A comunidade sabe qual é a nossa função?

Certa vez em um serviço voluntário na asa norte ocorreu um fato interessante…

Estávamos eu e o SD Jutiê observando a movimentação da quadra, quando uma senhora nos abordou pedindo ajuda.

Até aí tudo bem!

O curioso foi o tipo de ajuda….

Ela queria que nós, policiais militares, fôssemos a sua residência dar um “SUSTO” em seu neto que estava teimando com ela.

Explicamos que “dar um susto” não era papel da polícia e que a educação dos filhos cabe a família. Além disso, fazer isso poderia nos acarretar problemas de ordem jurídica.

Como fui instrutor do PROERD durante muito tempo, e já lidei com vários CONFLITOS dessa natureza, disse a ela que se o neto viesse até nós conversaríamos com ele.

Após a conversa, sem entrar na particularidade da discussão, percebemos claramente que o problema era ela e não a criança! Ainda bem que ela percebeu isso após conversa.

 

Contei essa história para demonstra a importância NA PRÁTICA de sermos gerenciadores de crise, das mais simples as mais complexas, sem falar no relacionamento com a comunidade.

 

Observa-se que além de “repressores” também temos uma RESPONSABILIDADE SOCIAL, pois às vezes o cidadão só quer ser ouvido pelo estado, e nós somos seu representante mais próximo!

 

FALTA A POPULAÇÃO UMA NOÇÃO MAIS AMPLA SOBRE QUAL É O VERDADEIRO PAPEL DA POLÍCIA DENTRO DA SOCIEDADE ATUAL, EM CONTRA PARTIDA, FALTA AS POLÍCIAS UMA APROXIMAÇÃO COM OS ANSEIOS DA COMUNIDADE.

 

TALVEZ OS CONSELHOS COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇA PUDESSEM ASSUMIR ESSE PAPEL DE EDUCADOR DO CIDADÃO NAS DIVERSAS CIDADES, ORIENTADOS PELAS SECRETARIAS DE SEGURANÇA, POR MEIO DE UMA POLÍTICA CLARA DE SEGURANÇA PÚBLICA…

4 Comentários

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4 Respostas para “A comunidade sabe qual é a nossa função?

  1. O lamentável é que sequer nós mesmos sabemos quais as nossas funções. Quantas vezes percebemos a PM fazendo o papel da Polícia Civil e vice-versa?

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  2. Fernando Franca

    Deri, lendo seu relato percebo o quanto a sociedade só entende polícia como instrumento de repressão e não percebem essa tendência humanizadora que ela tem. É estranho que não tenhamos notado o papel amigo que a polícia pode desempenhar como já é feito na Inglaterra, Alemanha, Áustria e outros tantos países. Abraço!

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  3. firemandf

    Isso não ocorre somente com a PM não, nós bombeiros também somos “vítimas” da desinformação da população acerca de nossas reais atribuições.

    De qualquer maneira devemos sempre procurar ser educados ao negar uma solicitação que está fora de nossa área de atuação, assim fortalecemos nossa imagem perante à sociedade.

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  4. Jutiê

    Olá amigo, fiquei feliz ao abrir o blog e ver narrado um pedacinho da variabilidade do serviço policial militar, uma história entre tantas outras que acontecem todos os dias nos mais diversos pontos de Brasília.
    Policiais? Psicólogos? Educadores? Juízes? Promotores? Assistentes sociais?

    O que será que às vezes realmente somos?

    Devemos ter a consciência que a nossa decisão, tomada às vezes em fração de segundos, pode mudar a vida de pessoas. Não digo só num sacar de uma arma, mas num proferir de uma palavra seja ela branda ou dura.
    Seria muito fácil para nós ‘darmos uma dura’ num garoto de apenas 10 anos de idade, mas resolveria o problema? Com certeza não! Não quero dizer que da forma em que agimos resolvemos um problema de uma família desestruturada, mas ao conversarmos em separado com ambos creditarmos confiança ao garoto e pudemos ouvir coisas que não me convém citar aqui. No mais, sei que pelo menos momentaneamente moldamos a situação sem causar uma crise maior, isso tudo com o bom e velho diálogo.
    Um abraço Deri e fica a promessa, de mesmo sem com pouco tempo, contribuir com o blog.
    Abraços.

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