo que sejam funções diferentes, um cadete não pode ter comandar um Subtenente por não ter o conhecimento e nem a prática necessária para isto, sem falar que um Subtenente provavelmente, como está hoje em dia, chegará a postos maiores em um tempo menor que o cadete que ainda tem a vida inteira para comandar.

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